Opinião do editor - PT, STF e governo estrilam, mas Eduardo Leite será presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara

O governo Lula da Silva, a bancada do PT na câmara e seus aliados do STF, promovem forte pressão sobre os deputados federais para que não permitam que o deputado Eduardo Bolsonaro seja eleito para presidente da poderosa Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos deputados. 

Estão todos receosos e com razão.

Acontece que ninguém conseguirá impedir a ascensão do deputado, segundo acaba de dizer o próprio presidente da Câmara, Hugo Motta.

Ora, não há quem não saiba que Eduardo Bolsonaro possui forte inserção política internacional, com ênfase para os círculos mais próximos do governo Trump, do Partido Republicano e de congressistas da maioria da Câmara e do Senado dos Estados Unidos, junto aos quais move forte lobby pela condenação do ministro Alexandre de Moraes e seus colegas do STF. Eles todos correm risco de serem considerados personas non gratas nos Estados Unidos, inclusive com proibição de ingresso no País. Seria um Deus nos acuda para todos eles, acostumados a viajar para negócios, compras, passeios, palestras e convescotes de toda ordem.

E justamente são os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ouvidos pela jornalista Andréia Sadi, do G1, que consideram como uma “crise anunciada” a possível indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro. O PL, que detém a maior bancada na casa, deve formalizar a indicação até esta quinta-feira. Para os magistrados, a presença do parlamentar na comissão pode significar uma escalda no discurso político, com impacto nas relações internacionais, mas não apenas. 

Ministros do STF estão apreensivos não só com a reação do governo Trump, mas também com a ação movida por Rumble Trump Media na Justiça Federal de Tampa, Flórida, e mais ainda em relação ao projeto que tramita na Câmara de Representantes dos Estados Unidos. 

Eduardo Bolsonaro é uma espécie de pivô nas três instâncias da república americana – Executivo, Legislativo e Judiciário – e como presidente da poderosa Comissão de Relações Exteriores, abriria um flanco político e diplomático de dimensões catastróficas para Moraes, mas não apenas para ele.

O Eixo do Mal conseguirá evitar a irresistível ascensão de Eduardo Bolsonaro? Difícil dizer.

É coisa para se decidir nas próximas horas.

Quem viver, verá.


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