O subprocurador Lucas Furtado, do Ministério Público de Contas, apresentou representação em que pede investigação de contratos da Caixa e da Embratur nos quais Chico Kértesz é sócio do ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira. A agência recebeu R$ 12 milhões em pagamentos feitos pelas duas estatais.
Na foto ao lado, o empresário Chico Kértesz, que é sócio do ministro Sidônio Palmeira, posa com Lula durante a campanha eleitoral de 2022 Foto: Reprodução
No entendimento de Furtado, é preciso apurar possível ocorrência de conflito de interesses:
- A meu ver, a relação comercial entre o ministro Sidônio Palmeira e seu sócio Chico Kertész, bem como as visitas frequentes deste ao Palácio do Planalto, suscitam preocupações acerca da possibilidade de conflito de interesses e da sobreposição do interesse particular sobre o público. A proximidade entre os envolvidos e os valores expressivos recebidos pela produtora Macaco Gordo demandam uma apuração rigorosa para verificar se houve interferência ou favorecimento na escolha da produtora”
Ele pede ainda que a sua representação seja enviada ao Ministério Público Federal (MPF), assim como as conclusões a que o TCU chegar após apurações.
Pela legislação, servidores públicos de carreira ou comissionados podem ser sócios de empreendimentos privados, desde que não estejam à frente da administração. Sidônio se afastou formalmente da gestão da Nordx, embora ainda seja cotista. Enquanto isso, é Kertész quem toca os negócios.Após a vitória de Lula nas eleições, o empresário passou a circular em Brasília, onde fez 13 visitas ao ministro no Palácio do Planalto. Ele também fechou contratos, oito no total – dois com agências prestadoras de serviço para a Embratur e seis para a Caixa. Os negócios não foram firmados diretamente com as estatais, e sim com agências que eram as titulares dos contratos.
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