O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom)
decidiu ontem, por unanimidade, reduzir a taxa de juros de 7,00% para 6,75% ao
ano, confirmando as expectativas do mercado. Para respaldar a decisão, o
comunicado divulgado apontou a recuperação “consistente” da economia
brasileira, o cenário externo “favorável”, apesar da volatilidade recente, e os
níveis “confortáveis” dos núcleos de inflação, em um contexto no qual o cenário
básico evoluiu conforme o esperado pelo colegiado desde a reunião de dezembro.
As projeções do Banco Central para o IPCA de 2018 e 2019 estão em torno de 4,2%
considerando-se as hipóteses de câmbio e juros do mercado (6,75% no final deste
ano e 8,00% no encerramento de 2019). Ao mesmo tempo, o documento voltou a
enfatizar a relação entre reformas e queda do juro neutro. A novidade da
publicação ficou por conta da explicitação de que o plano de voo do Comitê é,
“neste momento”, o de interromper o ciclo de queda da taxa básica no próximo
encontro, se o cenário até lá evoluir de acordo com o esperado. Contudo, o
Copom sinalizou que se houver mudanças na evolução do cenário e do balanço de
riscos, poderá fazer ainda uma “flexibilização monetária moderada adicional”.
Na opinião dos economistas do Bradesco, em mensagem enviada ao editor, o comunicado reforça a expectativa de fim do ciclo de queda da
Selic, o que contempla, naturalmente, a continuidade da retomada gradual da
atividade, sem aumento das pressões inflacionárias e com cenário global benigno
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