Minha velha mãe cansou de repetir esta advertência que nunca levei em consideração quando ia para cima das batatas quentes que ferviam em fogo em brasa, mas que só entendi o verdadeiro significado e passei a levar em consideração a partir do outono da minha vida:
- O apressado come cru.
Falo isto a propósito dos dois mais escandalosos factoides disparados para comprometer Bolsonasro, visando enquadrá-lo definitivamente em duas linhas diferentes de perseguições que lhe são movidas pelo sistema:]
1) A montagem de ações judiciais que o responsaizem por uma tentativa de golpe de Estado,visando anular as eleições, mantê-lo no Poder pelo tempo necessário para a realização de eleições limpas.
2) A montagem de ações judiciais que o apontem como corrupto, já que se apossou de jóias que ganhou de presente enquanto era presidente.
Estes dois grupos de factoides viraizaram como força de furacão na mídia, inclusive nas mídias sociais,e também nos meios políticos deOrantro e fora do governo.
E resultaram desmoralizados em menos de 24 horas.
Eles são como os Bourbons: não aprendem nada, mas também não esquecem nada.
Ora, o que ficou claro nesta segunda-feira:
O caso do golpe de Estado, que é o case mais antigo, ganhou corpo com as mentiras contadas na CPMI do 8 de Janeiro pelo bandoleiro hacker Walter Delgatti Neto. Tudo foi desmoralizado em menos de 24 horas, até mesmo por revelações feitas por jornais quesustentam inquestionáveis restrições a Bolsonasro, no caso a Folha e o Estadão. Ambos triraram editoriais e matérias, inclusive, deixando claro que o ministro A. de Moraes já está muito além de um ponto fora da curva.
No outro caso, o dos presentes, das jóias, o próprio advogado do Coronel Mauro Cid fesolveu dar uma de Chacrinha, desementindo acusações contra Bolsonaro, mas não só. Até mesmo a razão do alarido,fica cada vez mais desmoralizada, porque não há lei que proíba presidentes apossarem-se de presentes que receberam durante o mandado. Há portaria do TCU, mas na hierarquia das leis, portaria vira lixo.
Ora, senhores, como se percebe, o ministro A. de Moraes e a sua política política, a Polícia Federal, insistem num samba de uma nota só, sem se preocupar com as evidências cada vez mais claras de que no dia 8 de janeiro não aconteceu a tentativa de um golpe de Estado bolsonarista incruento, mas, sim, uma armadilha política canalha sobre os manifestantes de Brasília.
Claro que há muito mais água correndo debaixo desta ponte.
Por fim,eu quero chamar a atenção para o fato de que o ministro A. de Moraes, seus companheiros do STF, do STJ, do TCU, da PGR e da PF, não trabalham solitos. Todos integram o chamado sistema, que eu sempre denominei Eixo do Mal, e que inclui empresários patrimonialistas corruptos, políticos corruptos e corruptores, academia leviana, congressistas fisiológicos e mídia marrom.
E com a ação ativíssima do próprio governo federal.
Aliás, no final da semana passada, no site lulopetista Brasil247, o próprio ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão ao coimentar as possibilidades de Jair Bolsonaro (PL) ir para cadeia após a prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques
Vejam o que disse este ex-ministro da Jutiça de Dilma Rousef, denunciando o papel do governo Lula da Silva no contexto do Eixo do Mal:
"Não seria crível que a PRF movimentasse um aparato desse tamanho para impedir a chegada de eleitores às urnas, sem que o chefe máximo do governo tivesse sido pelo menos informado disso. E se ele foi informado e não impediu, ele estava conivente. Mas ainda falta esse link aí, de como é que isso chegou a ele, quando é que chegou a ele. E isso tem que ser muito claro", afirmou Aragão em entrevista ao programa Boa Noite 247.
- A prisão de Bolsonaro está cada vez mais próxima, mas o governo não pode cometer abusos.
E ensinou:
- Eu acho que nós não temos o direito de repetir o uso de instrumentos absolutamente ilegítimos dentro do processo penal.
O ex-ministro usou o plural, o mesmo tipo de pluaral usado por Luiz Barroso na UNE: "Nós".Ele disse: "Nós não podemos cometer abusos".
"Nós", quem,carapálida.
Nós,claro, o Eixo do Mal.
Ele assumiu a bandidagem toda.