Confira o texto da carta na íntegra:

“Vimos por meio desta reiterar nosso pedido de reabertura gradual, responsável e segura dos bares e restaurantes da cidade de Porto Alegre. O setor da gastronomia na Capital Gaúcha e Região Metropolitana chegou a uma situação insustentável. Desde o início do enfrentamento da pandemia, buscamos dialogar, propor e construir saídas possíveis para o atual momento, mas a falta de previsibilidade e a incerteza de decisões com a qual tivemos que conviver nos gerou um índice enorme de desemprego e falência das empresas.

Nosso setor, que é sempre lembrado pelo caráter de empregabilidade e reinvenção, já acumula números assombrosos. Chegamos, de fato, ao nosso limite. A situação é difícil, crítica e assustadora. Não há mais como manter nossos negócios com a realidade em que nos encontramos. Precisamos de decisões imediatas e perspectivas de futuro que nos possibilitem operar e que esse retorno aconteça de forma responsável e sustentável, premissas que sempre priorizamos em cada fase deste período e que seguimos prontos para priorizá-las. O que nos faz ressaltar, inclusive, que este efeito “abre e fecha” nos causou prejuízos que custarão meses a fio para serem tratados. É um quadro extremamente lamentável.

Com a mesma firmeza e necessidade de urgência que solicitamos a decisão de abertura para que possamos salvar o que ainda resta da nossa economia, também mantemos nossa posição proativa em propor ações globais que visam manter o distanciamento social adequado. Entendemos que o enfrentamento deve ser coletivo e que este passa por diversos setores para que possamos vislumbrar essas saídas sustentáveis. Não há mais como sacrificar um setor em nome de medidas que não responsabilizam todas as esferas da nossa sociedade.

Ainda no campo específico da gastronomia, solicitamos que cobranças sejam reavaliadas para que a realidade financeira seja um pouco menos dura aos empresários do setor. Por isso, pedimos que avalie a possibilidade de suspensão da cobrança do IPTU comercial, além de plano de parcelamento em 12 meses, a partir de Outubro de 2020. Ainda, considerar que a mesma Lei possa prever um desconto extra de 5% aos que continuarem efetuando seus pagamentos em dia.

Certos de que o senhor prefeito entende a grave situação em que o setor se encontra, chegando, de fato, ao seu limite econômico e prático, e considerando as ações sugeridas como exemplo de nossa postura consciente - ao passo que pedimos para manter operações abertas e vislumbramos cenários realistas, aplicados e supervisionados -, contamos com a sua apreciação e consideração aos termos aqui apresentados, aguardando uma ação imediata por parte do Executivo Municipal. Este é o nosso último manifesto e ele pede socorro.”


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