BC venderá dólares da reserva para conter alta especulativa da moeda americana


A Agência Brasil confirmou, hoje, que o Banco Central venderá dólares das reservas internacionais com compromisso de recomprá-las mais adiante. Em comunicado emitido no início da noite desta terça-feira (28), a autoridade monetária informou que ofertará até US$ 2,15 bilhões na próxima sexta-feira (31). Serão feitos dois leilões, um às 12h15 e outro às 12h35. As ofertas, no entanto, não ampliarão o total de dólares injetados no mercado. Os leilões ajudarão o BC a rolar (renovar) contratos de leilões com compromisso de recompra que venceriam no início do próximo mês.
Com os leilões, os dólares das reservas internacionais, que voltariam para o BC em 5 de setembro, continuarão no mercado. Uma parte circulará até 5 de novembro; e outra, até 4 de dezembro. Caso os contratos não fossem renovados, a oferta da divisa diminuiria, pressionando a cotação do dólar ainda mais para cima.
A cotação da moeda norte-americana segue próximo do patamar dos R$ 4,15 na manhã de desta quarta-feira (29), depois de abrir o pregão na máxima de R$ 4,1651 para venda. O dólar avançava 0,07% às 10h55, cotado a R$ 4,144. Na terça (28), a cotação da moeda norte-americana aproximou-se da barreira dos R$ 4,15, com alta de 1,4%, cotado a R$ 4,142 para venda. O valor é o segundo maior desde o Plano Real, ficando atrás apenas do registrado em janeiro de 2016, quando bateu o valor de R$ 4,166. A cotação está sendo influenciada pela turbulência do mercado financeiro à medida que as eleições de outubro se aproximam.
O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), abriu o mercado em alta, registrando 0,89%, com 78.1219 pontos às 11h45. Os papéis da Eletrobras, com o leilão de subsidiárias marcado para esta quinta-feira (30), eram destaque positivo na abertura do pregão, valorizados em 2,7%. Os papéis da Petrobras subiram 2,4%. 


Artigo, Astor Wartchow - Massacre em horário nobre

Não gosto e não votarei em Bolsonaro. Porém, é impossível não reconhecer que massacrou os entrevistadores do Jornal Nacional, Bonner e Renata.

Quanto a retórica e os assuntos preferenciais de Bolsonaro já sabíamos. A novidade foi perceber a dimensão da limitação jornalística de Bonner e sua equipe.

Na suposição de que esta pauta (perguntas e argumentos) foi previamente debatida na redação, é chocante admitir tamanha sucessão de não saberes acerca da realidade nacional.

Ora, Bolsonaro reproduz exatamente o que o povo pensa, cansado de invasões e depredações do MST, assassinatos por menores de idade armados e protegidos pelo ECA, a reprodução sistemática de pornografia em ambiente escolar,  a titulo de arte, etc...etc...
Com tanto assunto a ser debatido, como recessão e desemprego, inserção e competitividade comercial mundial, deficit público, etc...o arrogante Bonner e ingênua Renata (a responsabilização do presidente pela desigualdade salarial é de doer, quando qualquer acadêmico sabe da CLT e dos concursos públicos iguais para todos) deram a bola picando para Bolsonaro chutar.

Para quem tem míseros segundos no horário gratuito, a entrevista de ontem equivale a uma “megasena".

Artigo, Tito Guarniere - Pesquisas eleitorais


Começou a infatigável (e intragável) dança das pesquisas eleitorais. Não sei se existe algum país como o Brasil em que elas causem tal rebuliço, em que dediquem a elas tantas páginas de leitura e análise, onde elas são vistas com tanta importância no embate eleitoral.
As pesquisas deste ano têm um aspecto singular. O PT “registrou” a candidatura de Lula no Tribunal Superior Eleitoral. Mas até os paralelepípedos da rua sabem que ele não poderá ser candidato, condenado que foi em segunda instância por crime de corrupção e lavagem de dinheiro. Lula, todos sabem, cumpre pena na cadeia, como criminoso comum - e não como preso político, como querem seus seguidores amestrados.
Nunca é demais lembrar que foi ele mesmo, Lula, quem sancionou a lei da Ficha Limpa, a mesma que agora o impede de ser candidato. E o fez com pompa e circunstância, gabando-se do seu compromisso de combater sem trégua os corruptos em geral. Na época ainda havia gente que acreditava na esparrela. Mas a vida reserva surpresas até mesmo para demiurgos como Lula. Nunca lhe passou pela cabeça que a lei o pegaria na curva da estrada.
O fato é que os institutos, fazendo jogo de cena, insultando a inteligência do distinto público, forçando a mão e a barra, vão às ruas para tomar a temperatura dos eleitores com o nome de Lula, como se tudo estivesse na mais perfeita ordem.
E não bastasse isso, a cada pesquisa, mesmo estando Lula preso em Curitiba, aumenta o contingente de eleitores que votam nele. No andar da carruagem e no ritmo galopante do crescimento nas pesquisas, periga um presidiário vencer já no primeiro turno da eleição presidencial.
Os institutos, todavia, com certa prudência, fazem a concessão de promover as suas investigações sem Lula, isto é, com Lula fora da disputa. Bem, ao menos assim e de alguma maneira a pesquisa de torna mais condizente com a realidade que pretende retratar.
Cada rodada de pesquisa rende uma semana de palpites, análises e considerações periféricas, as quais em nada servem ao eleitor, porque nada esclarecem sobre os candidatos, o que fizeram ou deixaram de fazer, o que eles se propõem fazer para dar uma solução razoável aos problemas que nos afligem.
Alguns, lendo as pesquisas, até fazem um esforço genuíno para entender o que está em curso e andamento. Outros, fazem uma leitura dos números e percentuais, apenas para o fim específico de confirmar as suas simpatias e preferências.
Os jornais, as tevês, os especialistas de sempre, se desdobram em raciocínios cheios de contorcionismos, de tal sorte que, se lhes dermos ouvidos, tudo pode acontecer. No meio de tantos palpites e palpiteiros, alguém vai acertar na mosca. Mas a maioria vai errar e feio, como aliás, têm errado religiosamente os próprios institutos: abertas as urnas os resultados são contraditórios, não fecham entre si, exibem diferenças abissais.
Dar muita atenção e importância às pesquisas agora (quando ainda nem começou a propaganda de massa que é o horário eleitoral) é um exercício de diletantismo, um empenho fútil, um passatempo para desocupados. Não é coisa para ser levada a sério.
titoguarniere@terra.com.br

BRDE contrata R$ 800 milhões em financiamentos no primeiro semestre


BRDE contrata R$ 800 milhões em financiamentos

no primeiro semestre


O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) publica hoje (29/08) as Demonstrações Financeiras referentes ao seu desempenho no primeiro semestre de 2018. Informa a contratação de 1.588 novas operações de financiamento, num total de R$ 800,1 milhões destinados a empresas, cooperativas de produção e produtores rurais, empreendedores de projetos de todos os portes, geradores de renda e oportunidades de trabalho em 1.073 (90%) dos municípios do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Embora atue apenas na Região Sul, com 35.118 clientes ativos, o BRDE é classificado pelo Banco Central na 15ª posição entre as instituições financeiras nacionais, considerando o tamanho da sua carteira de crédito de R$ 13,8 bilhões. Para o presidente do BRDE, Orlando Pessuti, esse dado demonstra a importância dos bancos regionais no Brasil atuando somente com financiamentos. O BRDE, especialista em crédito de longo prazo e focado no financiamento a investimentos produtivos na Região do CODESUL, "contribui com a desconcentração bancária, concedendo crédito focando na atividade que tem maior potencial de contribuição para o crescimento sustentável do país,” arremata o presidente Pessuti.
Para manter a sua atuação de forma significativa no financiamento aos empreendedores do Sul, o BRDE está trabalhando para incrementar e diversificar as fontes de recursos. Neste semestre, passou a contar também com recursos do FUNGETUR e da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), permitindo uma maior diversificação na oferta de crédito a seus clientes.
A principal fonte de recursos utilizada pelo BRDE segue sendo o Sistema BNDES que respondeu por 74,6% das contratações do período, contra um volume que foi de 93%, em 2017. A diferença veio de operações com recursos da FINEP; com 8,8%, operações com recursos próprios, com 5,2%; créditos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), com 4,0%; Caixa Econômica Federal, com 3,1%; FUNGETUR, com 1,7%; e outros, com 2,5%. As principais modalidades do Sistema BNDES utilizadas foram o Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), com R$ 214,4 milhões e BNDES Automático, com R$ 122,8 milhões. O BRDE é o segundo maior repassador de recursos do Sistema BNDES na Região Sul do Brasil, e o 7º colocado quando são consideradas todas as instituições financeiras públicas e privadas credenciadas para operar esses recursos em todo território nacional.
O BRDE também se destaca como o maior repassador nacional de recursos do Programa INOVACRED da FINEP, que se destina a financiar projetos de inovação. Foram desembolsados R$ 232,1 milhões até junho de 2018, o que corresponde a 32,8% do total nacional.
Em relação ao desempenho financeiro, o BRDE encerrou o primeiro semestre de 2018 com um resultado líquido de R$ 65,7 milhões, o que representa um crescimento de 3 % em relação ao primeiro semestre de 2017, nível adequado para a atividade do Banco de fomento. O ativo total atingiu o valor de R$ 16,9 bilhões, dos quais R$ 13,8 bilhões referem-se a operações de crédito; R$ 2,5 bilhões dizem respeito às disponibilidades e títulos e valores mobiliários que possibilitam a alavancagem para crédito; R$ 376,5 milhões se referem aos recursos do Fundo Setorial do Audiovisual; R$ 711,9 milhões a outros créditos; e R$ 27,1 milhões é o ativo permanente da Instituição. Por outro lado, as obrigações somaram R$ 14,3 bilhões, enquanto o patrimônio líquido totalizou R$ 2,6 bilhões.
As operações contratadas pelo BRDE no primeiro semestre de 2018 viabilizarão investimentos totais da ordem de R$ 929,1 milhões na Região Sul, com geração e/ou manutenção de 9.490 empregos e receita adicional de ICMS no montante de R$ 62,9 milhões no ano.