Catilinárias Brasileiras

 A jornalista Rosane Oliveira, que é editora da editoria de Política do mais importante jornal gaúcho, no caso o diário Zero Hora, publicou algumas notas sobre a investida realizada contra o atual deputado federal pelo Rio e ex-chefe da Abin, Alexandre Ramagem.

Lembram de Alexandre Ramagem ? É aquele delegado que o STF proibiu Bolsonaro de nomear para a chefia da Polícia Federal. Este incidente foi considerado a primeira e grande fraquejada de Bolsonaro. Eu também acho isto. Se tivesse batido na mesa, Bolsonaro teria levado a melhor e conteria os arreganhos seguintes do STF.

Ou não ?

Eu acho que sim.

Bom, de qualquer modo são águas passadas, mas servem de exemplo.

E a jornalista Rosane Oliveira, o que diz sobre a investida da Polícia Federal contra o deputado federal Alexandre Ramagem ? 

Lembro que a Polícia Federal chegou a pedir a prisão do deputado, mas não foi atendida por Alexandre de Moraes, porque achou que isto já era exagero e acabaria enfrentando problemas no Congresso.

E eu acho que sim.

Rosane Oliveira rebateu a suspeita de que a ação contra o ex-chefe da Abin ocorreu para jogar sombra sobre a revelação de que Bolsonaro não teve nada a ver com o assassinato de Marielle, cujo mandante, de verdade, foi o conselheiro do TCE do Rio, Domingos Brazão, cabo eleitoral do PT em várias eleições. 

"Não se faz uma operação desta de uma hora para a outra", escreveu a jornalista da RBS.

Ora, Rosane Oliveira e quem pensa do mesmo modo que ela não são estúpidos. Eles sabem de cor e salteado que o ministro Alexandre Moraes tem pilhas de inquéritos para divulgar no momento que bem entender. 

São dezenas de situações, centenas de personagens, milhares de páginas .... Tem para todos os gostos.

Eu acho até que ao desfechar a operação contra Ramagem, Alexandre de Moraes quis, mais, foi responder ao encontro do dia anterior entre o presidente do STF, Luiz Roberto Barroso, e senadores da oposição que foram pedir a cabeça do ministro.

No dia seguinte, ele deu a resposta, como quem diz:

- Aqui neste campinho, quem manda sou eu.

Para finalizar, quero insistir num ponto que sempre foco quando alguém me pergunta: "E agora ?". Um netinho meu costumava me fazer esta pergunta a todo momento, quando tinha dúvida:

- E agora, vovô !

Eu sempre respondi:

- Agora, chama a vovó.

Pois bem, diante desse quadro corrosivo desta proto-ditadura imposta pela Cúpula do Judiciário, agora reforçada pelo consórcio que estabeleceu com o Governo Lula e com a maior colaboração da PGR e da PF, continua a única alternativa constitucional, portanto legal, capaz de conter a longa mão pesada dessa gente despudorada e antipatriótica, autoritária e ilegítima:

- A imediata reação do Congresso.

Basta que o Senado promova o impeachment de Moraes.

Simples assim ?

Pode acontecer ?

Ao final, quero replicar aqui o que disse o cônsul romano Marco Túlio Cícero, um dos seus quatro mais conhecidos discursos, para o senador Catilina no Senado Romano, numa das frases que integram as conhecidas catilinárias:

- Até quando, Alexandre de Moraes, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós? A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?

A oposição brasileira compõe a cada dia as Catilinárias Brasileiras.

A oposição quer conter Catilina, mas nem por isto deseja que ele tenha o mesmo destino de Catilina.

Eu diria que as condições objetivas e subjetivas, como ensinam os marxistas, estão ganhando corpo a cada dia que passa.

Uma revelação de que isto está no radar dos congressistas, está na irada e impensada reação do presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco, que provocado pelo presidente do PL, que o chamou de frouxo por não reagir ao STF, colocou duas questões que falam diretamente nas prerrogativas da Corte. O que ele disse em resposta a Valdemar da Costa Neto:

1) Você não consegue organizar a oposição para garantir os impeachments dos ministros do STF e trabalha até contra isto nos bastidores.

2) Você é contra a proposta que limita o uso de decisões monocráticas pelo STF.

São acusações gravíssimas, mas reveladoras nas entrelinhas.

Valdemar da Costa Neto treplicou, mas fugiu das duas respostas.

Até quando ?

Não por muito tempo.



Artigo, Eugênio Esber, Zero Hora - Supremos Manés

 Em fevereiro, o ex-ministro do Supremo, Ricardo Lewandowski, assume o posto de ministro da Justiça, sucedendo a Flávio Dino, que cruza em sentido contrário a porta-giratória do regime STF-Lula para ocupar uma cadeira entre os 11 ministros da Corte. Ambos se sentirão em casa, pois, embora venham a ocupar posições em poderes que, pela Constituição, deveriam ser independentes, Dino e Lewandowski, um no primeiro escalão do Executivo e outro na alta cúpula do Judiciário, farão parte do mesmo time de Lula, engrossando a geleia institucional que faz do Brasil uma república fake. E uma “democracia” de gabinete, na qual o único poder que manda, de fato, não tem votos.


Você não verá na lista eleitoral o nome de um dos 11 ministros do STF. Mas, como vimos na história recente do país, ninguém sobe ao poder ou sequer disputa uma eleição importante se não atender ao paladar da Corte, mesmo acumulando capital político de centenas de milhares ou, mesmo, de milhões de votos. O STF, por meio de seu apêndice eleitoral, o TSE, valida ou anula candidaturas e mandatos e abre ou fecha as comportas da liberdade de expressão com base em cálculos políticos muito claros para quem acompanha as entrevistas e manifestações de boa parte de seus membros.


OUTRAS COLUNAS

Compra de votos

Geladeira de 5 mil e esgoto correndo a céu aberto

Pigmeus morais?

Enfim, é um árbitro que participa do jogo e decidiu tomar lado, abertamente – vide a manifestação do atual presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que em um evento da esquerda estudantil bradou, como em um palanque: “Nós derrotamos o bolsonarismo”. Foi o mesmo que cunhou o dito “perdeu mané, não amola!” quando foi abordado em Nova York por um brasileiro que queria saber se ele deixaria o código-fonte das urnas eletrônicas “ser exposto”.


Ministros do STF são assíduos em eventos e convescotes promovidos no Exterior por casas de lobby. Num deles, Gilmar Mendes deixou para lá qualquer prurido ou sutileza.


– Se hoje temos a eleição do presidente Lula, isso se deveu a uma decisão do STF. É preciso reconhecer isso – gabou-se ele.


Lula reconhece, claro, e segue pagando em dia a fatura do poder que o tirou da prisão e o colocou na presidência da República, a valer o que Mendes, o decano da Corte, declarou.  Lula aceita o papel de sócio colaboracionista do poder que lhe dá governabilidade e que tem o condão de decidir quem pode e quem não pode confrontá-lo nas urnas – nada tão diferente do que vemos na suprema corte bolivariana de Nicolás Maduro e em outras ditaduras que contam com a simpatia do PT, partido que indicou sete dos 11 integrantes do Supremo brasileiro.


É um quadro sombrio, porque blinda o grupo político ora dominante e obstrui os canais de oposição – que, pelos resultados oficiais da última eleição presidencial, têm o endosso de quase 60 milhões de brasileiros, pelo menos. 


O contingente é significativamente maior se considerados todos aqueles que não votaram no atual presidente ou que se abstiveram. Ignorar e, pior, perseguir vozes conservadoras, por meio de um consórcio de poder que mistura palanque e toga, é um desatino monumental que só conduzirá, mais dia, menos dia, a uma convulsão social.

Artigo, Silvio Lopes - Obrigado, Leite

- Sílvio Lopes, jornalista, economista e palestrante sobre Economia Comportamental.

            Nada há que se ache em oculto, que não  venha a ser revelado. Canso de ver confirmadas, na prática, profecias bíblicas- como essa- enunciadas há cerca de 3 mil anos... O caso da reconstrução da ponte em Nova Roma do Sul, no qual moradores se cotizaram( há relatos de pix de até 5O centavos), para financiar, eles próprios, a obra,dá a exata idéia do que é a força e o poder nas mãos do povo, quando bem exercitados. Ao decidir assumir o papel que caberia ao Estado, por não admitir arcar com o custo estatal - exorbitante, impensável- de R$ 26 milhões anunciados pelo governo gaúcho( e para entrega, ainda incerta, em 2 anos), a população da cidade desnudou, olimpicamente,  o elevado peso, a desfaçatez e a irresponsabilidade do setor público brasileiro. E gaúcho, no caso em questão. Tão ou mais grave do que isso, o episódio serve para constatar o quão inúteis são nossos políticos. O quanto de infâmia mental carregam em sua consciência, e quão grandes são o cinismo e a hipocrisia com que tratam a ciência política, quando a usam, única e exclusivamente, para se locupletar e ao seu grupo,  e a usá- la para satisfazer seu egoísmo e ganância do poder pelo poder. Como dizia Winston Churchill, " mesmo que não seja o melhor dos instrumentos como forma de escolha de nossos representantes, a democracia, porém ( e só ela), nos dá a chance única de descartar os piores". Quando o fazemos. Triste sina essa nossa,  a dos brasileiros. Fica, porém uma lição( mais uma, entre tantas), que deveríamos levar em conta toda vez que formos depositar nosso voto na (vá lá ) controversa urna eletrônica, tida e havida " honesta e indevassável" pelos homi da Extrema Corte. Essa lição é: nem sempre uma embalagem nova, vistosa, refinada e esfuziante tal qual uma alegre gazela deslizando sobre o gelo, contém algo que preste dentro dela. Ali, no buraco negro do seu interior, em flagrante contraste com o lado de fora, apodrecem( carcomidas), velhas, decrépitas e insondáveis maquinações demoníacas prestes a serem liberadas para espalhar o veneno da sua incompetência, imoralidade e total falta de ética comportamental. Uma vez mais, obrigado, governador Leite. Talvez o fato havido venha ficar na história política gaúcha( na sua, indubitavelmente), de como sai o olho da cara sustentar inúteis como o senhor sem que colhamos, obrigatoriamente, os frutos inglórios de nossas escolhas erradas. 

Corte de Haia rejeita ação da África do Sul e Brasil contra Israel. Decisão saiu hoje.

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) emitiu na manhã desta sexta-feira, 26/01, seu primeiro veredito a respeito do recurso solicitado pela África do Sul contra Israel no contexto da guerra na Faixa de Gaza. O governo lulopetista apoiou a ação da África do Sul.

 Durante a sessão no tribunal em Haia, foi negado o pedido de um cessar-fogo imediato no território palestino. Como parte das tratativas, o CIJ indica que Israel puna com mais rigor políticos que promovem discursos de ódio e amplie o acesso à ajuda humanitária para Gaza, prevenindo a deterioração das condições de vida locais. O tribunal também pediu que o Hamas liberte imediatamente os reféns capturados em território israelense em 7/10.

Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), ao examinar a decisão, diz que um dos pontos centrais do debate, ignorado pela África do Sul em seu pedido de cessar-fogo imediato,  justamente em torno da ausência de exigências enfáticas para a liberação imediata dos mais de 130 reféns mantidos em Gaza pelo Hamas como parte das prioridades para um possível acordo de trégua. 

Editorial: -“Nova Indústria Brasil” serve, na verdade, para fortalecer o PT

Desde que o presidente Lula anunciou que vai gastar R$ 300 bilhões num novo plano de auxílio à indústria, muita gente tem se perguntado: como o PT tem coragem de repetir um erro tão desastroso? Será que o presidente não sabe que projetos similares não dão certo há décadas, e que o último arruinou as contas públicas do governo Dilma, levando o Brasil à sua pior crise econômica da história?


Fazemos essas perguntas por acreditar que Lula de fato tem a intenção de fortalecer a indústria. Na verdade, o objetivo do “Nova Indústria Brasil” é outro: fortalecer o PT. Serve para aumentar o poder do governo entre empresários, para comprar aliados e apoio político.


Muitos economistas alertaram que, se o governo oferece juros subsidiados de um lado, precisa aumentar os juros do outro. Alguns empresários ganham, outros perdem. A indústria nacional precisa é de menos impostos e menos burocracia, e de um governo que não assuste os investidores com ameaças de calotes ou de inflação.


Os especialistas também lembraram que é urgente abrir a indústria nacional à concorrência externa, para que invista em inovação, se torne mais produtiva e ingresse nas cadeias globais de produção.


O governo Lula sabe de tudo isso. Sabe que a exigência de conteúdo local sequer consegue ser colocada em prática. Tem completa noção que o Nova Indústria Brasil não vai fortalecer a indústria, assim como os planos anteriores só prejudicaram as empresas e os brasileiros em geral. De Ernesto Geisel a Dilma Rousseff, os planos de socorro à indústria funcionaram como bolsas-família ao contrário, a tirar dinheiro dos pobres para dar aos ricos.


Mas tem um motivo para o PT gostar tanto dessa política: como o BNDES é um banco estatal, quem decide onde vai o dinheiro é o próprio PT. Os bilhões previstos pelo programa de incentivo não vão para as empresas mais produtivas ou sustentáveis, nem para os projetos mais urgentes de infraestrutura, e sim para quem é amigo do governo. Quem dá carona em jatinhos, entra em negociatas, anuncia em publicações favoráveis ao governo.


O Nova Indústria Brasil não é bom para a indústria. É bom para o PT. 


Rodrigo Pacheco diz que presidente do PL usa bastidores para impedir impeachment de ministros do STF

O presidente do Congresso e do Senado, Rodrigo Pacheco, reagiu com tiros de canhão à acusação de que é "frouxo" na defesa dos congressistas no caso dos atropelos do STF, com ênfase dos casos recentes dos deputados Carlos Jordy e Alexandre Ramagem:

O senador não se defendeu, mas atacou o acusador, no caso o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto:

1) Costa Neto não consegue organizar a oposição.
2) Costa Neto só vive de dinheiro do Fundo Partidário.
3) Costa Neto não trabalha para limitar decisões monocráticas dos ministros do STF, que ele, Rodrigo Pacheco, defende.
4) Costa Neto defende publicamente o impeachment de ministros do STF, mas nos bastidores trabalha para que isto não aconteça.

Leia a postagem do senador no seu Twitter:

- Difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral e não é capaz de organizar minimamente a oposição para aprovar sequer a limitação de decisões monocráticas do STF. E ainda defende publicamente impeachment de ministro do Supremo para iludir seus adeptos, mas, nos bastidores, passa pano quando trata do tema.

Formato de adesão ao mercado livre de energia é ampliado no Brasil

Desde o início do ano mais de 3 mil consumidores já notificaram o encerramento dos contratos com distribuidoras de energia elétrica para migrar para o mercado livre de energia. Esse é o primeiro mês de vigência da abertura desse modelo para consumidores do grupo A, de média e alta tensão, que passaram a ter essa opção, já disponível para as grandes indústrias. 38 mil unidades consumidoras que já estão no segmento livre.

Somente consumidores com contas de valor superior a R$ 10 mil podem aderir.

Este é o primeiro mês de vigência da abertura desse modelo para consumidores do grupo A, de média e alta tensão, que passaram a ter essa opção, já disponível para as grandes indústrias. A medida deve beneficiar indústrias e serviços de pequeno e médio porte. São supermercados, padarias, redes de postos de combustíveis e outros negócios que estejam no grupo A de consumo.

A mudança pode baratear as contas de energia dessas empresas em torno de 20%.