Montadora chinesa

  A maior empresa automotiva chinesa de capital 100% privado, a Great Wall Motors (GWM), anunciou investimento de R$ 10 bilhões para montar a sua maior base de produção fora da China, na cidade de Iracemápolis, no interior de São Paulo, a 170 quilômetros da capital paulista. Segundo a montadora, será lançada no Brasil uma linha de produtos que terá somente SUVs e picapes, híbridos e elétricos.A unidade de Iracemápolis será a quarta base completa de produção da GWM no mundo, a primeira da América Latina e funcionará como centro de exportação para o continente americano. A GWM informou que pretende apoiar a produção de peças localmente, com o objetivo de alcançar um índice de nacionalização de 60% até 2025. 

A fábrica terá sistema de produção inteligente e capacidade de produção instalada de 100 mil veículos por ano, com expectativa de faturamento anual de R$ 30 bilhões em 2025. Serão dois ciclos de investimento na nova planta: cerca de R$ 4 bilhões, de 2022 a 2025, e R$ 6 bilhões, de 2026 a 2032, com geração estimada de dois mil empregos diretos até 2025.

Até 2025, no primeiro ciclo de investimento, serão lançados 10 modelos, com previsão de chegada do primeiro veículo no quarto trimestre de 2022, como importado. Já o primeiro veículo produzido no Brasil será lançado no segundo semestre de 2023. 


Istvan - *Adão Paiani

 Istvan                                                                                                                           

*Adão Paiani 

Istvan Reiner, tinha 4 anos quando foi tirado de sua casa em Miskolc, na Hungria, e deportado para o campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, onde foi assassinado na câmara de gás, juntamente com o avô, poucos dias depois da foto, em 1944.

Ele sorri na foto, pois em sua pureza ainda não tinha consciência do que tudo aquilo significava; e nem do que iria lhe acontecer. 


Istvan poderia ter crescido brincando com as crianças de sua pequena cidade natal. Caído alguns tombos antes de aprender a andar de bicicleta, subido em árvores, aprendido a nadar. 


Istvan poderia ter ido à escola e, mais tarde, talvez, à Universidade. Poderia ter aprendido uma profissão, e gostado dela.


Istvan poderia ter tido um primeiro amor, e sofrido por ele, e muitos outros depois. Podia ter namorado e casado; ter visto a esposa grávida, e seus filhos nascerem, crescerem e lhe darem netos.


Nada disso aconteceu, pois tudo foi tirado de Istvan Reiner, aos 4 anos de idade, em Auschwitz, pela ação de homens bárbaros e cruéis, que sabiam perfeitamente o que estavam fazendo.


Que tenhamos todos a dignidade de jamais permitir, sob pretexto algum, que qualquer coisa similar à barbárie nazista, e tudo que aconteceu com Istvan, sua família e milhões de outras vítimas, venha a se repetir.


Em lugar algum.


Nunca mais.


*Adão Paiani é advogado em Brasília/DF.