Entrevista, João Dal'Aqua, presidente do Sulpetro - Greve dos caminhoneiros para o País em dois dias úteis

ENTREVISTA
João Dal'Aqua, presidente do Sulpetro (postos de combustíveis)

Está tudo parando ?
Parando. As distribuidoras param de entregar e os tanques dos postos esvaziam rapidamente. Já há claro desabastecimento de combustível e isto resultará em desabastecimento generalizado.

Quanto tempo dá para segurar ?
Até amanhã ? Acho que a economia e as pessoas segurarão até segunda, mas a partir daí será caos econômico, político e social.

E tem solução ?
A equação atual é diabólica: a nossa cadeia - eu incluo os caminhoneiros nisto -  achatou as margens e eliminou o giro. A Petrobrás sobe os preços todos os dias, a carga tributária come metade do preço do combustível, estamos saindo de uma brutal recessão, o dólar e o preço do petróleo sobem, mas além disto temos processo eleitoral.

Dá para chegar a algum acordo ?
Tem que dar. O governo precisa sentar para buscar um acordo que permita que a cadeia da área, sobretudo os caminhoneiros, garantam alguma renda para pagar as contas e viver.

A greve é dos caminhoneiros autônomos. O que eles representam no transporte de carga ?
No Brasil ? Pode botar 40% para mais. O RS é o Estado que tem maior número de caminhoneiros e por isto o movimento é tão forte por aqui. A greve é dos caminhoneiros, mas eles parando, para o País. É o caos. Para tudo.

2 comentários:

  1. Tudo passa por uma reengenharia da nossa economia, tamanho, função e custo do estado brasileiro. Tem gente ganhando demais para produzir de menos, muito menos... Precisamos com urgência rediscutir TUDO inclusive os "tais" direitos adquiridos que na verdade não passam de "malandragens" para a locupletação de uns poucos em detrimento da vida e garantias constitucionais de quase todos. O Brasil está ficando inviável...

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  2. Tería que se investir em ferrovias e hidrovias. Na BR 290, centenas de caminhoes que nem pedágio pagam, detonam a estrada, tumultuam o trânsito, transportando toras de eucalipto entre Pantano Grande e Guaiba e cujas cargas poderiam vir por barcos até a Celulose.

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