A crise, o vácuo e a solução para as empresas.
A crise brasileira é um amargo remédio que tem feito com
que as empresas despertem e descubram que a maior parte daquilo que lhes tem
sido apresentado como solução para seus problemas não passa de falácias. E esta
descoberta está criando um vácuo que precisa ser preenchido por alguma coisa
que definitivamente apresente soluções reais para a problemática da falta de
comprometimento, da improdutividade e da perda de dinheiro.
Não houve no passar dos tempos mudança suficiente nas
empresas e nem nas pessoas que justificasse a infinidade de diferentes
programas motivacionais e de produtividade que superlotam milhares de páginas
da internet.
Desde sua invenção as empresas continuam exatamente
iguais: “são entidades que tem como finalidade transformar dinheiro em mais
dinheiro através de uma atividade produtiva”. Isto nunca mudou.
Por seu lado, desde que o homo sapiens existe, as pessoas
continuam impelidas pelo seu instinto de sobrevivência que as torna
intrinsecamente egoístas e as impele a se reunir com outras pessoas, seja em
busca de proteção, seja para compartilhamento de ideias.
Praticamente tudo o que foi escrito ou desenvolvido no
sentido de levar as pessoas a darem o melhor de si pelas empresas, não levou em
conta estas verdades basilares, e por isso não produziu os resultados
esperados.
O ser humano tem uma imensa gama de necessidades e
aspirações, mas para poder satisfazê-las precisa, na maior parte das vezes,
adquiri-las ou comprá-las. Alimento, abrigo, estudo, lazer, tudo custa
dinheiro, e somente tendo dinheiro a pessoa poderá conquistá-los.
Como dinheiro não nasce em árvore surge a necessidade de
adquiri-lo e isto somente acontece licitamente, através da loteria, cujo bilhete
também precisa ser comprado e cuja probabilidade de acerto é infinitamente
pequena, por herança, privilégio de poucos, pela criação de uma empresa o que
exige como pré requisito uma grande capacidade empreendedora, dom que poucas
pessoas possuem, ou pela conquista de um emprego.
Posso afirmar que uma pessoa jamais procurará um emprego
com o intuito de ajudar uma empresa que não é dele a se desenvolver e a lucrar
mais. Não conheço ninguém que aceite trabalhar sem qualquer remuneração,
simplesmente pelo prazer intrínseco de trabalhar para enriquecer outras pessoas
com as quais não mantenha laços afetivos ou familiares. E mesmo nos casos de
laços afetivos esta contribuição pessoal somente acontecerá quando não houver
necessidade de ganhar dinheiro, o que transforma o trabalho em hobby.
Assim, esperar que alguma pessoa se comprometa para com
os objetivos de uma empresa que não é dele é uma das maiores falácias . A
pessoa sempre vai se comprometer consigo mesma e com seus interesses.
O aumento da produtividade e da lucratividade precisa
passar obrigatoriamente pela resolução desta aparente dicotomia: as empresas e
as pessoas possuem seus próprios propósitos, na maior parte das vezes não
coincidentes ou até mesmo conflitantes.
Mas existe um caminho para resolver estas incongruências.
As pessoas, como já dito, tem uma tendência inata de se
reunir com outras pessoas em torno de ideias afins. É em razão disto que são
criadas tantas associações de pessoas como família, associações de classe,
clubes desportivos, entidades filantrópicas, quadrilhas ou gangues. Tudo gira
em torno de ideias comuns.
A arte da produtividade consiste em criar uma ideia que
as pessoas a assumam como suas, o que só vai ocorrer quando as pessoas se
convencerem de que o negócio da empresa pode ser também seu próprio negócio. Aí
todo o sistema se tornará apto para dar o grande salto de excelência.
As empresas precisam criar ideias que consigam amalgamar
seus propósitos com os das pessoas. Enquanto isto não for conseguido, a
improdutividade continuará a flagelá-las.
A estrela do momento é o Modelo GAIA - Gestão através de
Ideias Atratoras.
Este modelo de gestão, por ser natural e enfocar somente
os aspectos primordiais evidenciados pela interface empresa – pessoas torna
tudo o mais relativo à produtividade, qualidade, liderança e comprometimento,
obsoleto e desnecessário escancarando as portas para a aplicação otimizada da
tecnologia, dos sistemas e dos próprios equipamentos. Quando todos quiserem as
soluções se tornarão muito mais simples e eficazes.
- Fabio Jacques tem mais de 40 anos de experiência em
gestão empresarial. Exerceu cargos de chefia e direção em empresas como ATH
Albarus (hoje GKN do Brasil Ltda), Dana Albarus S.A., Calçados Bibi, Viação
Hamburguesa e Unidasul, dentre outras. É diretor da FJacques - Gestão através
de Ideias Atratoras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário