Entrevista, Bruno Eizerick - Volta às aulas

ENTREVISTA
Bruno Eizerick, presidente do Sindicato do Ensino privado do RS, Sinepe/RS

Por que razão o governo estadual demora tanto para definir um cronograma de retorno às aulas presenciais ?
Lamentamos. Com protocolos estabelecidos desde 8 de junho de 2020, houve tempo suficiente para as redes públicas e privadas de ensino elaborarem planos de contingência e se prepararem para receber seus alunos – levando em conta as bandeiras amarela e laranja, referências do distanciamento controlado.
Só as escolas perdem ?
Estamos numa situação em que todos estão perdendo. E, na educação, os alunos são os mais prejudicados. De forma abrupta, eles saíram da rotina, da escola, do convívio com seus pares. Toda a interação que ocorre no ambiente da escola – entre alunos e deles com os professores – é um pilar fundamental do crescimento de ambos, e isso não pode ser substituído, em especial na Educação Básica. Os prejuízos causados por esse longo período das crianças fora da escola podem ser irreparáveis.  E a falta de uma definição sobre o retorno às atividades presenciais gera mais insegurança às famílias.

Um dos argumentos do governo é que as escolas públicas estaduais e municipais podem não estar preparadas para a reabertura.
Defendemos que se as escolas públicas não têm condições de abrir as portas, que seja dada essa opção às escolas privadas que desejarem e estiverem prontas para retomar as aulas presenciais e acolher seus alunos.

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