STF retoma julgamento de censura mais pesada na internet

 O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 4 de junho a retomada do julgamento sobre a responsabilização das redes sociais pelos conteúdos ilegais postados pelos usuários.


O julgamento foi interrompido em dezembro do ano passado por um pedido de vista do ministro André Mendonça, que devolveu o processo para julgamento nesta semana. 


O Supremo julga a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), norma que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.


De acordo com o Artigo 19 da lei, "com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura", as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens de seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo.


Até o momento, três ministros já proferiam seus votos sobre a questão.


O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, votou pela responsabilização parcial das plataformas. Para o ministro, as redes devem retirar postagens com conteúdo envolvendo pornografia infantil, suicídio, tráfico de pessoas, terrorismo e ataques à democracia. Pela proposta, a medida deve ser tomada após as empresas serem notificadas pelos envolvidos.


Contudo, no entendimento de Barroso, a remoção de postagens com ofensas e crimes contra a honra dos cidadãos só pode ocorrer após decisão judicial, ou seja, como ocorre atualmente. 


Os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux também votaram a favor da responsabilização das plataformas. De acordo com os ministros, as plataformas devem retirar, após notificação extrajudicial, conteúdos considerados ilegais, como mensagens com ataques à democracia, incitação à violência, racismo, entre outras.


Entenda

O plenário do STF julga dois processos que discutem a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet.


Na ação relatada pelo ministro Dias Toffoli, o tribunal julga a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos. O caso trata de um recurso do Facebook para derrubar decisão judicial que condenou a plataforma por danos morais pela criação de perfil falso de um usuário.


No processo relatado pelo ministro Luiz Fux, o STF discute se uma empresa que hospeda um site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google.

CMDUA examina detalhes da proposta do novo Plano Diretor de Porto Alegre

 Nesta quarta-feira, 28, começaram as apresentações do detalhamento do Plano Diretor de Porto Alegre para os integrantes do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Ambiental (CMDUA). É o resultado final das demandas da população com os estudos realizados pela equipe da Diretoria de Planejamento Urbano.O processo de revisão contou com significativa participação da população nos diversos eventos. Foram mais de 280 encontros com em diferentes atividades, começando pelas nove oficinas territoriais, em 2019, antes da pandemia; e, partir de 2022, 15 exposições interativas, dois seminários, duas conferências, sete oficinas temáticas e 24 devolutivas, mais de 180 reuniões dos grupos de trabalho e mais de 30 reuniões do CMDUA.

Em seguida a minuta de lei ser levada à audiência pública, para debates com toda sociedade.

Leia o texto das jornalistas Aline Czarnobay e Carla Bisol sobre o assunto:

Na noite desta quarta- feira, 28, a diretora da Planejamento Urbano da Smamus, Patrícia Tschoepke, apresentou o planejamento estratégico da proposta. Foram criados sistemas estruturantes: ecológico, de espaço aberto, estrutura e infraestrutura e socioeconômico. O modelo de ocupação de território divide a cidade em setor norte (consolidado), setor médio (descontínuo) e setor sul e ilhas (áreas naturais). As regiões de gestão do planejamento (RGP) foram divididas em 9, com uma específica para a região das ilhas. As RGPs terão acesso a informações estruturadas, participação no desenvolvimento de políticas urbanas, planos e projetos urbanísticos. Patrícia também apresentou um modelo de gestão urbana com uma nova estrutura organizacional.

Cronograma - Dando continuidade às discussões, nas próximas três reuniões do CMDUA serão apresentados aspectos específicos como os sistemas, zoneamento e instrumentos e parâmetros da Lei de Uso e Ocupação do Solo. As reuniões seguintes serão para o debate. No início de julho, está prevista a apresentação da minuta e, no início de agosto, a audiência pública final antes do projeto ir para a Câmara de Vereadores.

A população pode acompanhar as reuniões do CMDUA pelo canal da Smamus no youtube (https://www.youtube.com/@SmamusPortoAlegre).