Artigo, Fábio Jacques - O poder das grandes ideias

Hoje pretendo fazer algumas considerações sobre os motivos do intenso embate ideológico que está se travando entre o governo Bolsonaro que está completando duas semanas de existência e a esquerda com a grande mídia a tiracolo secundada por seus aficionados de sempre: artistas e blogues, juramentados mamadores nas tetas governamentais, fazendo uma análise destes acontecimentos sob o prisma do Attractor Thinking – Gestão através de Ideias Atratoras.
Não desista ainda. Acompanhe meu raciocínio e depois faça o seu julgamento.
Como foi que Bolsonaro chegou à presidência da república contra tudo e contra todos?
Quatro anos atrás brotou em sua cabeça uma IDEIA: ser presidente da república e acabar com os desmandos idealizados e concretizados pelos governos de esquerda. As propostas decorrentes desta sua IDEIA todos conhecemos.
Acreditou na IDEIA e saiu em pregação pelo Brasil.
Imediatamente os apaniguados pelos governos de esquerda assestaram suas baterias em furioso ataque contra ele e sua IDEIA, primeiramente ridicularizando-o e depois pitonisando” (será um neologismo?) sua derrota avassaladora por bater semanalmente com a cabeça no teto, por não conseguir a adesão das mulheres, ainda que sempre tivesse mais intenções de votos femininos que os demais candidatos, por não conquistar votos entre negros, homossexuais e nordestinos o que sempre foi desmentido pelas pesquisas, pela impossibilidade de ganhar uma eleição sem conchavos, sem dinheiro, sem debate e sem tempo de televisão. Suas IDEIAS foram taxadas de fascistas, nazistas, racistas, homofóbicas além de muitos outros epítetos depreciativos, e, não conseguindo calar as IDEIAS tentaram até mesmo calar o próprio arauto.
Frustraram-se neste seu intento e Bolsonaro ganhou as eleições com uma vantagem de mais de 10 milhões de votos.
Jair Messias Bolsonaro, como cidadão, possivelmente agradasse à sua esposa Michelle, à sua mãe, aos seus filhos, a amigos próximos e quem sabe a alguns parlamentares do baixo clero e militares de baixa patente que conviveram com ele durante suas atividades sociais e funcionais ainda que algumas vezes um tanto quanto truculentas. Acho que não mais que isso.
Então como conseguiu atrair mais de 57 milhões de eleitores?
A resposta é óbvia: Bolsonaro, pessoa física, não ganhou eleição nenhuma. Quem ganhou foram as suas IDEIAS.
O que faz a mídia e os demais amantes da esquerda? Tentam desesperadamente desacreditá-las.
Somente conseguirão abater a força de Bolsonaro se conseguirem provar que suas IDEIAS foram engodo e mentira, e é isto que sistematicamente querem provar atacando virulentamente qualquer sinalização que parta do governo e que possa ser criticada mesmo que, muitas vezes, eivada de distorções ideológicas.
Na pseudo missa no sindicato dos metalúrgicos onde resistia à prisão, Lula disse: Não sou mais uma pessoa. Agora sou uma IDEIA.
Em uma entrevista durante a campanha do segundo turno, quando o PT já tinha virado verde-amarelo, a estrela se transmutado em bolota e o Lula desaparecido das propagandas políticas do partido, Fernando Haddad proferiu uma frase com a qual pretendia definir sua inevitável vitória:
“Nós temos uma IDEIA, e uma boa IDEIA é irresistível”.
Cabe aqui lembrar alguns postulados básicos do modelo de gestão Attractor Thinking:
PESSOAS NÃO SEGUEM PESSOAS. PESSOAS SEGUEM IDEIAS, e, portanto, LIDER NÃO EXISTE. O QUE EXISTE SÃO IDEIAS QUE ATRAEM. “Líder” é aquele que consegue transmitir com eficácia uma BOA IDEIA, seja sua seja de alguma autoridade como Jesus, Maomé, Mahatma Gandhi, Martin Luther King JR. ou qualquer outro grande idealizador.
Foram as IDEIAS que transformaram o cidadão Bolsonaro em um grande líder nacional.
Bolsonaro precisa manter-se fiel às suas IDEIAS e, se lograr este feito, manterá e até aumentará a multidão daqueles que o apoiaram e o levaram à posição de número um do país. Se renegá-las, seu governo e o próprio país podem voltar a mergulhar em grave crise.
Mas, alguém pode, com razão, perguntar: o que isto tem a ver com gestão empresarial? Tudo.
A suprema gestão nacional é a do governo federal que, em adotando as atitudes corretas, consolidar-se-á com grandes chances de levar o país ao seu destino como grande potência desperta, hoje ainda sonolenta, mas cujo berço se mantém esplêndido e inexplorado pronto para explodir em benesses para toda a população.
E as empresas? Como podem se beneficiar internamente deste modelo?
Criem IDEIAS que atraiam e cativem as pessoas. Como disse o Haddad, uma boa ideia é irresistível.
A produtividade somente dará saltos significativos se aqueles que comandam as organizações venderem uma IDEIA que as pessoas adotem como sua. Uma IDEIA de participação, de liberdade, de progresso e de ganhos para todos.
O empresário ou o executivo que conseguir tal feito será, com certeza, eleito “presidente”, não do Brasil, mas de sua própria empresa. As pessoas o elegerão e o seguirão como um verdadeiro líder, porque verão nele verdade, segurança e, por que não dizer, amizade e gratidão.
Somente assim se tornará possível despertar o imenso potencial de energia que, na maior parte das organizações, permanece latente e inexplorado, ainda que sempre pronto para explodir em produtividade, lucro e ganhos para a própria empresa, seus colaboradores e para toda a sociedade. Basta saber como desencadear esta explosão.
BOAS IDEIAS a todos.

O autor é diretor da FJacques - Gestão através de Ideias Atratoras, Porto Alegre, e autor do livro “Quando a empresa se torna Azul – O poder das grandes Ideias”.
www.fjacques.com.br -  fabio@fjacques.com.br

3 comentários:

  1. "...taxadas de fascistas, nazistas, racistas, homofóbicas além..." Chamo a atenção do articulista que a palavra que quis escrever como sinônimo de rotular, apodar, marcar é grafada com CH: taCHar. Taxar, como escreveu, significa cobrar impostos, emolumentos etc.

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