Novembro Azul alerta para cuidados com a saúde do homem

Homem que se cuida não perde o melhor da vida. Este é o tema da Secretaria da Saúde (SES/RS) para marcar o Novembro Azul, mês dedicado a alertar sobre a importância da prevenção e diagnóstico do câncer de próstata. A novidade este ano é a expansão do foco: despertar os homens para a necessidade de cuidar de sua saúde como um todo.
“Existem hábitos arraigados, uma cultura mesmo de que homens não cuidam da própria saúde e é preciso mudar isto”, aponta Carlos Antônio da Silva, coordenador da Saúde do Homem, da SES/RS. Estes hábitos arraigados levam a adoecimentos que poderiam ser evitados ou amenizados. “Depressão, por exemplo, é comum, mas geralmente não falada, não tratada. Tudo é velado”. Além da próstata, outros tipos de câncer acometem a população masculina, entre eles pulmão, garganta e esôfago, principalmente em função do fumo. Também as doenças cardiovasculares são muito comuns. “As tensões do cotidiano, o modo de vida, a falta de atividade física contribuem para os adoecimentos”, observa Carlos. A população masculina, acrescenta, não está habituada sequer a verificar seus marcadores metabólicos como pressão, batimentos cardíacos, colesterol.
Ele manifesta ser fundamental esta mudança cultural, ao mesmo tempo em que é necessária a adoção de novos hábitos, como mais ingestão de água. “Tomar menos sucos, refrigerantes, bebidas alcoólicas”, diz. Também desenvolver atividades físicas, como caminhadas, ingerir menos açúcares e gorduras, bem como fazer atividades de lazer. “Estes são fatores importantes para alguém durar mais e com qualidade”.
O Novembro Azul, mês de atenção à saúde do homem, será marcado pela divulgação de um vídeo nas redes sociais, a partir desta sexta-feira, dia 1º. Também será exposto um “varal” sobre os cuidados com a saúde do homem, durante o mês, no andar térreo do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Avenida Borges de Medeiros, 1501, Porto Alegre). E, dia 12, será exibido o documentário “Silêncio dos Homens”, um filme que discute a masculinidade tóxica e aborda as dores, qualidades, omissões e processos de mudanças dos homens. Será apresentado em dois horários: das 9h às 11h e das 15h às 17h, no auditório do Centro Administrativo, com debate a seguir. É aberto ao público.

Entrevista, Leandro Ruschel, Leandro & Stormer - Está tudo para a decolagem da economia brasileira


O Brasil está preparado para crescer, depois das reformas e ajustes já promovidos e em andamento ?
Eu creio que o Brasil criou as condições para gerar a partir de agora o crescimento sustentável, claro que há limitações em termos de eficiência ainda. Reformas estruturais demoram muito tempo para darem resultados, apesar de esses resultados serem muito mais duradouros. Está tudo pronto para a decolagem da economia brasileira.

Coisas como os juros ainda são problemas. 
A gente já criou alguns mecanismos que permitem, já estão permitindo a queda dos juros. 

Juros em queda significam o que, exatamente ?
Já temos os juros mais baixos da história e isso vai trazer ai mais investimentos, seja em artigo de risco, seja em bolsa, seja em economia real. Já que para se ter um retorno os investidores precisam tomar mais riscos. Tomar mais riscos significa investimento, investimento gera obviamente o crescimento.

Quais foram as medidas mais importantes no caso do ajuste das contas públicas ?
Então, acho que a grande vitória que nós tivemos foi a PEC do teto dos gastos ainda no governo Temer, e agora, a reforma da Previdência, esta porque diminuirá o déficit público e permitirá, então, que as autoridades monetárias façam política contra sílica, cortem juros e empurrem os investidores para o mundo dos investimentos.

Os empresários acostumados a mamara nas tetas do governo estão tendo problemas ?
A gente está vendo que há uma diminuição grande da dependência de ex-subsidiados.
Por exemplo, o BNDES chegou a prover mais da metade do financiamento para empresas no passado, e hoje esse número representa um quinto.

O que vem pela frente no quesito ajuste das contas e melhoria da gestão pública ?
Obviamente que ainda tem essa pauta das privatizações, a gente vai ter reforma administrativa, a gente vai ter reforma tributária provavelmente e há um desejo ou até uma necessidade do Congresso aprovar essas pautas.

E a tensão política ?
O país precisa voltar a crescer até para diminuir a pressão sobre o mundo político. Este é um aspecto que pouca gente fala.

2020 em diante ?
Então do ponto de vista interno há um cenário bastante positivo para retomada do crescimento e para melhores resultados no ano que vem e nos próximos anos.

O mundo pode não ajudar, porque o ciclo virtuoso de crescimento parece estar se esgotando.
Tem um ponto ai que nos preocupa bastante que é a questão externa já que o mundo está entrando no 11º ano de crescimento. É um ciclo longo. Os Estados Unidos experimentam o ciclo mais longo da sua história, e em algum momento vai haver alguma correção, vai haver uma correção nos mercados, uma correção na economia global. Já houve uma desaceleração, mas é possível que tenhamos alguma correção em algum momento.

2020, globalmente, como será, por exemplo nos Estados Unidos ?
Ano que vem vai ser um ano complicado aqui nos Estados Unidos por conta das eleições. Temos um cenário de maior volatilidade, principalmente no segundo semestre ano que vem. Temos ai a questão da China, temos uma série de problemas no mundo. Por enquanto está tudo sob controle, mas em algum momento nós teremos alguma desaceleração, talvez uma correção mais aguda e isso deve impactar o Brasil. 

Estamos preparados para tensões globais ?
Então a gente tem que aproveitar ai para fazer o máximo de reforma o mais rápido possível, acha que a reforma da Previdência demorou muito.

Renda fixa ou renda variável, aguardar ou investir ?
Mas enfim, o cenário interno é um cenário que se abre bastante positivo. Há uma massa de investimento em renda fixa que vai ter que migrar para renda variável ou economia real. São investimentos em negócios. 

O que pode atrapalhar ?
Isto tudo deve melhorar a situação, mas a gente tem a instabilidade externa que prejudicaria esse crescimento e paira no ar a possibilidade de uma crise política mais séria, em algum momento.

Você enxerga alguma crise política aguda mais adiante ?
A gente viu ai a Globo tentando criar a situação de crise política, por exemplo. Há uma guerra fria contra o Bolsonaro e a tentativa a todo o momento de puxar o tapete do presidente, criar uma crise institucional ou se criar situações, ou simplificar declarações como essa do filho do presidente né, enfim sempre ronda ai esse fantasma.

Crise política ou crise institucional ?
Ronda o País um fantasma de uma crise institucional, uma crise maior que pode prejudicar essas expectativas que eu acabei de colocar.


Eu creio que o Brasil criou as condições para gerar a partir de agora o crescimento sustentável, claro que há limitações em termos de eficiência ainda. Reformas estruturais demoram muito tempo para darem resultados, apesar de esses resultados serem muito mais duradouros.


A gente já criou alguns mecanismos que permitem, já estão permitindo a queda dos juros. 

Já temos os juros mais baixos da história e isso vai trazer ai mais investimentos, seja em artigo de risco, seja em bolsa, seja em economia real. Já que para se ter um retorno os investidores precisam tomar mais riscos. Tomar mais riscos significa investimento, investimento gera obviamente o crescimento.


Então, acho que a grande vitória que nós tivemos foi a PEC do teto dos gastos ainda no governo Temer, e agora, a reforma da Previdência, esta porque diminuirá o déficit público e permitirá, então,ue as autoridades monetárias façam política contra sílica, cortem juros e empurrem os investidores para o mundo dos investimentos.
A gente tá vendo que há uma diminuição grande da dependência de ex-subsidiados.
Por exemplo, o BNDES chegou a prover mais da metade do financiamento para empresas no passado, e hoje esse número representa um quinto.
Obviamente que ainda tem essa pauta das privatizações, a gente vai ter reforma administrativa, a gente vai ter reforma tributária provavelmente, há um desejo ou até uma necessidade do congresso aprovar essas pautas.
O país precisa voltar a crescer até para diminuir a pressão sobre o mundo político, esse é um aspecto que pouca gente fala.
Então do ponto de vista interno há um cenário bastante positivo para retomada do crescimento e para melhores resultados no ano que vem e nos próximos anos.
Tem um ponto ai que nos preocupa bastante que é a questão externa já que o mundo está entrando no 11º ano de crescimento, é um ciclo longo, os Estados Unidos é o ciclo mais longo da história, e em algum momento vai haver alguma correção, vai haver uma correção nos mercados, uma correção na economia global, já houve uma desaceleração, mas é possível que tenhamos alguma correção em algum momento.
Ano que vem vai ser um ano complicado aqui nos Estados Unidos por conta das eleições né, temos um cenário de maior volatilidade principalmente no segundo semestre ano que vem. Temos ai à questão da China, temos uma série de problemas ai no mundo, por enquanto está sob controle, mas em algum momento nós teremos alguma desaceleração, talvez uma correção mais aguda, isso deve impactar o Brasil, então a gente tem que aproveitar ai para fazer o máximo de reforma o mais rápido possível, acha que a reforma da Previdência demorou muito.
Mas enfim, o cenário interno é um cenário que se abre bastante positivo, há uma massa ai de investimento em renda fixa que vão ter que migrar para renda variável ou economia real né, investimentos em negócios, isso deve melhorar a situação, mas a gente tem a instabilidade externa que prejudicaria esse crescimento que sempre temos ai, paira no ar né a possibilidade de uma crise política mais séria em algum momento.
A gente viu ai a Globo tentando criar a situação, por exemplo, tem né uma guerra ai fria contra o Bolsonaro e a tentativa a todo o momento de puxar o tapete do presidente, criar uma crise institucional ou se criar situações, ou simplificar declarações como essa do filho do presidente né, enfim sempre ronda ai esse fantasma.
O STF pode soltar milhares de presos, sempre ronda ai um fantasma de uma crise institucional, uma crise maior que pode prejudicar essas expectativas que eu acabei de colocar.

Tudo sobre o funcionamento dos hospitais municipais de Porto Alegre nos finados


A Prefeitura de Porto Alegre preparou uma programação especial para facilitar a reverência ao Dia de Finados, neste sábado, 2. Os cemitérios municipais Tristeza (rua Liberal, 19), São João (rua Ari Marinho, 297) e Belém Velho (rua Nossa Senhora do Rosário, 5.205) funcionarão com horários especiais, permanecendo abertos das 8h às 18h, sem fechar ao meio-dia.

No São João, que é também o maior cemitério municipal de Porto Alegre, com cerca de 12,6 mil jazigos, estão programadas três missas na área próxima à caixa d'água: às 8h30, às 10h e às 16h. Além disso, os cemitérios privados oferecerão missas campais, procissões e outras atividades de celebração alusivas ao feriado, sob a coordenação da Associação Sulbrasileira de Cemitérios e Crematórios (Asbrace). http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/cs/usu_doc/finados2019.pdf. 

Com expectativa de receber cerca de 2 mil visitantes, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams) intensificou os trabalhos de manutenção dos locais, com limpeza e pinturas de meio fios de calçadas, muros e túmulos, capina e roçada. Conforme o administrador dos três cemitérios municipais, Alexsandro Silva da Costa, mesmo com o clima chuvoso, os cemitérios estão recebendo maior atenção a fim de melhor receber o público.

Já a fiscalização da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) estará presente nas imediações dos cemitérios da Capital. A equipe atuará das 8h às 17h com o objetivo de coibir o comércio irregular de flores e lanches, inclusive para evitar que essas atividades bloqueiem as vias de acesso de pedestres em áreas de grande movimentação. A Brigada Militar (BM) também estará de prontidão nesses locais. 

Trânsito e Transporte - A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) preservará os acessos principais aos cemitérios a fim de auxiliar no trânsito de veículos e pedestres, que é de grande circulação neste período. Além disso, duas linhas especiais de transporte coletivo serão ativadas: a 297 – Cemitério/Especial, com saída da avenida Borges de Medeiros em direção à região dos cemitérios; e a 398.9 – Jardim da Paz/Finados, que sai da avenida Salgado Filho até a avenida João de Oliveira Remião. 

Todas as ações contam com o apoio da Comissão Municipal de Serviços Funerários, ligada à SMDE.

Câncer do pulmão

Na próxima sexta e sábado, seminário debaterá novas formas de tratamento da doença

      O Rio Grande do Sul é o estado com maior incidência de câncer de pulmão do país. Entre as capitais, Porto Alegre lidera o ranking. Diante desses dados alarmantes, o Hospital Moinhos de Vento promoverá encontros para discutir o avanço da doença na população gaúcha. Entre sexta-feira (1º) e sábado (2), será realizado o II Simpósio Internacional de Câncer de Pulmão.

      O encontro contará com uma série de mesas redondas. “A intenção é discutir, de forma multidisciplinar, os diferentes aspectos da doença e a aplicação das novas tecnologias disponíveis para o tratamento da neoplasia”, diz o coordenador da Unidade de Oncologia Torácica do Moinhos de Vento, Guilherme Geib. No Hotel Sheraton, a programação trará 30 palestrantes nacionais e três oncologistas internacionais.

      “Enormes avanços no manejo ocorreram nos últimos anos, como o rastreamento e diagnóstico precoce com a tomografia de baixa dose, tratamento com a cirurgia robótica, imunoterapia e terapias alvo. Tudo isso e vários outros aspectos serão abordados no simpósio", explica o chefe do Serviço de Pneumologia do Moinhos de Vento, Marcelo Gazzana.

      O ponto alto do seminário será a sessão plenária, na sexta, às 18h. O painel reunirá a canadense Natasha Leighl, o francês Elie Fadel e o brasileiro radicado no Canadá Sérgio Faria. O grupo debaterá temas relacionados à imunoterapia do câncer de pulmão, o limite da cirurgia na doença e aspectos relacionados à radioterapia estereotáxica.

      A programação completa está disponível em https://iisimposiointernacio2.eventize.com.br/.

      Palestrantes internacionais
       
      Natasha Leighl: médica oncologista do Princess Margareth Cancer Center em Toronto, no Canadá, ela se dedica ao desenvolvimento de estudos clínicos de novas drogas no tratamento do câncer de pulmão. Possui mais de 150 artigos científicos publicados e discutirá os avanços da imunoterapia e terapia alvo-dirigida do câncer de pulmão;

      Elie Fadel: professor de Cirurgia Cardiotorácica da Faculdade de Medicina de Paris e diretor do Hospital Marie Lannelongue, também na capital francesa. Especialista em cirurgias de grande porte para câncer de pulmão, é atuante na área de transplante pulmonar. Possui mais de 200 artigos científicos publicados. Discutirá a cirurgia do câncer de pulmão e seus avanços;

      Sérgio Faria: professor de Radio-oncologia da Universidade McGill, em Montreal, no Canadá. Dedica-se à radioterapia para tratamento do câncer de pulmão e estudos clínicos na área. Virá para discutir os avanços tecnológicos da radioterapia no tratamento do câncer de pulmão.

Balanço da viagem do presidente Bolsonaro

O presidente fechou dezenas de acordos durante a viagem a Ásia e Oriente Médio. Ele começou a viagem pelo Japão, no dia 22, passou por China, Catar e Emirados Árabes, e terminou o percurso na Arábia Saudita, nesta quarta-feira

Ele cumpriu o objetivo de fechar parcerias comerciais e atrair investimentos para o Brasil.

Arábia Saudita - O destaque da viagem foi a notícia de que o fundo soberano da Arábia Saudita investirá US$ 10 bilhões no Brasil.  Segundo Bolsonaro, o valor deve ir para setores como infraestrutura, óleo e gás, defesa e saneamento. Além disso, o presidente brasileiro contou que o príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, “gostaria que uma parte fosse investida para a baía de Angra dos Reis”.Pelo Twitter, o presidente afirmou que um fundo soberano dos Emirados Árabes também aumentará os investimentos no Brasil, mas não especificou o valor desse incremento. A intenção, de acordo com o Twitter de Bolsonaro, “é investir em portos, estradas, mineração, imóveis e entretenimento. Cidadãos nascidos no Catar e na China, dois dos países visitados por Bolsonaro, não precisarão mais de vistos para entrar no Brasi
 Segundo a embaixada da China no Brasil, em 2017, 135 milhões de chineses viajaram para o exterior, mas só 62 mil vieram ao Brasil. Das viagens ao Brasil, 69% foram de negócios.A isenção de vistos para o Catar deve ter pouca repercussão, já que há só pouco mais de 300 mil cidadãos cataris – o país tem quase 3 milhões de habitantes, dos quais só cerca de 10% são nativosNa Arábia Saudita, foram assinados 13 atos, entre os quais acordos de cooperação nas áreas de defesa, pesquisa científica e comércio

China - O  governo assinou protocolos sanitários para exportar farelo de algodão e carne termoprocessada (isto é, que tenha passado por algum processo térmico). O governo brasileiro assinou com a China protocolos sanitários para a exportação de carne termoprocessada (por exemplo, carne que é congelada ou enlatada depois de cozida) e farelo de algodão, que costuma servir como ração para ruminantes.Com isso, os dois produtos já podem ser exportados à China por produtores brasileiros. Protocolos sanitários servem para diminuir o risco de transmissão de pestes ou pragas endêmicas de um país a outro.Em 2018, a China importou US$ 25 milhões em carne bovina. Com a aprovação do protocolo para as carnes termoprocessadas do Brasil, o governo brasileiro espera um aumento na exportação do produto, que gerou US$ 557 milhões para o país no ano passado.Em relação ao farelo de algodão, o Brasil ainda tem um mercado importador muito incipiente do produto, e a China, que no ano passado importou US$ 4 milhões de farelo de algodão, pode ajudar a impulsionar esse mercado.Na China, além dos protocolos sanitários, Bolsonaro e o líder Xi Jinping assinaram outros nove atos, em áreas como pesquisa científica e energia.O líder chinês Xi Jinping virá ao Brasil para a Cúpula dos Brics, em novembro.

Emirados Árabes - Bolsonaro assinou oito acordos em áreas como defesa, tecnologia e cooperação aduaneira. Durante a visita a Abu Dhabi, Bolsonaro falou sobre a necessidade de equipar melhor as Forças Armadas como uma das justificativas para o interesse do Brasil em acordos no setor de defesa.

Catar- O governo brasileiro assinou cinco atos além do acordo de isenção mútua de vistos. As áreas de saúde, defesa e organização de eventos foram contempladas. O governo do Catar quer a cooperação do Brasil na organização da Copa do Mundo de 2022, com base na experiência brasileira como sede de 2014.  

Sífilis


Considerada uma epidemia hoje, no Brasil, a sífilis é uma das infecções sexualmente (IST) mais comuns e é um problema que vem crescendo no mundo e no Brasil. O Rio Grande do Sul está em segundo lugar no ranking nacional e a tendência é de crescimento. Em 2017, a taxa no Estado era de 113,8 por 100 mil habitantes, muito acima da nacional, que está em 58 por 100 mil habitantes. A situação é tão preocupante que virou tema central da XVIII Semana Estadual de Saúde Bucal e foi debatida no Seminário “Manifestações bucais das infecções sexualmente transmissíveis – sífilis e Aids”, que ocorreu nesta quinta-feira (24), no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), em Porto Alegre.
Conforme Fernanda Carvalho, da Coordenação Estadual de IST/Aids, da Secretaria da Saúde (SES/RS), se trata de uma doença negligenciada e o “esquecimento” em torno da prevenção e tratamento “está cobrando seu preço em termos de estratégia de saúde pública”. No Rio Grande do Sul, os problemas estão mais concentrados nas regiões metropolitana, missioneira, norte, sul e serra, nesta ordem. Os casos de sífilis congênita (transmitida ao feto pela placenta) também são considerados altos no Estado, que já é o terceiro no ranking nacional, com quase dois mil casos este ano.
“Sífilis é uma doença antiga e estigmatizada. A sociedade não quer falar sobre isto, mas é preciso”, observa Fernanda, acrescentando que há cura com tratamento, que é barato e relativamente fácil. O cirurgião dentista e especialista em estomatologia, Matheus Claudy, concorda que é preciso romper com a cultura de não falar sobre a questão. “Podemos fazer o teste rapidamente em uma UBS (Unidade Básica de Saúde), mas os pacientes relutam e é preciso mudar isto”. Segundo ele, o diagnóstico precoce resulta em tratamento mais rápido e eficaz. “É uma doença fácil de tratar, por isto temos de acabar com o estigma”.
À plateia, formada por cirurgiões-dentistas, auxiliares e técnicos em saúde bucal de municípios gaúchos, ele fez um apelo: “nós, que atendemos na rede pública, peçamos o teste, é mais fácil começar por aí”. Fernanda Carvalho apoiou a manifestação e disse que acontece muito de profissionais investigarem lesões, mas ninguém pedir testes de sífilis e HIV.
Além deste seminário, promovido pela Coordenação Estadual de Saúde Bucal da SES/RS, a XVIII Semana Estadual de Saúde Bucal é marcada também por um Encontro Regional de Saúde Bucal, que ocorre nesta sexta-feira, 25, na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), voltado para cirurgiões- dentistas da rede pública e acadêmicos da Faculdade de Odontologia.