Eu li, não
lembro bem onde, esta expressão um pouco grosseira, mas que define com
perfeição a atual situação em que vivemos e, diante disso, tomo a liberdade de
amplificar junto aos meus amigos.
Porque, o
governo federal não tem feito outra coisa senão “envernizar cocô” através de
uma propaganda tão mentirosa e enganosa que deixaria o mestre Goebbels
envergonhado. Logo ele, considerado desde os anos 40 como o gênio da propaganda
política criativa.
Tudo bem que o
Brasil recebeu alguns bons discípulos do alemão, tais como Duda Mendonça e João
Santana. Estes, demonstrando muita habilidade e competência, conseguiram vender
como “saudáveis” produtos que sempre cheiraram mal, exalando o tradicional odor
de carne putrefata.
Mas o
inacreditável é como tanta gente séria embarcou nesta canoa furada.
Um belo
exemplo clássico desta prática de “envernizar cocô” está ocorrendo com a
Olimpíada no Rio de Janeiro. Uma cidade que enfrenta talvez a maior crise da
saúde pública de seus 450 anos de existência, com dificuldades para fornecer
até um mísero esparadrapo à sua população carente, está gastando – parte
recebida via governo federal – uma das mais significativas verbas para
“parecer” bonita e funcional aos visitantes.
Enquanto o
cocô, no caso a outrora cidade maravilhosa, vai estar lustroso e sem cheiro
ruim aos olhos do mundo, os milhões de moradores viverão um mundo de fantasia.
Mas com o velho e conhecido fedor na porta de suas casas.
Entenda-se
como “cocô” a segurança, a saúde e a educação. Isso só para falar na infraestruturabásica,
apenas.
Assim como na
festa do réveillon e no carnaval, a prefeitura e o governo do Estado do Rio,
com o apoio sempre incondicional de Brasília, injetarão fortunas para disfarçar
o mau cheiro do cocô.
Agora, resolver os reais problemas da população, pra que?
Pois ao redor dos palanques eleitorais nunca faltará remédio, comida, e
segurança. Nem que seja à custa de muitas pedaladas...
Abraçando a
lição do tempo do Império Romano, o suficiente para embriagar a consciência do
povo é dar-lhes “pão e circo”.O povo que, depois, seguirá sendo tratado como
gado pelos governantes. Os mesmos que nunca se cansam de anunciar promessas
vazias e enganosas.
Outro triste
exemplo recente foi protagonizado pela presidente Dilma: Depois de carregar uma
delegação absurdamente numerosa para Paris (com tudo pago pelos impostos dos
trouxas, é claro!), ela voa num jato privado para Porto Alegre, onde, rodeada
de um aparato que causaria inveja ao Kremlin, foi visitar a filha que acabara
de parir.
Logo ela que, ao conseguir concluir UMA só frase sem
gaguejar ou cometer gafes históricas, tenta impor (com aquele olhar meigo) um
lado de gestora séria e competente...
Instalada (a
filha) no melhor e mais elitizado hospital PRIVADO da cidade, o séquito da
presidente entendeu de – por segurança da mesma – fechar uma ala inteira
daquele nosocômio. Só para que a contente vovó pudesse conhecer seu mais novo
netinho sem ser importunada. QUEBELEZA, exclamaria o conhecido narrador de
futebol...
Enquanto isso,
o recém-eleito presidente da Argentina – um milionário neoliberal “coxinha”
pertencente à “elite branca” – embarca num avião de carreira para atravessar o
oceano e comparecer ao evento anual de Davos (na Suíça, para quem não sabe).
Acompanhado de uma comitiva enxuta e discreta.
Logo ele, tão
acostumado a voos privados. Patrocinados com seu próprio dinheiro, é bom que se
diga...
O Brasil
também deverá lá estar representado. Com certeza, numa caravana de centenas de
viajantes que ficarão hospedados em maravilhosos hotéis estrelados, como convém
ao estilo megalomaníaco do nosso governo democrático/bolivariano. E tudo por
conta do governo federal.
Plagiando a
velha piada: E NA BUNADA NÃO VAI DINHA? VAI SIM! SUPOSITÓRIO FERREIRINHA!
Enquanto isso,
aqui só se fala nas olimpíadas. Principalmente na emissora “platinada”.
Isto tudo depois de uma Copa do Mundo onde o dinheiro
farto da corrupção foi o grande campeão. Com aseternas mentirassendo
sustentadas pelas mídias dependentes e compradas.
Que povinho acomodado. E burro. Segue acreditando em
coelhinho da Páscoa...
É assim que se
enverniza um cocô!
Marcelo Aiquel
- advogado
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