Artigo, especial - Quem leva o prêmio ?

Este artigo é do Observatório Brasil Soberano

 O Brasil carrega a fama de ser um país rico em potencial, um gigante adorme cido que pode mudar sua sorte fazendo alguns ajustes. Quem sabe um presi dente gestor? Um regime parlamentarista não traria um surto de civilidade e diálogo? Ou quem sabe algumas privatizações não coloquem o país no primeiro mundo. Saindo do mundo dos slogans e fazendo uma breve visita ao mundo real, fica perceptível que o Brasil tem problemas estruturais e não ajustará sua rota com efemeridades, mas com correções drásticas: em terras tupiniquins, a economia gira em torno do rentismo e o prêmio sempre fica para bancos e especuladores. Para ilustrar essa realidade, nada melhor do que ver as perdas da Petrobras, de cerca de R$ 87 bilhões, diante da valorização do BTG, que beirou os R$ 150 bilhões. O Brasil premia as engrenagens de renda e maltrata, com custos e burocracia, a economia real. Rentismo, aqui, não é um jargão, e sim um modo de organizar incentivos: ganha-se mais extraindo pedágios sobre a economia — juros altos, tarifas, intermediações sucessivas, arbitragem regulatória, remunerações garantidas e direitos de cobrança — do que produzindo bens, energia barata, máquinas, infraestrutura e inovação. Quando essa lógica domina, o país não “enriquece”; ele redistribui para cima por meio de contratos e regras, enquanto o restante da sociedade trabalha para manter em pé um castelo de obrigações financeiras. Enquanto muitos sonham com alguma solução mágica, o rentismo vai se apossando das engrenagens econômicas do país: o dinheiro vai ficando caro, aumenta a frequência de refinanciamento e, quanto mais a vida cotidiana se transforma em prestação e uso de crédito, mais profundamente se espalham os tentáculos dos rentistas. O crédito já não é uma alavanca para investimento produtivo; transforma-se em instrumento de escravidão: a família compra co mida e remédio no rotativo, o pequeno empresário sobrevive no capital de giro predatório, o trabalhador vira refém dos juros do cheque especial. A economia real, que depende de previsibilidade e de custo razoável de financiamento, per de fôlego, reduz investimento, corta contratações e empurra a sociedade para a precarização. A energia cara, a infraestrutura insuficiente e a indústria rarefeita não aparecem como causa política; aparecem como “consequência inevitável” de um país que supostamente precisa obedecer ao altar da rentabilidade de curto prazo. E assim o debate público é sequestrado: a decisão sobre o futuro nacional é apresentada como tecnicidade, e a ortodoxia liberal é tratada como dogma religioso. Isso tudo sob os auspícios do empobrecimento programado da população. Mesmo com fraturas visíveis na economia real, a austeridade fiscal é vendida como virtude moral, juros altíssimos como “remédio amargo”, desindustrializa ção como “modernização” e exportação de primários como “vocação nacio nal”. Rentismo é, no fundo, uma máquina de transferir renda e produzir apatia social sob aparência de racionalidade. Ele empobrece a população e, ao empo brecer, desorganiza a vida política, enfraquece a coesão nacional e entrega o comando do destino coletivo a uma minoria que lucra com a escassez. É preciso compreender definitivamente que, ao recompensar a renda e maltra tar a produção, o país não está apenas escolhendo um modelo econômico; está escolhendo um modelo de cidadania — em que o escravo da dívida não tem acesso a bens e ao exercício de direitos diante do Estado. Está-se escolhendo o senhorio dos parasitas

Artigo, especial, Dagoberto Godoy - Eleição 2026 – o “déjà vu” do voto não-auditável

O autor é advogado e engenheiro, ex-presidente da Fiergs e ex-representante do Brasil na OIT.

Desde 2022, cresceu entre os brasileiros  a exigência: “só confio se eu mesmo puder conferir meu voto”. Esse é o coração do voto auditável pelo próprio eleitor e não se confunde com as auditorias técnicas e institucionais que o TSE apresenta como suficientes. Entretanto, o tempo passa e a regra não muda; a dúvida persiste, mas já nem se fala muito nela. Estamos esperando para ter outra eleição contestada por parte da população brasileira?

Ainda em 2015, o Congresso tentou mudar a regra de voto impresso, mas o STF primeiro suspendeu sua aplicação, em 2018,  e depois, em setembro de 2020, declarou inconstitucional a impressão obrigatória, apontando risco ao sigilo e à liberdade do voto. Em 2021, a Câmara rejeitou e arquivou a PEC 135/2019, que visava instituir  o voto impresso, mas, em 20/08/2025,  a CCJ do Senado voltou a aprovar a exigência,  no novo Código Eleitoral (PLP 112/2021). Desde então, o texto está dependendo  do plenário e de nova análise na Câmara. Ocorre  que para valer já em 2026 teria de respeitar a anualidade eleitoral, que impede mudanças a menos de um ano do pleito. 

O comportamento polêmico do TSE  durante o episódio eleitoral, acusado por muitos de intervenções indevidas,  parece ter sido também esquecido , assim como o fato do relatório do Ministério da Defesa que, se  não apontou fraude, pediu apurações adicionais e levantou preocupações sobre etapas técnicas do processo. Da mesma  forma, permanece a lembrança de  que técnicos militares inspecionaram o código-fonte no TSE  sob regras e limites, o  que alimentou a controvérsia sobre transparência plena.

A continuarem os panos quentes sobre o problema, o risco para 2026 é repetir o enredo: um sistema considerado suficiente por quem o administra, mas “insuficientemente verificável” para quem exige conferência pelo próprio eleitor,  na forma observada em democracias respeitáveis. 

Em temas eleitorais, confiança não se impõe: se constrói, com regras compreendidas, fiscalização plural e previsibilidade. Sem debate honesto (sigilo x verificabilidade) e transparência convincente, a contestação tende a voltar. 

E a eleição virar, de novo, uma briga de legitimidade.




Artigo, Silvio Lopes - O caminho

Sílvio Lopes, jornalista, economista e palestrante

         Não sei qual é o caminho da felicidade humana. Alguém aí, sabe? No entanto (e com certeza), creio, piamente, que a felicidade é um estado atingido pelo nosso espírito. Portanto, só a recebemos( e a merecemos!), quando a ela nos conectamos... espiritualmente. Aí é que reside, pois, a grande problemática que acompanha os seres humanos, do Paraíso para cá.


          Desde então, com a desobediência ali escancarada, decidimos pelo afrontamento às leis espirituais. Foi, e tem sido, ao longo de nossa caminhada terrena, uma tragédia anunciada. Hoje, sofremos desgraças pessoais e coletivas pela pobreza espiritual a que nos lançamos. 


          Queremos ser o alfa e o ômega, e sequer admitimos que sem o laço espiritual com o Criador, nada somos. "Sem mim, nada podeis fazer", já propagava o mestre Jesus. E a cada dia, mais e mais, vemos a sociedade afastar-se de Deus. Pior: cultuar falsos deuses... É ou não a verdade? 


         Ao longo de três décadas como palestrante, e tendo percorrido a maioria dos estados e palcos consagrados Brasil afora, em mais de 550 palestras, acabei por incluir a Espiritualidade como instrumento indispensável para agradar( e ajudar) o meu público. Exato por descobrir essa baita e interessante lacuna a ser preenchida.


         A Economia Comportamental, enfim, acabara por incorporar um poderoso aliado para satisfazer uma necessidade pulsante nas mentes e corações de ávidas almas em profunda necessidade de sentido e  significado para suas vidas.


         Em dias como os que vivemos atualmente, a carência de sentido para a vida açambarca milhões de pessoas. Viver uma vida que, verdadeiramente, valha a pena de ser vivida,  é muito mais que fazer caridade, como sugerem seitas e religiões; é bem mais do que ajudar ao próximo. É ter, isso sim, uma comunhão ampla e de fidelidade com Deus. A partir daí, tudo te irá bem. 

Essa é a Lei Maior.

   

         Então, aproveite este momento do calendário e prometa a si mesmo que vais " nascer de novo" no ano que começa, em horas.

Afinal de contas, tudo se faz novo, a cada novo dia.




Contato: 51. 998 74 6134

Moraes foi até a jantar na mansão de R$ 36 milhões do dono do Banco Master, revela O Globo

O jornal O Globo de hoje revela que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), participou de ao menos um jantar na casa de Daniel Vorcaro, então dono do Banco Master, enquanto estava em vigor um contrato milionário entre a instituição financeira e o escritório de advocacia de sua esposa, Viviane Barci de Moraes. O encontro ocorreu no último trimestre do ano passado, em uma mansão no Lago Sul, em Brasília, avaliada em R$ 36 milhões, e reuniu políticos do Centrão, deputados e ex-integrantes do governo Jair Bolsonaro, segundo coluna de Lauro Jardim. Moraes foi o único ministro do STF presente entre cerca de vinte convidados. 

À época, o Banco Master mantinha um contrato de R$ 3,6 milhões mensais com o escritório Barci de Moraes Sociedade de Advogados, do qual participam Viviane Barci de Moraes e dois filhos do casal. 

A colunista de O Globo, Malu Gaspar, diz que Moraes também manteve contatos diretos com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para tratar da tentativa de venda do Banco Master ao Banco Regional de Brasília (BRB). Houve telefonemas e ao menos um encontro presencial para discutir a situação da instituição.“De acordo com o que o próprio ministro contou a um interlocutor, ele disse que gostava de Vorcaro e, repetindo um argumento que o banqueiro usava muito, afirmou que o Master era combatido por estar tomando espaço dos grandes bancos”, diz O Globo. “Galípolo, então, respondeu a Moraes que os técnicos do BC tinham descoberto as fraudes no repasse de R$ 12,2 bilhões em créditos do Master para o BRB. Diante da informação, segundo os relatos, o ministro teria reconhecido que, se a fraude ficasse comprovada, o negócio não teria mesmo como ser aprovado”.



Mercado financeiro tira inusitada nota para criticar Dias Toffoli, defender o BC e criticar retorno do Banco Master

Os bancos brasileiros tiraram inédita nota de defesa do Banco Central e de críticas ferozes à intervenção alarmante e suspeita do ministro Dias Toffoli no caso do Banco Master, com ênfase para a decisão do ministro para o ato inusitado de acareação marcado por ele no dia 30, reunindo o dono do Banco Master, Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB e Ailton Aquino dos Sntos, diretor de Fiscalização do BC. Na sexta-feira, o Banco Central chamou a acareação de "armadilha processual" de Toffoli e pediu a suspensão do ato, negado ontem pelo ministro. Diz a nota:


- A preservação de sua autoridade técnica para que seja evitado um “cenário gravoso de instabilidade (...)  O BC vem exercendo importante papel de supervisão bancária independente no país, de forma técnica, prudente e vigilante.


Ao se referir à intervenção de Dias Toffoli, que de acordo com denúncias da Rede Globo visam desautorizar o BC e decidir pela retomada do Master, ajudando além disto seu colega Moraes, cuja mulher tem contrato de R$ 129 milhõdes para defender o banco liquidado, diz a nota:


- A simples especulação em torno de uma suposta revisão ou eventual reversão de decisões técnicas do BC fomentaria um terreno sensível de instabilidade regulatória e operacional, gerando insegurança jurídica e comprometendo a previsibilidade das decisões e a confiança no funcionamento do mercado, além de impactos adversos em depositantes e investidores, especialmente em pessoas físicas, que possuem menor capacidade de absorver riscos de incertezas advindas de mudanças bruscas.


 O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli negou neste sábado (27.dez.2025) o recurso apresentado na véspera pelo BC (Banco Central), que é contrário à acareação do inquérito do Banco Master marcada para 3ª feira (30.dez.2025). Leia a íntegra (PDF – 79 kB)....

Matéria
https://www.poder360.com.br/poder-justica/toffoli-nega-recurso-de-bc-e-mantem-acareacao-em-inquerito-do-master/

Despacho


https://static.poder360.com.br/2025/12/despacho-toffoli-negando-recurso-BC-acaeracao-banco-master-27.dez_.2025.pdf

 Durante meses, o país tratou o escândalo do INSS e o colapso do Banco Master como episódios separados. De um lado, um drama social de aposentados saqueados. De outro, uma fraude contábil envolvendo um banco médio. Não são. Ambos são produtos de uma mesma engrenagem: uma indústria clandestina de créditos falsos que opera fora do campo regulado, explora brechas institucionais e converte ficção em dinheiro real. O Master foi cliente dessa fábrica. Não foi o único. E o dado mais inquietante é justamente esse: ninguém sabe quem são os outros. Play Video Este texto é resultado de semanas de apuraç...

https://www.poder360.com.br/poder-economia/bc-desconhece-fabrica-de-creditos-falsos-no-sistema-financeiro/