A Unesco, o braço das Nações Unidas para Educação,
Ciência e Cultura, cometeu o crime, reiterado nesta terça-feira (18), de
reescrever a história e apagar os traços do judaísmo exatamente em seu mais
sagrado ponto, o Monte do Templo/Muro das Lamentações.
Menos mal que a diplomacia brasileira, que respaldara o
atentado na primeira votação —na terça-feira (13)—, corrigiu o tiro em seguida
e passou a criticar a proposição, obviamente apresentada por países
árabes/muçulmanos.
O Itamaraty alega que tentou, durante a discussão do
tema, "suavizar os termos da proposta", mas, não o conseguindo,
acabou votando a favor dela. É uma argumentação meio trôpega, mas, enfim, é
melhor mudar de posição do que persistir no erro.
A resolução sobre a "Palestina Ocupada" (o que
é um fato) critica as ações de Israel na Cidade Velha de Jerusalém,
referindo-se ao Monte do Templo exclusivamente com a designação de
"mesquita Al-Aqsa/Al-Haram Al-Sharif e suas imediações".
É como os árabes se referem ao que, em português, é
"Nobre Santuário".
Ignora, como se queixa corretamente a mídia israelense, a
existência lá mesmo de locais judaicos sagrados.
Por extensão, ignora a presença cristã na área, como
lembra a blogueira Leah Soibel no "Times of Israel" desta terça (18):
ela cita o pastor Mario Bramnick, presidente da Coligação de Lideranças
Hispânicas de Israel, para quem "Jerusalém e o Monte do Templo estiveram
originalmente sob controle judeu com influência cristã mais tarde. Jesus
ensinou, rezou e praticou milagres em Jerusalém e no Monte do Templo durante os
tempos do Segundo Templo [destruído pelos romanos no ano 70]".
É exatamente essa a argumentação do Itamaraty para mudar
de posição: "O fato de que a decisão não faz referência expressa aos
históricos laços do povo judeu a Jerusalém, particularmente ao Muro das
Lamentações, o local mais sagrado do judaísmo, é um erro, o que torna o texto
parcial e desequilibrado."
De fato, uma coisa é lamentar, como o faz a resolução
aprovada na Unesco, "as contínuas operações na área da mesquita e no Al-Haram
Al-Sharif por extremistas de direita israelenses e por forças
uniformizadas", o que é real e merece críticas.
Da mesma forma, é legítimo criticar a ocupação por Israel
de territórios que a legalidade internacional conferiu aos palestinos, atitude
que até alguns judeus adotam.
Outra coisa, completamente diferente, é reescrever a
história e tentar negar a "histórica conexão do judaísmo com o Monte do
Templo, onde os dois templos existiram por mil anos e nos quais todos os judeus
rezaram", como diz o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.
Aliás, a posição brasileira nessa matéria foi,
tradicionalmente, a de defender a existência de dois Estados —um para os
judeus, outro para os palestinos, nos termos definidos pelas Nações Unidas.
Não serão resoluções desequilibradas como essa da Unesco
que mudarão a realidade da ocupação e suas tristes consequências.
Comento: Clóvis Rossi tem posições anti-israelennses
conhecidas, mas não é antissemita. O Brasil apenas justificou sua posição, não
a alterou. Consultei o site do Itamaraty e a não há nenhuma nota a respeito do
assunto. Clóvis Rossi não cita a fonte da informação ela cita o pastor Mario Bramnick, presidente da Coligação de Lideranças
Hispânicas de Israel, para quem "Jerusalém e o Monte do Templo estiveram
originalmente sob controle judeu com influência cristã mais tarde. Jesus
ensinou, rezou e praticou milagres em Jerusalém e no Monte do Templo durante os
tempos do Segundo Templo [destruído pelos romanos no ano 70]".
É exatamente essa a argumentação do Itamaraty para mudar
de posição: "O fato de que a decisão não faz referência expressa aos
históricos laços do povo judeu a Jerusalém, particularmente ao Muro das
Lamentações, o local mais sagrado do judaísmo, é um erro, o que torna o texto
parcial e desequilibrado."
De fato, uma coisa é lamentar, como o faz a resolução
aprovada na Unesco, "as contínuas operações na área da mesquita e no Al-Haram
Al-Sharif por extremistas de direita israelenses e por forças
uniformizadas", o que é real e merece críticas.
Da mesma forma, é legítimo criticar a ocupação por Israel
de territórios que a legalidade internacional conferiu aos palestinos, atitude
que até alguns judeus adotam.
Outra coisa, completamente diferente, é reescrever a
história e tentar negar a "histórica conexão do judaísmo com o Monte do
Templo, onde os dois templos existiram por mil anos e nos quais todos os judeus
rezaram", como diz o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.
Aliás, a posição brasileira nessa matéria foi,
tradicionalmente, a de defender a existência de dois Estados —um para os
judeus, outro para os palestinos, nos termos definidos pelas Nações Unidas.
Não serão resoluções desequilibradas como essa da Unesco
que mudarão a realidade da ocupação e suas tristes consequências.
Comento: Clóvis Rossi tem posições anti-israelennses
conhecidas, mas não é antissemita. O Brasil apenas justificou sua posição, não
a alterou. Consultei o site do Itamaraty e a não há nenhuma nota a respeito do
assunto. Clóvis Rossi não cita a fonte da informação
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