Aquillino Dalla Santa Neto: o Brasil em chamas
Professor de Filosofia
Nenhuma situação provocou tanta tensão em toda a história
do Brasil quanto os últimos atos criminosos que ameaçam e barbarizam
diariamente as capitais do país.
O que realmente nos preocupa está identificado no fato de
estarmos vivendo uma situação que, a cada dia, demonstra ser irreversível,
fazendo com que toda a sociedade comece a pensar como será daqui para a frente.
Hoje, o simples pensamento de não sabermos mais se retornaremos vivos para casa
ou se iremos para o necrotério em sacos plásticos faz com que a intranquilidade
e o desespero atinjam e liguem todos (independentemente de classe social ou
nível cultural), numa luta constante para se manter longe das estatísticas de
vítimas de latrocínios e assassinatos.
Identificar os motivos em uma breve análise do porquê de
estarmos vivendo um estado de sítio num país democrático e em pleno século 21
poderia ser inútil aos olhos de quem sofre as consequências na pele e não tem
tempo para refletir a respeito.
No entanto, ignorar as causas, devido à omissão das
autoridades competentes nos últimos 30 anos, as quais deveriam ter oferecido e
garantido uma realidade com mais dignidade e segurança, condizente com o orçamento
de uma nação do porte demográfico, geográfico e econômico do Brasil, poderia
ser tão irresponsável quanto foram os últimos governos, que deliberadamente
fecharam os olhos para a segurança pública, ignorando e subestimando o que
poderia acontecer se não fosse investido o mínimo de recursos para que tal
situação chegasse a este ponto.
Se nos voltarmos para o que está acontecendo em Vitória,
com o Exército nas ruas com a missão de impedir saques e assassinatos à luz do
dia, podemos até imaginar que somos meros figurantes de algum dos filmes de
ficção do diretor John Carpenter, que retratam de forma surreal uma fase da
existência humana em que o ser humano tinha que matar para sobreviver em um
mundo sem valores, sem regras e sem ética, onde reinava apenas a corrupção e a
selvageria.
Infelizmente, Porto Alegre e o Rio de Janeiro estão
próximos da realidade de Vitória, mas os governos estaduais insistem em
dispensar a presença dos militares para manter e garantir a ordem e a
segurança, com a desculpa de que não há necessidade para tanto. Ora, é óbvio
que, enquanto não houver tropas nas ruas, já que não há policiamento, o
estímulo para assaltos será cada vez maior, tornando os criminosos ainda mais
audaciosos e violento
NÃO HA NECESSIDADE DE SER UM ESPECIALISTA PARA ENTENDER E O QUE PRECISA SER FEITO MAS, "OS PORCOS, OS CÃES, AS OVELHILHAS COM SEUS PROLONGADOS MÉ!......... PERMITIRÃO QUE SANSÃO SE APERCEBA PARA ONDE VAMOS? EM "A REVOLUÇAO DOS BICHOS" SANSÃO, O POVO, MORRERÁ, COM CERTEZA.... NO "1984" ELES REESCREVERAM A HISTÓRIA. ESTAMOS NA FAZENDA E IREMOS TODOS NO CARROÇÃO DO FRIGORÍFICO, INCLUSIVE AS OVELHINHAS DO "MÉ" PROLONGADO....MELHOR SERIA ESTAR NA CAVERNA, AQUELA DO TAL MITO......
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