Superávit da balança comercial tem se sustentado em
elevado patamar neste mês
Mantendo a tendência de elevados superávits registrados
ao longo deste ano, o saldo da balança comercial brasileira foi positivo em US$
1,4 bilhão na terceira semana deste mês, de acordo com os dados divulgados
ontem pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Esse
resultado é equivalente a um superávit de US$ 66,0 bilhões em termos
anualizados, levando em conta os ajustes sazonais, respondendo à melhora das
nossas vendas externas e aos resultados ainda moderados das importações. Em
especial, entre os dias 12 e 16 de junho, as exportações somaram US$ 3,9
bilhões, superando as importações, que alcançaram US$ 2,5 bilhões. Ao comparar
tais resultados com as médias diárias do mesmo período do ano passado,
verificou-se aumento de 22,8% dos embarques e de 4,8% das compras externas. A
expansão das exportações foi explicada pelo aumento das vendas das três
categorias de produtos: semimanufaturados (28,3%), básicos (24,6%) e
manufaturados (18,3%). Em relação às importações, houve crescimento dos gastos,
principalmente com bebidas e álcool e com combustíveis e lubrificantes, de
170,6% e 75,1%, nessa ordem. Comparando com maio deste ano, excluindo a conta
de petróleo, tanto os embarques quanto as compras externas cresceram 1,0%.
Assim, o saldo da balança comercial acumulou superávit de US$ 3,6 bilhões em
junho e, para o fechado deste mês, projetamos saldo positivo de US$ 6,5
bilhões. No ano, a balança comercial está superavitária em US$ 32,6 bilhões,
compatível com a expectativa do mercado de que o saldo positivo chegará a US$ 62
bilhões ao final deste ano.
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