- IBGE: queda da taxa de desemprego em maio foi explicada
pelo crescimento do emprego por conta própria
Os dados da Pnad Contínua referentes a maio apontaram
para continuidade do processo de ajuste do mercado de trabalho. Apesar de a
taxa de desemprego ter caído em maio, esse resultado refletiu principalmente o
crescimento do emprego por conta própria. A ocupação formal caiu novamente no
mês, em linha com o indicado pelos dados do Caged. A taxa de desemprego chegou
a 13,3% nos três meses encerrados em maio, segundo resultados da PNAD Contínua
divulgados na última sexta-feira pelo IBGE. Descontada a sazonalidade, a taxa
recuou 0,1 p.p. ante a leitura anterior. Para tanto, a população ocupada
reduziu seu ritmo de queda, ao cair 1,3% na comparação interanual, ante
retração de 1,5% verificada em abril. Em relação ao mês anterior, a ocupação
cresceu 0,2%. A População Economicamente Ativa (PEA) cresceu 0,1%, depois de
ter ficado estável na leitura anterior. A intensificação da queda do emprego
formal foi compensada pelo crescimento do emprego por conta própria, que
responde por aproximadamente 25% do total de ocupados. De fato, nos últimos
três meses, a ocupação por conta própria subiu 5,3% em termos anualizados, ante
alta de 3,4% nos últimos seis meses. A ocupação formal, por outro lado, caiu
3,4% na comparação interanual ante queda de 3,6% na leitura anterior. Somado a
isso, o rendimento médio nominal desacelerou entre abril e maio, ao passar de
uma alta interanual de 7,4% para outra de 6,4%. Apesar do resultado positivo de
maio, acreditamos que o ajuste do mercado de trabalho continuará no restante deste
ano, com o aumento da taxa de desemprego. Esperamos, porém, moderação desse
ajuste ao longo dos próximos meses, com a estabilização gradual da ocupação.
-Esta análise é da equipe de economistas do Bradesco e foi entregue hoje ao editor.
-Esta análise é da equipe de economistas do Bradesco e foi entregue hoje ao editor.
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