Análise - Crescimento das vendas do varejo em junho indica estabilização do PIB à frente
As vendas do varejo cresceram na passagem de maio para
junho, reforçando nossa expectativa de retomada da atividade econômica nos
próximos trimestres. Nesse sentindo os indicadores antecedentes e coincidentes
já conhecidos sinalizam estabilidade do PIB à frente. Para o segundo trimestre,
no entanto, continuamos a esperar uma contração da atividade econômica em
reflexo principalmente ao desempenho do setor de serviços. As vendas reais do
comércio varejista restrito avançaram 1,2% entre maio e junho, descontados os
efeitos sazonais, de acordo com o divulgado ontem pelo IBGE. Na comparação
interanual, as vendas subiram 3,0%, mas acumulam queda de 3,0% nos últimos doze
meses. A receita nominal apresentou desempenho positivo, com ganho de 0,8% ante
maio, na série com ajustes sazonais. Setorialmente, seis dos oito segmentos
pesquisados registraram expansão na margem em junho. O resultado positivo do
mês foi impulsionado pelas altas de 5,4% das vendas de tecidos, vestuário e
calçados, que reverteram parcialmente a queda de 8,5% em maio. Também merecem
destaque as expansões verificadas no comércio de moveis e eletrodomésticos e de
livros, jornais, revistas e papelaria, de 2,2% e 4,5%, respectivamente. Por
outro lado, as vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios,
bebidas e fumo recuaram 0,4%. O volume de vendas do comércio varejista
ampliado, que também considera os segmentos de veículos e materiais de
construção, cresceu 2,5% na margem, na série dessazonalizada. Ainda assim, as
vendas de veículos e motos, partes e peças apresentaram crescimento de 3,8%, e
as de material de construção subiram 1,0% no período. Em relação ao mesmo mês
do ano passado, as vendas do comércio ampliado avançaram 4,4%. Por fim, com
base nos indicadores já conhecidos, esperamos ligeira queda das vendas do
varejo em julho.
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