A ata da reunião de maio do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reforçou a mensagem contida no comunicado divulgado após a reunião na semana passada, quando a Selic foi mantida em 6,5% ao ano. O Copom reforçou que, mesmo com cenário benigno para a inflação, considerando que as projeções em torno de 4,0% estão em níveis confortáveis, e com o arrefecimento apontado pelos dados recentes de atividade, a piora do balanço de riscos foi preponderante para deixar a taxa de juros estável. Essa mudança foi associada ao quadro internacional mais volátil e menos favorável para as economias emergentes, em grande medida por conta da normalização da política monetária em algumas economias avançadas. Com isso, enxergou que o risco de o cenário prospectivo da inflação não convergir para o centro da meta foi reduzido. Apesar disso, manteve a indicação de que as evoluções da inflação, da atividade e do balanço de riscos serão consideradas em suas futuras decisões. Também reforçou que analisará como se comportará o repasse da depreciação cambial para os preços. Em sua avaliação, em um ambiente de recuperação gradual e expectativas ancoradas, esse repasse tende a ser contido, mas existem incertezas. O plano de voo do BC é manter a taxa nesse patamar nos encontros subsequentes. Além disso, se a recuperação da atividade seguir frustrando e se entrarmos em um ambiente de maior estabilidade da taxa de câmbio, aumentam as chances de a taxa de juros permanecer nesse patamar por um período maior do que o atualmente previsto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário