Francisco Pires Teixeira - Sobre nomeações e contradições no governo Eduardo Leite


No mesmo dia em que o país acompanhava com atenção a posse do novo presidente da República, tomaram posse 27 novos governadores estaduais, assumindo os governos de Estados mergulhados em grave crise econômica – entre eles o Rio Grande do Sul. O novo governador do Estado tomou posse no Palácio Piratini e nomeou seu secretariado, escolhendo, segundo ele, nomes com “gabarito técnico” para as funções.
Pois bem, um dos maiores desafios da economia gaúcha é justamente a geração de trabalho e renda. E um dos setores que tem respondido pelos melhores números do setor é justamente o agronegócio, com operações como a exportação de gado vivo para mercados do exterior, especialmente a Turquia, cujo incremento de renda literalmente contribuiu para manter, e em algumas regiões, até mesmo ampliar, os empregos na pecuária de corte. 
Porém, a Secretaria do Trabalho, encarregada justamente das políticas de geração de emprego e renda, foi entregue para a ex-deputada Regina Becker Fortunati, que nas eleições de 2018 não alcançou votação suficiente para permanecer na Assembleia Legislativa. Trata-se, justamente, da parlamentar que teve como bandeira de atuação a proibição da venda de gado em pé para o exterior. Dados da Farsul apontam que a comercialização de gado vivo exportou 167.567 cabeças para países como a Turquia e a Síria. Sem estas exportações, e com os preços praticados pelos frigoríficos, a pecuária, atividade econômica que sustenta centenas de trabalhadores gaúchos no campo, teria entrado em absoluto colapso.
Entretanto, essa incongruência não pareceu trazer qualquer constrangimento ao governador. A nomeação da ex-parlamentar, além de agredir a vontade do povo gaúcho que não a reconduziu ao Parlamento, carrega a nódoa da relação de troca entre bancadas e cargos para aprovação de projetos, um conhecido vício da “velha política” que o jovem eleito afirmava combater.
O governador tem o direito de nomear seus secretários conforme os critérios que escolher. Mas é também direito da sociedade, ao sondar com clareza estes critérios, entender quais são as reais prioridades da gestão, para além do discurso oficial. Que se diga claramente que certas nomeações atendem a critérios exclusivamente políticos, e não ao interesse da geração de mais renda para todos os gaúchos.

Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel
Vice-presidente da Farsul



SOBRE NOMEAÇÕES E CONTRADIÇÕES

No mesmo dia em que o país acompanhava com atenção a posse do novo presidente da República, tomaram posse 27 novos governadores estaduais, assumindo os governos de Estados mergulhados em grave crise econômica – entre eles o Rio Grande do Sul. O novo governador do Estado tomou posse no Palácio Piratini e nomeou seu secretariado, escolhendo, segundo ele, nomes com “gabarito técnico” para as funções.
Pois bem, um dos maiores desafios da economia gaúcha é justamente a geração de trabalho e renda. E um dos setores que tem respondido pelos melhores números do setor é justamente o agronegócio, com operações como a exportação de gado vivo para mercados do exterior, especialmente a Turquia, cujo incremento de renda literalmente contribuiu para manter, e em algumas regiões, até mesmo ampliar, os empregos na pecuária de corte. 
Porém, a Secretaria do Trabalho, encarregada justamente das políticas de geração de emprego e renda, foi entregue para a ex-deputada Regina Becker Fortunati, que nas eleições de 2018 não alcançou votação suficiente para permanecer na Assembleia Legislativa. Trata-se, justamente, da parlamentar que teve como bandeira de atuação a proibição da venda de gado em pé para o exterior. Dados da Farsul apontam que a comercialização de gado vivo exportou 167.567 cabeças para países como a Turquia e a Síria. Sem estas exportações, e com os preços praticados pelos frigoríficos, a pecuária, atividade econômica que sustenta centenas de trabalhadores gaúchos no campo, teria entrado em absoluto colapso.
Entretanto, essa incongruência não pareceu trazer qualquer constrangimento ao governador. A nomeação da ex-parlamentar, além de agredir a vontade do povo gaúcho que não a reconduziu ao Parlamento, carrega a nódoa da relação de troca entre bancadas e cargos para aprovação de projetos, um conhecido vício da “velha política” que o jovem eleito afirmava combater.
O governador tem o direito de nomear seus secretários conforme os critérios que escolher. Mas é também direito da sociedade, ao sondar com clareza estes critérios, entender quais são as reais prioridades da gestão, para além do discurso oficial. Que se diga claramente que certas nomeações atendem a critérios exclusivamente políticos, e não ao interesse da geração de mais renda para todos os gaúchos.

Francisco Pires Teixeira
Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel

Vice-presidente da Farsul

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