Artigo, Astor Wartchow - Clima: perguntas sem respostas


Advogado
                O debate acerca da questão climática planetária reune palpiteiros e cientistas. Há teses para todos os gostos. Otimistas e pessimistas. Mesmo os especialistas têm sérias e razoáveis divergências.
                Também proliferam as teorias conspiratórias. Destacam-se  aquelas que relacionam a urgência e a dramaticidade a inconfessos objetivos comerciais e geopolíticos (jogos de poder entre nações).
                Admitamos a procedência e a veracidade dos indicadores negativos e suas causas, e, inclusive, as datas futuras e limitrofes entre o hoje suportável e o futuro "inferno".
                Porém, este quadro contraria a possibilidade de continuidade do modo de organização social (principalmente, desde a revolução industrial), seja tocante aos meios de vida, produção e consumo de bens industriais e alimentícios. 
                Alicerces do atual modelo de produção, os inimigos declarados dos climatologistas pessimistas são a queima de combustíveis fósseis, o descarte de lixo, a agropecuária e o uso do solo.
                Os agentes poluentes são o carvão e o petróleo, o lixo, os fertilizantes agrícolas,  o cocô do gado bovino e o desmatamento. Sub produto comum a todos itens, e principal vilão, o "senhor" gás carbonico,  "pai" do efeito estufa, cujo "filho" seria o aquecimento global.
                Concordando ou não, é a narrativa mundial corrente e predominante. Entretanto, há uma enorme desproporção demonstrativa entre o volume de denúncias climáticas e as necessárias opções de continuidade da vida dos povos.
                Por que não se fala  sobre a superpopulação mundial? Sobre controle de natalidade? Sobrevivencia e produção alimentícia futura? Oportunidades de trabalho e renda? E sobre a população mundial de bichos domésticos (a onda pet), que tambem exige produção industrial de alimentos e bens de consumo? 
                São pertinentes um sem número de perguntas simples e preocupantes para cada argumento pró adequação climática.  Mas, há algo que prejudica o debate qualitativamente.
                A narrativa denuncista e pró adequação climática é mais simpática e popular. Ainda que objeto de demagogia, às vezes. Bastou observar a jovem e midiática Greta nos acusando (os mais velhos) de ter "roubado seus sonhos e infância". 
                Questionar os indicadores do caos e indagar acerca de hipóteses viáveis de sobrevivencia e convivencia humana futura soa muito antipático, ainda que razoáveis e coerentes perguntas.
                Então, entre o "politicamente correto" e o atávico instinto de sobrevivência (na falta de explicações e opções), para que lado penderá a maioria dos humanos?

3 comentários:

  1. Muito bem citado o tal "Controle da Natalidade" ; na verdade, já fazemos, isto é, quem pensa , não procria que nem rato....

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  2. Penso que temos que reduzir a pelo menos a metade a população mundial. Se não houver acordo, esquece. Deixa o Aquecimento Global reduzir a população na marra.

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