Opinião do editor

 Desde ontem a tarde, segunda-feira, estão muito preocupados e ouriçados os 58 milhões de eleitores oficialmente reconhecidos como os que votaram em Bolsonaro, porque circulou livre a decisão do subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, que foi a de pedir que o STF mande quebrar o sigilo de todo mundo que segue o presidente do povo nas suas redes sociais.

O que quer dizer isto ? Ora, quebrar o sigilo significa saber os nomes de quem acompanha Bolsonaro nas redes sociais, saber seus endereços, o que fazem, como são. 

Ora, com que objetivo ? 

Simples: eventualmente investigá-los, denunciá-los, processá-los, metê-los na cadeia - ou apenas intimidá-los, como já acontece em função dos 1.200 presos políticos do 9 de janeiro.

É uma escalada de perseguição política, policial e judicial contra si mesmo, como diz Bolsonaro, hoje, no seu Twitter, mas uma ameaça perversamente inconstitucional contra o estado democrático de direito, com ênfase para a libgrdeade do povo brasileiro.

Até as pedras da rua sabem que o MPF tem jogado de mão com o ministro Alexandre de Moraes, com o STF, portanto, com a PF, com o Congresso, com o Poder Executivo e com a chamada mídia tradicional, sempre para alcançar a jugular de Bolsonaro e dos seus eleitores.

Isto tudo ajuda a jogar areia nos olhos da opinião pública, visando impedir que se amplie o rugir dos democratas contra a confissão do ministro do STF, Luiz Barroso, em reunião dos comunistas da UNE, quando disse empoderadamente: "Nós derrotamos os militares de 64 e agora derrotamos o bolsonarismo". Nós, quem, cara pálida ? O Eixo do Mal, claro. Hoje, 87 deputados federais pediram o impeachment de Barroso, que desta vez parece mais perto da forca.

De qualquer forma, de maneira singela, pueril, suspeita, hoje, a Procuradoria Geral da República (PGR) divulgou uma nota para esclarecer o pedido de informações sobre seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.  Diz a nota da PGR, certamente imaginando que ninguém sabe como acaba este tipo de histórica:

“O órgão esclarece que essas pessoas não estão sendo investigadas nem terão seus dados expostos”, explicou a PGR na nota. “O objetivo do pedido é obter informações que permitam avaliar o conteúdo e a dimensão alcançada pelas publicações do ex-presidente em relação aos fatos ocorridos em 8 de janeiro nas redes sociais.

Segundo Carlos Frederico Santos, subprocurador-geral da República e coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, “impõe-se dimensionar o impacto das publicações e o respectivo alcance”. “Jamais iria investigar milhões de pessoas, seria até impossível fazer isso”, disse Santos na nota divulgada pela PGR.

Ora, existem dezenas de empresas de monitoriamento e análise de cnteúdos de mídias sociais e isto tudo é público, mas sem que ocorra qualquer tipo de devassa sobre dados pessoais. O próprio editor, tanto no seu blog quanto no You Tube, disponibiliza em tempo real o tamanho de que os acompanha.

Nós não somos os idiotas que moram no outro lado da cidade. 

O melhor que Santos e a PGR podem fazer pela verdade e para tranquilidade da maioria dos brasileiros que votou em Bolsonaro, é recuar. Este verbo significa reconhecer aquilo que sugeriu o ministro Barroso ao manifestante que o hostilizou em Nova Iorque:

- Perdeu, Mané.

Sim, a PGR e o procurador Santos perderam. Sim, perdeu Mané.

Recuem para o bem e felicidade geral da Nação.

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