Muito já se disse sobre o assunto nos últimos dias.
Quem tem noção do ridículo ficou chocado
com o que assistiu cada vez que um deputado citava o nome de um familiar, de
sua cidade, ou demanda pueril na votação do impeachment. Desconhecidos tiveram
seus segundos para aparecer na televisão e a coisa degenerou. Vexame.
Mas parlamentares não surgem do nada. Nascem do voto.
Fomos nós, foi você que elegeu aqueles deputados. A maioria demonstrou que mal
consegue organizar uma frase ou pensamento coeso, inteligível e coerente.
O primeiro passo é encarar de frente a mentira de que
“todos os políticos são todos iguais”. Não são. Ou você aprende a votar direito
ou continua se comportando como a maioria daqueles deputados.
Você pode começar identificando os mentirosos. Aqueles
que abusam do absurdo argumento de que haveria um “golpe” em andamento no
Brasil. Mentira esfarrapada para tentar vitimizar-se e sobreviver ao tsunami de
roubalheiras praticadas pelo governo por ora – ainda – no poder.
Precisamos retomar nosso destino, juntar os cacos e
procurar sobreviver com o pouco que sobrou da economia nacional. Mas lembre-se:
não foi por falta de aviso que as pessoas que praticaram o que está aí,
elegeram-se. A responsabilidade por eles
estarem lá é intransferível. É nossa.
A vida continua. Devemos estar vigilantes para os atos
dos agentes públicos. Nossa máquina gasta desenfreadamente. Pior, gasta
mal. Ninguém aguenta mais tantos
impostos no Brasil. São 93 impostos, taxas e contribuições que alimentam a
corrupção instalada no poder púbico, que mantém mordomias, é lerdo, tem baixa
qualidade. A fiscalização é falha – apesar de seu custo elevadíssimo. Estão aí
os Tribunais de Contas para atestar essa assertiva. A fiscalização só parece
ser eficiente na área tributária. Ah, aí funciona rapidinho! De forma moderna e
eficiente.
Por que nas demais áreas não pode funcionar assim também?
Temos uma exceção em andamento. Claro, refiro-me a Lava
Jato.
Foi preciso um corajoso juiz federal de primeira
instância e alguns procuradores federais operosos, preparados e bem
intencionados para provar que a impunidade não é uma certeza neste país. Sempre
se soube que o que coíbe o crime, em todos os seus níveis, é a certeza da
punição. Pois bastou um juiz fazer nada mais que seu trabalho para virar ídolo
da população e despertar inveja de uma governante ao ser listado pela Time como
uma das cem personalidades mais influentes do mundo.
Que tal? O Brasil tem jeito ou não tem?
Portanto, o que nos cabe agora é continuar prestando todo
o apoio a Lava-Jato.
Nem pensar em qualquer sombra de ingerência para
perseguir o Juiz Moro e a força tarefa do MPF. A população deve ficar atenta.
Infelizmente temos que encarar o fato de que as manobras para aparelhar as
instâncias superiores do Judiciário foram um fato praticado pelo atual governo e seu antecessor
da forma mais descarada jamais acontecida neste país.
Caberá a nós, a população, impedir que com a queda do
atual governo, esfrie o interesse na apuração total dos fatos atualmente
investigados.
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