O setor do gás de cozinha prepara o Brasil para o maior
golpe de sua história, a venda da Companhia Distribuidora Liquigás anunciada na
mídia mostra o efeito colateral de Pasadena pela Petrobras, agora se vende uma
empresa enxuta, de alta lucratividade por preço insignificante.
Referencia: Liquigás pode ser vendida por até R$ 1,5
bilhão
Leia a nota da ASMIRG-BR
A Associação Brasileira dos Revendedores de GLP -
ASMIRG-BR, entidade nacional representativa da classe dos revendedores de GLP,
inscrita CNPJ No 08.930.250/0001-32, vem alertar nossas autoridades e amigos da
imprensa para ações de mercado que envolve a venda da Companhia Distribuidora
Liquigás, que na forma proposta compromete todo o setor do tradicional gás de
cozinha.
Premissas:
Primeira: De acordo com dados da Agencia Nacional do
Petróleo – ANP2, a Companhia Distribuidora Liquigás esta presente em 25 (vinte
e cinco) Estados Brasileiros. Sua participação no mercado nacional esta em
média 23% para envasados até 13 Kg e 19% na venda do industrial.
Segunda: A Liquigás de outubro de 2015 a março de 2016,
apresentou uma média de venda exclusivamente de recipientes (botijões) de até
13 Kg de 7.626.000 botijões. Considerando a média da margem de lucro bruto
apresentada pela ANP3 de R$ 15,00 (quinze Reais), a Liquigás mostra um lucro
bruto anual somente na venda dos recipientes de até 13 Kg de R$ 1.372.640.000,
aproximadamente 1,4 bilhão de Reais.
Terceira: Em fevereiro de 2013, ANP destaca o setor do
tradicional Gás de Cozinha em seu relatório, Evolução do mercado de
combustíveis e derivados: 2000-2012, onde afirma:
...A despeito da manutenção dos preços de produtor
constantes, pode-se ver no Gráfico 16 que os preços médios do P13 na
distribuição e na revenda tiveram reajustes no período, provavelmente em função
de aumento de custos. Entretanto, a concentração extremamente elevada desse
mercado, no qual apenas cinco empresas (1) detêm cerca de 90% do mercado
nacional de GLP, tornam-no bastante propício à coordenação tácita dos agentes
regulados...
(1) SHV, Ultragaz, Nacional Gás Butano, Copagaz e
Liquigás.
Fonte: Evolução do mercado de combustíveis e derivados:
2000-2012.
Pag 14 em 13/02/13 às 21:00 www.anp.gov.br/?dw=64307).
http://www.anp.gov.br/?dw=64307
Quarta: Petrobras compra Agip por US$ 450 milhões em
junho de 20044
Quinta: Sociedade Banco Itaú e Grupo Ultra
Cade aprova compra de 50% da ConectCar pela Rede, do Itaú
(...) A operação dá ao grupo do Itaú Unibanco governança
compartilhada da empresa com o Grupo Ultra, com cada parte detendo 50% da
joint-venture formada em 2012. O negócio de R$ 170 milhões foi anunciado em
outubro. (...)
Fonte: 09/11/2015
http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2015/11/cade-aprova-compra-de-50-da-conectcar-pela-rede-do-itau.html
O primeiro fato que chama a atenção sobre esta venda que
prioriza vender um dos ativos mais cobiçados da Petrobrás, é a falta de publicidade,
a escolha de um momento político como o que vivemos, como e porque somente
empresas ligadas ao oligopólio do setor estão envolvidas neste processo. O
porque e quem escolheu o banco Itaú para conduzir esta negociação, sendo o Itaú
sócio do Grupo Ultra, que representa a Companhia Distribuidora Ultragaz.
Quando fazemos referencia a Companhia Distribuidora
Liquigás não se pode usar do mesmo tratamento quando nos referimos as demais do
setor. Isto porque tratamos de uma empresa gerenciada pelo Governo Federal, uma
empresa do grupo Petrobrás S. A.. Sua aquisição na época teve como fundamento,
ser o instrumento capaz de aferir o mercado visando à garantia do abastecimento
do gás sempre de forma segura e dentro das condições de posse do povo
brasileiro.
Certamente o grau de importância desta Companhia está
acima dos seus valores patrimoniais, hoje, somente com a Liquigás, podemos
ajustar impostos, preço de venda do gás junto a Petrobras sem prejuízos aos
consumidores brasileiros.
Essa proposta de venda não menciona o destino de quase
3.500 funcionários, de nossas revendas que investiram e investem na marca, dos
empregos indiretos que ficam comprometidos, destaca sim o interesse de compra
da Ultragaz e demais companhias que compõem este oligopólio no Brasil por um
preço que estranhamente é igual ao seu preço de compra a treze anos, ignorando
os investimentos e crescimentos realizados durantes este período.
Como justificar uma venda de uma empresa por valores tão
baixos, em menos de ano ela por si se paga somente com a venda de botijões de
13 Kg. A Liquigás apresenta um faturamento bruto no ano algo próximo a R$ 1,4
bilhão somente com a venda de botijões de uso residencial. Como justificar um
desemprego em massa, pois certamente esta será a realidade de todos que atuam
na empresa se vendida a qualquer uma das Companhias Distribuidoras que detém o
mercado nacional.
De forma análoga, temos a venda da Repsol no Peru para a
chilena Abastible, uma empresa do setor GLP que vende um terço da venda da
Liquigás num mercado não regulado, de riscos quando comparamos como mercado
nacional, vendida por 335 milhões de dólares, quase o valor proposto para venda
de uma Cia como a Liquigás.
A Associação Brasileira dos Revendedores de GLP,
ASMIRG-BR vem alertar nossas autoridades para possibilidades de abusos, de
ruídos de informações que possam estar gerando o entendimento que vender a
Liquigás seja uma solução para empresa Petrobras S.A., sequer esta sendo
analisada a possibilidade de venda de suas ações. Tal medida permite a entrada
de capital nos caixas da Petrobras e o mais importante, a continuidade de
controle e papel cuja relevância para o setor GLP e consumidores brasileiros é
inquestionável.
Há necessidade do TCU, CADE, MME, Órgãos defesa do
consumidor, dos nossos representantes da Poder Legislativo, dos amigos da
imprensa, que nos leem em cópia, de levar a público esta ação que em primeira
análise se mostra com vícios, com propósitos distantes ao do interesse nacional
e que ao contrario, gerará mais perdas a própria Petrobras S. A..
ISTO TUDO JÁ VEM EM RUMORES QUE O JOSÉ SERRA QUERIUA VENDER O PRÉ-SAL A ESTRANGEIROS E ´POR CERTO ELE DEVE ESTAR METIDO NO MEIO
ResponderExcluir