Mesmo com a sinalização de uma possível mudança no ritmo
de cortes da Selic, os economistas do Bradesco sustentam a expectativa de que próxima redução será de
0,75%.
A ata da reunião de política monetária do Banco Central
(BC), divulgada ontem, aumentou a probabilidade de intensificação do ritmo de
flexibilização monetária, ao condicionar a velocidade dos cortes e a extensão
do ciclo às questões estruturais e à evolução cíclica da economia, das
expectativas de inflação e dos fatores de risco. Dessa forma, as próximas
decisões do BC serão pautadas, principalmente, pelo desempenho da atividade
econômica e das expectativas de inflação, em particular para 2018. Apesar dessa
possibilidade aberta pela autoridade monetária, o pessoal do banco acredita que o
ritmo de corte de 0,75% será mantido na próxima reunião, diante da
perspectiva de retomada gradual da atividade. Ou seja, na ausência de
surpresas, o cenário mais provável é de não alterar o ritmo de 0,75% para
1%. Assim, atenção deve ser dada à reavaliação sobre o desempenho da
atividade econômica, que tem apresentado sinais mistos, compatíveis com a
estabilização da economia no curto prazo. Segundo o BC, as informações são
compatíveis com uma recuperação gradual da atividade ao longo deste ano. Vale
lembrar que, na decisão anterior, o BC havia destacado que o desempenho da
atividade estava aquém do esperado anteriormente. Nesse sentido, a ata sugere
que há, nesse momento, menor senso de urgência de aceleração da redução da
Selic por conta do desempenho da economia. A inflação seguiu mais favorável,
com sinais mais espraiados de desinflação, inclusive nos componentes mais
sensíveis à política monetária e ao ciclo econômico.
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