Artigo, Luís Milman - Jerusalém

        Donald Trump não é um presidente convencional, Ele cumpre suas promessas, por mais que isto desagrade a turma que controla a grande mídia. Com respeito ao reconhecimento de Jerusalém como a capital eterna e indivisível de Israel, ele já veio tarde, com um atraso de 70 anos, mesmo que o Congresso americano, em 1995, já tivesse decidido pelo reconhecimento de que Jerusalém é a capital de Israel e pela transferência da embaixada dos EUA para a cidade santa.
                           Os protestos que começaram contra a decisão de Trump eram previsíveis, Israel está preparado para enfrentar qualquer distúrbio ou ameaças que venham dos palestinos . Isto porque é um país  que, como poucos, sabe enfrentar hostilidades dos palestinos devido à delirante posição que adotam com respeito a Jerusalém, que sempre, na história, foi judia, desde a sua fundação, Não há que se discutir direitos sobre Jerusalém com os judeus, porque todos os direitos são dos judeus,sejam históricos, espirituais, culturais e políticos.
                           Para aceitar a demanda palestina, seria necessário fazer um contorcionismo de natureza política e moral, porque em tempo algum Jerusalém foi para os árabes um centro de cultura ou uma capital política. O Alcorão não nomina Jerusalém sequer uma vez, mas mesmo assim se atribui a Maomé que ele tenha se elevado aos céus, em sonhos, onde mais tarde seria construída a Esplanada das Mesquitas. A pergunta que se impõe, então, é a seguinte. Você, arábe, tem direito a santificar Jerusalém por este fato religioso e demandar soberania sobre a cidade por causa disso? Mas como você explica que, em 3000 anos, nenhuma entidade  política árabe se instalou em Jerusalém? Os califados árabes medievais foram instalados em Damasco, Bagdad, Cairo e na Espnha, Nunca houve um reino árabe em Jerusalém, Em contraste, houve o Reino de David e de Salomão e dos demais reis de Judá.
                           Esta questão se decide pela história e pela guerra. Pela história, ele está decida em favor dos judeus há, pelo menos três mil anos. E pela guerra, foi decidida em 1967, quando a Cidade Santa foi reconquistada por Israel,  reunificanda em seguida e  declarada sua capital eterna e indivisível. Os palestinos e o mundo árabe continuam espalhando aos quatro cantos que Jerusalém Oriental pertence a eles. Mas qual a razão? Eles tiveram Jerusalém como capital de algum país árabe, moderno ou antigo, no passado?. Não. Há uma comunidade árabe significativa que vive em Jerusalém, Mas, e daí?. Que continue a viver, com a liberdade que possui e que jamais os judeus possuíram em qualquer país árabe,
                           Jerusalém é a capital eterna, de direito e de fato de Israel. Trump reconheceu uma realidade. Seu ato foi corajoso, porque não se dobrou a pressões de países que, como os europeus, em nada contribuem para resolver o conflito entre israelenses e palestinos. Fez o que um homem destemido tinha que fazer, em nome do Congresso que o respaldou. Agora, se houver protestos e violência por parte dos árabes ou dos árabes palestinos, que venham. Israel não é uma nação assustada e saberá cuidar de sua soberania com a energia necessária.

- O autor é jornalista e filósofo.           

Um comentário:

  1. Não conheço Luis Milman mas claramente se trata de um judeu. Não tenho nenhum intuito discriminatório contra quem quer que seja, mas entendo que uma postura mais racional merece essa questão deflagrada pela atitude de Trump.
    O povo judeu sempre praticou um corporativismo extremo e perigoso. Querer justificar esse comportamento por qualquer tipo de argumento, mostra total indisponibilidade para se buscar um convívio equilibrado com os povos de outras etnias. O corporativismo é, na sua assência, uma forma clara de discriminação. É, sem dúvida, um enorme obstáculo contra o convívio harmônico entre povos e comunidades. Aliás, um dia, um judeu, em tom profético, nos trouxe essa provocação para nos induzir uma reflexão sobre esse tema: "minha mãe, quem é minha mãe?, meus irmãos, quem são meus irmãos?". Quem tem olhos de ver e ouvidos de ouvir, percebe que ele está dizendo que nem o corporativismo consanguíneo é uma atitude propícia para um convívio social saudável. Quem conhece bem as propriedades da sinergia, sabe avaliar os efeitos do corporativismo.
    No meu entender, todo o sofrimento vivido pelo povo judeu é fruto da ação corporativista praticado pelo mesmo. Toda ação gera uma reação, às vezes, muito mais poderosa que a ação provocadora. Não buscar uma atitude fraterna com o povo palestino, por maiores que sejam os argumentos históricos, é, no mínimo uma temeridade que pode gerar enormes prejuízos para ambos os povos, e só de uma cabeça medíocre como a do Trump, pode propor uma irracionalidade do teor dessa recentemente anunciada.

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