Estas são as fraudes e as razões da liquidação do Master, segundo aviso do BC ao TCU
O Banco Central apresentou nesta segunda-feira para o Tribunal de Contas da União esclarecimentos sobre a liquidação do Banco Master. O ministro Jonathan de Jesus atendeu a um pedido do Ministério Público no TCU e da liderança da minoria na Câmara dos Deputados e acha que o BC se precipitou.
O documento do BC está mantido em sigilo, mas transpiraram alguns pontos das explicações sobre a liquidação decretada no dia 18 de fevereiro, com a prisão do controlador Daniel Vorcaro, por suspeita de fraude:
1) O Master não tinha dinheiro em caixa para honrar os compromissos. Comprou créditos - sem realizar qualquer pagamento - de uma empresa chamada Tirreno. E, em seguida, revendeu esses mesmos créditos ao Banco de Brasília, que pagou cerca de R$ 12 bilhões pelo negócio. O documento também apontou irregularidades em negociações com o Banco de Brasília, em carteiras de crédito, que segundo o Banco Central foram usadas para esconder a real situação financeira do Master, além de operações suspeitas e sem comprovação. E que, por isso, negou a operação de compra do Master pelo BRB.
2) A partir de 2019, o banco começou um forte crescimento de negócios atípicos.
3) Em 2024, verificou que o Master apresentou risco de liquidez, com dificuldade para honrar saques e falhas no recolhimento do depósito compulsório.
4) O BC comunicou ao MPF, este ano, as fraudes com carteiras de crédito, com desvio de R$ 11,5 bilhões
Nenhum comentário:
Postar um comentário