Artigo, Marcelo Aiquel - E a ladainha não tem fim

          A cada dia surge uma nova notícia, uma nova denúncia, um novo processo, envolvendo geralmente os mesmos denunciados, os mesmos réus.
         Para não ser injusto, reconheço que há uma troca nos nomes, mas raramente há mudança nas suas origens. Ou seja, a grande maioria é oriunda do grupo ligado ao PT, ao Lula, à Dilma, à esquerda brasileira e, como não poderia deixar de ser, à guerrilha dos anos 60.
         É verdade que também apareceram nas listas outras figuras que – em tese – nada tem a ver com a referida ideologia, o que só serve para alimentar a surrada e canalha justificativa, utilizada sempre por todos os culpados do mundo: “MAS, OUTROS TAMBÉM FIZERAM”...
         Como se, em algum lugar decente do planeta, um erro possa ter o condão de justificar outro!
         E, em meio a tudo isso ainda se tem que aturar a infindável ladainha patrocinada por meia dúzia de pelegos amestrados e reproduzida por um grupelho de “Maria vai com as outras”, que grita sem parar: É GOLPE!
         Eu poderia até plagiar a piada que diz ter sido realmente um golpe a saída forçada da Dilma e do PT do governo. Foi um golpe sim, mas um GOLPE DE SORTE para o Brasil...
         Juntamente com a ladainha, vieram agora dois novos jargões: (i) “O Temer não vale nada. Fora Temer!”; e (ii) “O juiz Moro é parcial e a Lava Jato só tem interesse em perseguir injustamente o Lula”.
         Sem nenhuma surpresa, o falastrão de nove dedos lidera a estratégia para desacreditar a Justiça Federal de Curitiba.
         Aliás, uma estratégia tão “anã e esdrúxula” quanto o caráter do ser vivo mais honesto do Brasil! 
         O curioso é que os mesmos que se amparam nestes jargões, até o ano passado clamavam por justiça e achavam o Temer um ótimo vice-presidente. Agora que a mão da justiça alcançou os “deles”, não querem mais? Ou será que votaram na guerrilheira bolivariana e não votaram no seu vice? Só os hipócritas declaram tal feito. O decadente Caetano Veloso, por exemplo, é um dos que se prestam a isso.
         Então, além de reclamar de golpe, o grupelho também quer a cabeça do Temer.
         Se eu fosse eles, estaria MUITO (mas realmente muito) mais irado com o Zé Dirceu, o Vaccari, o Delcídio, o Paulo Bernardo, e tantos outros que eram “cama e mesa” do PT até ontem.
         Afinal, não há ladainha suficiente para desmanchar o antigo ensinamento que nossos avós usavam para “filtrar” as más companhias: “dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és”.
         Simples assim!
         Enfim, se os crimes foram cometidos pelos companheiros de caminhada, de papo, os velhos amigos de sempre, como separar o joio do trigo?
         Ou será que alguém imagina que poderá me fazer acreditar que todas as dezenas de indícios JÁ FARTAMENTE DEMONSTRADOS (vários destes, inclusive, lastreados em provas robustíssimas, inatacáveis) são obra de uma perseguição orquestrada para desmanchar a figura do Lula e do seu partido de corruptos processados, e muitos já condenados?
         Se alguém pensa assim, é – com certeza – muito mais imbecil do que parece ser.
         Eu poderia escrever mais uma dezena de parágrafos, até criando um especialmente em “homenagem” ao patético deputado gaúcho Paulo Pimenta (atual porta voz oficial do “É GOLPE!”), mas prefiro encerrar com uma frase que define exatamente QUEM SÃO estas pessoas:

         NEM TODO IMBECIL É HIPÓCRITA. MAS TODO HIPÓCRITA É – COM CERTEZA – UM IMBECIL.

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