A mídia
nacional concedeu amplos espaços para lamentar o “pobre coitado” que teve a sua
testa tatuada com os dizeres: Eu sou ladrão e vacilão. Tudo porque o referido
“anjinho” roubou e agrediu a um deficiente físico que, honestamente, tentava
ganhar seu sustento vendendo guloseimas nas ruas.
A mesma
mídia (hipócrita e politicamente correta) ainda teve o desplante de divulgar
uma entrevista com a mãe do “pobre coitado”, dizendo: meu filho não é um
animal. O que por si só explica o fato.
Pois eu
afirmo – ao mesmo tempo em que a minha paciência com esta vitimização ridícula
e descabida, acabou! – que, independente da idade do marginal, ele é sim um
animal.
Porque
só um animal – mesmo adolescente, afinal o Champinha também o era – pode ser
capaz de um ato tão revoltante como o de assaltar e agredir um deficiente
físico (um jovem perneta), seja para roubar sua bicicleta, seja para roubar
qualquer outra coisa.
E, neste
país onde a inversão dos valores virou moda, ainda querem crucificar o
vagabundo assaltante. Tanto que prenderam quem o tatuou, tratando do “pobre
coitado” como se vítima fosse.
Ora,
devagar com o andor que o santo é de barro!
Não
estou aqui defendendo a justiça “olho por olho, dente por dente”. O que eu
quero (e, com certeza muita gente) é justiça e decência! E ponto final. Simples
assim.
Todos
nós aprendemos (ou deveríamos ter aprendido) o que é certo e o que é errado. E
roubar é errado. Quem ensina isto não sou eu, é o Código Penal e a boa moral.
Que não é inata a quem tenha dinheiro, ou seja nascido em berço
esplêndido. Chovem exemplos disso, em qualquer canto do país e do mundo.
Mas,
também não silenciarei por causa de meia dúzia de defensores dos direitos dos
manos, mais preocupados em defender os vagabundos, que chamam de “vítimas da
sociedade”, do que preocupados com o justo, o correto. E o deficiente físico
assaltado não seria muito mais “vítima da sociedade” do que o vagabundo que o
assaltou?
Ah,
querem justiça para os tatuadores? Tudo bem, eu também sou contra a LEI DE
TALIÃO, mas o “pobre coitado” igualmente terá que responder pelo seu crime. E
sem um advogado porta de cadeia para inventar teses mirabolantes em sua defesa.
Há
agravantes de peso contra o “pobre coitado” assaltante.
A
principal reside na deficiência física do assaltado! O jovem é perneta, meu
Deus do céu!
Se os
deficientes tem uma série de privilégios legais, quem os viola – como o “pobre
coitado” violou – deve responder severamente pelo ato praticado. E não ser
protegido por alguns que se consideram o “passo certo do batalhão”.
As
estapafúrdias alegações ouvidas são no sentido de que o “pobre coitado” não
sabia que estava cometendo um crime hediondo? Ou do excesso da reação dos
tatuadores. Tal excesso que é causado pela impunidade absurda que os criminosos
ganham no Brasil.
Então
vou sentar na porta da minha casa e esperar – desde agora, 12 de junho – pela
chegada do Papai Noel, com sua carruagem voadora conduzida por belas renas.
E, o
máximo da vergonha foi a criação de uma “vaquinha” visando arrecadar fundos
para pagar uma cirurgia corretiva na testa do “pobre coitado”, vagabundo e
ladrão.
Mas, não
se viu (e nem se soube de) nenhuma “vaquinha” para ajudar ao deficiente físico
que vende balas de forma honesta num sinal para se sustentar, e não rouba
ninguém.
Aliás,
falando nisso, será que aqueles que colaboraram nesta “vaquinha” ridícula para
ajudar o “pobre coitado”, alguma vez se dispuseram a estender a mão na direção
de quem realmente necessite (pessoas sem ter o que comer; desempregados com
filhos pequenos; vítimas das enchentes; etc...)?
CHEGA DE
TANTA HIPOCRISIA!
Está
mais do que na hora da decência voltar ao Brasil.
Quem
sabe esta não é uma ótima oportunidade?
Marcelo
Aiquel – advogado (12/06/2017)
Nenhum comentário:
Postar um comentário