UMA LIÇÃO PERFEITA

UMA LIÇÃO PERFEITA

         Passei por um provérbio que me fez refletir.
         Apesar deste dito popular não ter um autor identificado (é de autoria desconhecida, segundo pesquisei), o que o ensinamento carrega é mais do que uma lição de vida, é um preceito tão verdadeiro que aponta para as intermináveis discussões ideológicas na política brasileira da atualidade.
         Hoje, alguns que andam na contramão da realidade, “fincam o pé” na defesa de um sistema de governo já fartamente fracassado em todos os cantos onde se tentou implantar.
         E quando falo “se tentou implantar” é pela singela razão que – sem o uso da força ou da opressão (por isso a “tentativa de implantação”) – tal sistema doutrinário jamais funcionaria. Dou como exemplo a própria história do mundo. Basta olhar os resultados obtidos, em todos os tempos.
         Bom, as justificativas repetidas à exaustão pelos defensores deste fracassado sistema de governo chegam ao ponto do ridículo. Mas são sempre defendidas com o mesmo ardor com que uma mãe protege seus filhos pequenos e indefesos. Tenha, ou não, razão.
         Daí que o adágio referido se encaixa, “como uma luva”, nestas pessoas.
         Diz o provérbio popular:
         Corrija um sábio e o fará mais sábio, corrija um tolo e o fará teu inimigo.
         Para um bom entendedor, é fácil descobrir que sábio, no caso, significa conhecedor, estudioso, informado, alguém que sabe de algo por procurar aprender.
         Do mesmo modo que um bom entendedor interpretará tolo, no caso do provérbio citado, como um ignorante, desinformado, alguém que não possui conhecimento, que não procura aprender.
         Pois, a minha reflexão pousou exatamente nestas pessoas tolas, os néscios que se portam como um pombo sobre o tabuleiro de xadrez.
         Estes, segundo ácida visão do cantor e compositor carioca, Lobão, derrubam as peças, “cagam” no tabuleiro, e depois saem – de peito inflado – cantando vitória.
         Qualquer semelhança com algum personagem que você conheça, não passa de uma mera coincidência.
        

         Marcelo Aiquel – advogado (11/07/2017)

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