A Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada ontem pelo IBGE, apontou alta de 2,8% na passagem de novembro para dezembro, acima da projeção até mesmo dos economistas do Bradesco, conforme comunicado enviado estas manhã ao editor (2,4%) e da mediana das expectativas do mercado (2,0%).
Trata-se do quarto mês consecutivo de alta (com 0,3% em novembro), acumulando crescimento de 2,5% em 2017, após o recuo de 6,4% registrado em 2016.
No dado mensal, o destaque ficou por conta da categoria de bens duráveis, com crescimento de 5,9% ante novembro, bastante influenciada por veículos, acumulando expansão de 13,3% no ano passado. O destaque negativo da divulgação ficou por conta da estabilidade da produção de bens de capital na margem, após oito meses consecutivos de alta. Nesse sentido, avaliamos que esta seja mais uma acomodação do que a interrupção da tendência de retomada. No acumulado do ano, essa categoria subiu 6,0%, após o recuo de 10,2% apurado em 2016. Outro destaque de dezembro ficou por conta da produção de insumos típicos da construção civil (ITCC), que avançou 7,2% ante dezembro do ano anterior e 5,0% ante novembro, segundo nossas estimativas dessazonalizadas. Esperamos que a PIM de janeiro apresente alguma acomodação, à luz dos poucos indicadores coincidentes já conhecidos. Além disso, o resultado de dezembro coloca um viés para cima na nossa projeção de PIB do quarto trimestre, atualmente em 0,3% ante o terceiro trimestre.
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