QUANDO PERJURAR INFELIZMENTE SE TORNA CLÁUSULA PÉTREA
Caros cidadãos brasileiros de bem,
Quando um PRESIDENTE(A) DA REPÚBLICA DO BRASIL toma
posse, eis o JURAMENTO que faz, em SESSÃO SOLENE, conforme consta no art. 78,
da Constituição:
"PROMETO, DEFENDER e CUMPRIR a Constituição,
OBSERVAR as LEIS, PROMOVER O BEM GERAL DO POVO BRASILEIRO, sustentar a união, a
INTEGRIDADE e a independência do Brasil."
Quando um DEPUTADO FEDERAL toma posse, eis o JURAMENTO
que faz, em SESSÃO SOLENE, conforme se infere do art. 4º, §3º, do Regimento
Interno da Câmara dos Deputados:
"PROMETO, MANTER, DEFENDER e CUMPRIR a Constituição,
OBSERVAR as LEIS, PROMOVER o BEM GERAL DO POVO BRASILEIRO e sustentar a união,
a INTEGRIDADE e a independência do Brasil".
Da mesma forma ocorre com um SENADOR, quando toma posse,
haja vista que também em SESSÃO SOLENE ele faz o seguinte JURAMENTO, conforme
consta no art. 4º, §2º do Regimento Interno do Senado Federal:
"PROMETO, GUARDAR a CONSTITUIÇÃO FEDERAL e as LEIS
do País, DESEMPENHAR FIEL e LEALMENTE o MANDATO de Senador que O POVO ME
CONFERIU e sustentar a união, a INTEGRIDADE e a independência do Brasil"
A todos estes atos se segue, em alto e bom som as
palavras "EU PROMETO" de parte do então empossado.
Após cumprir a formalidade dos respectivos protocolos, o
que não se tem, ao longo dos respectivos mandatos é o EFETIVO CUMPRIMENTO dos
JURAMENTOS FEITOS.
Por quê?
Porque gentalha, sempre é se sempre será gentalha,
independentemente do juramento que fizer.
Não me refiro ao termo gentalha como aqueles que
possuíram uma vida economicamente desfavorecida.
Me refiro sim, aos "vileiros morais e sem
princípios", aos "chinelões morais e sem princípios" e aos
"falidos morais e sem princípios".
A moral, a ética, os mais sólidos princípios e valores
não são programas que "se baixam", como quem faz downloads de arquivos
da web e após clica em executar.
A moral, a ética e os mais sólidos princípios e valores
não estão "na prateleira", porque são, ao meu ver, dons inatos.
Uns atribuirão a culpa ao poder, porque aprenderam nos
clássicos que o poder corrompe.
Todavia, a gentalha não aprende em clássico nenhum.
E verdade seja dita, o poder corrompe quem é corrompível
e se deixa corromper, quem seja, os sem princípios, os sem valores, os sem
ética e sem a mínima compostura para o exercício de ser REPRESENTANTE de quem quer
que seja, através de um mandato ou da mais simples procuração.
Culpa de quem foi eleito?
Não. Não apenas.
Façamos nossa autocrítica de posse da luz da verdade.
Culpa, também, de quem os escolheu, votou e os elegeu.
É tapar o sol com a peneira apontar o dedo em riste para
alguém que se sabia de antemão "ser o menos pior", ou "ser
votado simplesmente por ser amigo", sem ter qualquer condições e sem
preencher os requisitos mínimos de quem se espera como RE-PRE-SEN-TAN-TE dos
interesses de uma coletividade, ou seja, aquele que não deve sobrepor o
particular ao coletivo, ou seja, fazer prevalecer os interesses próprios sobre
os interesses de quem lhe constituiu para representar. Mais ainda quando se
trata de representar os interesses da base eleitoral que o elegeu, sem fazer
disso, um balcão de negócios, para auferir toda espécie de escusas vantagens,
para se esbaldar a adornar seu "bom viver", em direção "ao seu
próprio umbigo".
Quando PERJURAR os juramentos feitos se torna normal e,
em vez de significar a violação da confiança e da credibilidade que depositamos
em alguém, passa a ser recebido como uma incorporação que nos enriquece, é
porque passamos a consentir, através da apatia e da indiferença, viver no pior
dos mundos que há.
É culpa de quem o perjura?
Sim, "por supuesto" que é.
Mas também é culpa de quem sabe de antemão, despido da
ingenuidade, que isso irá acontecer, bastando ver que o "pedido de um
voto" não se sustenta, se desvia, se dispersa e se esvai para qualquer
outro lugar, que não em direção dos olhos de quem aguarda contemplar a verdade.
São nestas ocasiões, verdadeiras oportunidades únicas,
para constatamos que na atual classe política que temos, perjurar,
infelizmente, se tornou cláusula pétrea.
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