Astor Wartchow - O Risco Populista

O Risco Populista

Astor Wartchow
Advogado-OABRS 25837

Houve um tempo em que o principal “inimigo” das democracias ocidentais era o comunismo. Com a queda do Muro de Berlim e a rápida decomposição do antigo império soviético, aliado a conversão descarada da China ao capitalismo (ainda que sob uma ditadura do partido único e controle da mídia), este inimigo não existe mais.
Então, resta atual e emergente o risco populista. E não apenas nos países pobres e em desenvolvimento. Mesmo nas modernas e ricas democracias é atual e persistente. E de variadas motivações. Entre tais, o persistente desemprego e a emergente xenofobia.
Então, dependendo a motivação (usemos como exemplos o desemprego e a xenofobia), o populismo pode se converter numa ação de esquerda (combate ao desemprego) ou de direita (defesa da xenofobia).  
Mas o populismo tem várias faces e vertentes. Regra geral, seu discurso mais evidente é o nacionalismo. Também utiliza a religião e o racismo como discurso e meio político de ataque e defesa. Alvos preferenciais, muçulmanos e negros que o digam. Mas, mexicanos, árabes e africanos sofrem igualmente.
A identidade mais apropriada do populismo é a irresponsabilidade fiscal, financeira e econômica. Apostam riquezas e virtudes nacionais em troca do sucesso efêmero, comprometendo o futuro e a estabilidade nacional.
Como identificar o governante populista? Discurso nacionalista e estatizante, freqüente manipulação de preços de mercado, ataque a liberdade de imprensa e generosos aumentos salariais.
Teses e práticas absurdas? Não, pelo contrário, desde que auto-sustentáveis e responsáveis. Não demagógicas, nem eleitoreiras.
O escritor peruano (e prêmio Nobel de Literatura) Vargas Llosa (1936) fez um ótimo resumo sobre o populismo: “Uma das maiores dificuldades para combatê-lo é que apela aos instintos mais puros dos seres humanos: o espírito tribal, a desconfiança e o medo do outro – seja de raça, língua ou religião diferente –, além da xenofobia, do patriotismo exagerado, da ignorância”.




6 comentários:

  1. "esse inimigo não existe mais"; "ação da esquerda (combate ao desemprego)" "direita (defesa da xenofobia)" "populismo .. é nacionalismo", dessas meias verdades, em clássico discurso socialista, depreende-se que o gramscismo implantado e ainda vigente na mídia e no estado não é o perigo, mas sim a única proposta não corrupta que temos: Bolsonaro, seria então o maior problema do país. KKKKKKKK, melhor JAIR se acostumando!

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  2. O populismo é o caminho que melhor atende a ganância pelo poder, de indivíduos completamente desprovidos consciência social. O populismo se aproveita do baixo nível dos menos qualificados e informados, para seduzi-los com promessas de forte cunho emocional, visando apenas o voto e o poder. Tem um populista, muito conhecido, que de vez em quando repete o refrão canalha: " o político tem que dizer o que o povo quer ouvir".

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    1. O povo votaria num politico que dissesse o que ele povo não quer ouvir?

      O candidato já inicia com ficha suja...

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  3. Mais um "lobo em pele de cordeiro", ou seja, um gramsciano...

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  4. Que texto mais Gramsciano, hein!?
    Não achastes forma mais sutil para atacar o Bolsonaro !?
    Embarcastes no bonde dos que ululam aos quatro ventos: fascista; homofóbico; xenófobo; misógeno...(argumentos velhos, há um século).
    Não percebestes...Estais pensando o que pensaram por você.
    É o que preconizou Gramsci: "eles têm que introjetarem o comunismo de maneira tal que passem a agir como se fora um decreto divino". Você é a prova viva do que preconizou o maldito anão corcunda.
    Você é como o peixe ao qual se dissesse que nada; duvidaria da existência da água.
    Seja franco: Bolsonaro é seu grande medo! Consolo: você não é o único a se borrar de paúra.

    É bom JAIR se acostumando!

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