Tudo que você precisa saber sobre doação de órgãos

 40% das notificações de mortes encefálicas não são aproveitadas para transplantes no Estado, por negativa de autorização familiar. Somente 30% das notificações se concretizam em doações de órgãos. Neste Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro, criado para conscientizar a sociedade sobre a importância de doar.  Afila de pessoas aptas para receber órgãos alcança 2.544 pessoas no RS. Elas esperam por um coração, córnea, fígado, pulmão, rim ou pâncreas – sendo que algumas necessitam de uma combinação de dois órgãos, como pâncreas e rim; fígado e rim; e pulmão e fígado.

A seguir, reportagem de Giovani Disegna, da Secom, governo do Estado. O texto é todo dele:

De acordo com a legislação brasileira, a liberação da retirada dos órgãos para o transplante depende da autorização da família, cônjuges ou seja familiares em primeiro grau. A autorização dos demais graus de parentesco somente é aceita na inexistência do primeiro grau,  e com justificativa para isso, ou em último caso, por decisão judicial.

O processo padrão para realização de um transplante no Estado envolve quatro setores. O primeiro é o Sistema Nacional de Transplantes (nível federal), que articula, coordena e supervisiona toda a política de transplantes no país. Em cada Estado, existe um representante governamental vinculado a esse sistema, as centrais estaduais de transplantes, que devem ordenar juridicamente, credenciar, auxiliar, manter as equipes de captação de órgãos e as equipes de implantes de órgãos – abarcando todo o processo de regulamentação no Estado. Além de realizar toda a logística para o transporte dos órgãos, por via aérea ou terrestre.

Quais órgãos podem ser doados e quem poderá se tornar doador

Os principais órgãos transplantados são rim, fígado, pulmão, coração e pâncreas. Além dos órgãos, é possível doar tecidos, como córnea, esclera, osso, pele e válvula. Outra possibilidade de doação é a de medula óssea. Para a doação de alguns órgãos, não é necessário o diagnóstico de morte encefálica. Pessoas ainda em vida, com as funções do encéfalo saudáveis, podem doar um dos seus rins, parte do fígado, parte do pulmão e parte da medula óssea. Pessoas que morrem em virtude de parada cardiorrespiratória, podem doar apenas tecidos para o transplante.

Como se tornar um doador de órgãos

A principal maneira para registrar a vontade para se tornar um possível doador de órgãos é a partir de conversas com amigos e familiares manifestando essa intenção. Outro caminho é se cadastrar no site do projeto Doar é Legal. Para isso, basta informar nome, CPF e já é possível gerar a certidão. Logo em seguida, é só realizar impressão, assinatura e entregar ou então remeter via e-mail para familiares e amigos. Mesmo sem valor jurídico, o certificado mantém registrada a vontade da pessoa de se tornar uma doadora de órgãos.

• Endereço da Central de Transplantes: av. Bento Gonçalves, 3.722 (fundos do Hospital Sanatório Partenon) - bairro Partenon, Porto Alegre

• Telefone: (51) 3353-3030

• Plantão (para notificações dos hospitais quando há provável doador): (51) 3353-3046 e (51) 3353-3047

E-mail: centraldetransplantes@saude.rs.gov.br

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