Este era o nome do principal jornal existente na União Soviética entre 1918 e 1991. Pravda é uma palavra russa que significa verdade.
Obviamente, por ser o jornal oficial do Partido Comunista Soviético ele não era censurado. Os editores do jornal tinham o privilégio de publicar o que quisessem, verdades e mentiras, desde que a notícia ou opinião fosse conveniente e não gerasse desordem informacional.
Se tornou famoso o caso do jornalista americano, sediado na sucursal do New York Times em Moscou, durante os anos 1930, Walter Duranty, ganhador do prêmio Pullitzer, que propagava notícias e opiniões como essas:
“Esta, repito, é a façanha governamental mais estupenda já empreendida – a emancipação social, moral, política, industrial, econômica de um povo e sua reorganização com base no serviço à sociedade e à nação, com o lucro motivo subitamente removido do indivíduo”.
“A minoria que controla o destino da Rússia está a caminho com devoção extraordinária e completamente altruísta, com a mais feroz determinação de ter sucesso a qualquer custo”.
Quando o acusavam de estar a serviço do Partido Comunista Soviético ele os chamava de fanáticos, enquanto encobria com o silêncio da autocensura seletiva, os crimes de Stalin na Ucrânia e na própria Rússia Soviética.
Duranty nunca foi censurado. A verdade ou pravda, veio à tona através das reportagens de outro jornalista, Gareth Jones, galês, que as publicava no The Times, anonimamente. Como podem ver, há jornalistas e jornalistas.
Os bolcheviques não apenas regularam a mídia, eles baniram todos os meios de comunicação que não estivessem a serviço do Partido, além de subornar correspondentes estrangeiros.
Informar o povo através do Pravda ou Verdade, era mais fácil do que regular a mídia e ficar enviando ordens de serviço mandando retirar notícias falsas ou verdadeiras, porém inconvenientes.
O espírito dos místicos e dos Átilas que movia a União Soviética em direção à censura, ao arbítrio e ao autoritarismo, baixou no Brasil durante essas eleições que acabaram ontem.
Como dizia a genial dublê de comediante de standup, Dilma Rousseff: "Quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem quem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder”.
Verdade! Nesta eleição suspeita da nossa democracia de fachada, perdeu a liberdade de consciência, perdeu a liberdade de expressão, perdemos todos.
Triste e vergonhosa realidade. Carlos Edison Domingues
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