No final da
tarde desta quarta-feira, 18 de maio, espalhou-se na imprensa nacional a
decisão exarada pelo Juiz Sergio Moro, que condenou o quadrilheiro José Dirceu
amais uma pena. Desta vez de 23 anos de prisão.
Tal condenação
foi motivada pela prática de três crimes, sendo que o magistrado o absolveu da
acusação de ser o chefe do bando que assaltou os cofres públicos nos últimos
anos, num grave “crime continuado” segundo a interpretação jurídica da
legislação penal vigente.
Não é
necessário que o cidadão comum tenha mais do que dois neurônios para concluir
que, se o Zé Dirceu não era o chefe do bando, alguém deveria sê-lo. Pois, é
óbvio e ululante que nenhum bando ou quadrilha funcione sem um líder, um chefe,
um cacique...
E, se não era
ele, só poderia ser o outro personagem principal da história. Casualmente, o
“ser vivo mais honesto deste país, quiçá do planeta terra...”.
Com esta
singela e evidente conclusão, pode-se dizer que o gato subiu no telhado
(plagiando a velha e conhecida anedota!). E foi o gato do Lula, sem dúvida
alguma.
Isto
pressupõe, igualmente sem maiores elucubrações, que a hora do molusco está
chegando. Ou, para os mais puristas, a hora do “xeque-mate” se aproxima.
Velozmente!
É esperado
que, tão logo esta benção aconteça, o INSTITUTO LULA emita uma nota dizendo –
entre outras coisas – que:
1º) O
ex-presidente Lula jamais se envolveu em qualquer ato ilegal; jamais mentiu;
jamais teve apartamento tríplex no Guarujá; jamais esteve no sítio de Atibaia;
nunca levou nenhum objeto do Alvorada para sua casa; nunca viajou com a
Rosemary Noronha. Que, aliás, ele nem sabe quem seja...;
2º) Ele (Lula)
é humano e jamais se fantasiou de Jararaca. Nem no carnaval;
3º) Não
conhece, nem nunca conversou com nenhum José Dirceu. Muito menos chefiou alguma
quadrilha em lugar ou ao lado dele;
4º) O
ex-presidente Lula anda afastado do cenário nacional devido às centenas de
palestras que segue ministrando pelo mundo. Falando nisso, informamos que ele
já ultrapassou o Bill Clinton na quantidade e qualidade destes eventos.
Depois disso,
ou quem sabe até antes, será a vez do presidente do PT – aquela figura
adjetivada pelo ex-senador e ex-líder do governo petista (Delcídio do Amaral)
de PATÉTICO – declarar indignado: “Como que o Zé Dirceu não era o chefe?” “Este
juiz Moro não passa de um golpista, um representante da direita liberal, um
coxinha fascistóide, um nazista... Estamos diante de uma perseguição odiosa,
ilegal e anticonstitucional, ao maior presidente da história deste país!...
Viva Cuba; Viva a Venezuela...”.
Já que o
Brasil “nunca antes na história desta nação” foi premiado com um NOBEL, com
esta jogada de mestre o Juiz Sergio Moro mereceria o troféu de “melhor
enxadrista do mundo”. Pois, com uma artimanha vencedora e pacienciosa, derrubou
e desconstruiu o HEROI DOS POBRES.
Aquele que não
se cansava de dizer: “Nunca tiramos tantos milhões da pobreza...”.
E todos
imaginavam que ele se referia às PESSOAS...
Pois é, Lulla
da Silva, teu gato subiu no telhado.
Marcelo Aiquel
– advogado (18/05/2016)