Nota de Marco Maia

Nota
Veja a íntegra da nota divulgada pelo deputado Marco Maia:
Quanto a iniciativa do Ministério Público Federal de pedir a abertura de inquérito envolvendo minha pessoa gostaria de dizer:
Que entendo a posição do MP, mas a investigação irá mostrar que sou vítima de uma mentira deslavada e descabida com o único intuito de desgastar a minha imagem e a do Partido dos Trabalhadores, o qual faço parte. Refuto com indignação as ilações ditas a luz de acordos de delação.
Fui relator de uma CPMI em 2014, onde pedi o indiciamento daqueles que me acusam, o que foi aprovado pela comissão. Foram 53 indiciamentos e mais o pedido de investigação de 20 empresas ao Cade, pela prática de crime de Cartel.
Como já havia afirmado anteriormente, não recebi nenhuma doação para minha campanha eleitoral em 2014 de empresa que estivesse sendo investigada pela CPMI.
Por fim utilizarei de todas as medidas legais para que a verdade seja estabelecida e para que os possíveis desgastes a minha imagem de parlamentar sejam reparados na sua integralidade.
19 de maio de 2016,
Marco Maia - Deputado Federal


O governo Temer mostra que a política externa bolivariana de Dilma e do PT foi para a lata do lixo

O primeiro grande momento do início do governo Temer veio exatamente em cima do vetor mais polêmico do governo Lula-Dilma: a política externa. Os governos bolivarianos, por excesso de entusiasmo ou desinformação, fizeram uma incursão na política interna brasileira.
            
2. Infantilmente, se somaram à banda de música do PT/PCdoB/CUT/MST questionando a constitucionalidade do afastamento de Dilma. Uma intervenção descabida na autodeterminação brasileira. Os bolivarianos já haviam perdido uma batalha análoga numa situação semelhante com o Paraguai.
            
3. Se, neste caso, com toda a invasão coreográfica dos ministros de relações exteriores, inclusive do Brasil, foram ignorados pelos poderes e pela sociedade paraguaios, deveriam ter aprendido a lição.
            
4. Repetiram a dose através de notas, declarações e chamadas de volta dos embaixadores da Venezuela e El Salvador, só que agora provocando o Brasil. Ocorreu o esperado. O Brasil formalizou duramente seus protestos direcionando-os aos países bolivarianos e a Unasul. No dia seguinte, a moribunda econômica e politicamente Venezuela tentou mitigar. Era tarde.
            
5. No primeiro dia de governo Temer, através do chanceler José Serra, desmanchou-se qualquer resquício de memória do co-ministro Marco Aurélio Garcia. Se imaginavam que conseguiriam produzir algum ruído interno no Itamaraty, se iludiram. Ao contrário.
            
6. E à distância deram um forte aperto de mãos nos Estados Unidos e Reino Unido, afirmando a tradição histórica da política externa brasileira. Talvez os bolivarianos tenham imaginado que o ministro Serra, de raízes à esquerda, iria calar e ganhar tempo. Não contavam com a rapidez e contundência da resposta.
             
7. Os fatos terminaram prestando um enorme serviço ao governo Temer. Sem mobilidade internacional enquanto tiver um caráter provisório, o que impede viagens e fotos, visitas de chefes de governo ou de estado, foi logo no primeiro dia que Temer mostrou de que lado está seu governo.
             
8. Um ato contundente de descolamento dos bolivarianos: não programado, inesperado, e logo no primeiro dia de governo. As fronteiras da política externa brasileira estão demarcadas, sem ser necessário tomar a iniciativa, apenas reagindo. Agora a OEA e a Unasul ficarão mansas. E o Mercosul entra em nova fase com o Brasil livre para mudar de azimute.

Artigo, Marcelo Aiquel - O gato subiu no telhado

      No final da tarde desta quarta-feira, 18 de maio, espalhou-se na imprensa nacional a decisão exarada pelo Juiz Sergio Moro, que condenou o quadrilheiro José Dirceu amais uma pena. Desta vez de 23 anos de prisão.
      Tal condenação foi motivada pela prática de três crimes, sendo que o magistrado o absolveu da acusação de ser o chefe do bando que assaltou os cofres públicos nos últimos anos, num grave “crime continuado” segundo a interpretação jurídica da legislação penal vigente.
      Não é necessário que o cidadão comum tenha mais do que dois neurônios para concluir que, se o Zé Dirceu não era o chefe do bando, alguém deveria sê-lo. Pois, é óbvio e ululante que nenhum bando ou quadrilha funcione sem um líder, um chefe, um cacique...
      E, se não era ele, só poderia ser o outro personagem principal da história. Casualmente, o “ser vivo mais honesto deste país, quiçá do planeta terra...”.
      Com esta singela e evidente conclusão, pode-se dizer que o gato subiu no telhado (plagiando a velha e conhecida anedota!). E foi o gato do Lula, sem dúvida alguma.
      Isto pressupõe, igualmente sem maiores elucubrações, que a hora do molusco está chegando. Ou, para os mais puristas, a hora do “xeque-mate” se aproxima. Velozmente!
      É esperado que, tão logo esta benção aconteça, o INSTITUTO LULA emita uma nota dizendo – entre outras coisas – que:
      1º) O ex-presidente Lula jamais se envolveu em qualquer ato ilegal; jamais mentiu; jamais teve apartamento tríplex no Guarujá; jamais esteve no sítio de Atibaia; nunca levou nenhum objeto do Alvorada para sua casa; nunca viajou com a Rosemary Noronha. Que, aliás, ele nem sabe quem seja...;
      2º) Ele (Lula) é humano e jamais se fantasiou de Jararaca. Nem no carnaval;
      3º) Não conhece, nem nunca conversou com nenhum José Dirceu. Muito menos chefiou alguma quadrilha em lugar ou ao lado dele;
      4º) O ex-presidente Lula anda afastado do cenário nacional devido às centenas de palestras que segue ministrando pelo mundo. Falando nisso, informamos que ele já ultrapassou o Bill Clinton na quantidade e qualidade destes eventos.
      Depois disso, ou quem sabe até antes, será a vez do presidente do PT – aquela figura adjetivada pelo ex-senador e ex-líder do governo petista (Delcídio do Amaral) de PATÉTICO – declarar indignado: “Como que o Zé Dirceu não era o chefe?” “Este juiz Moro não passa de um golpista, um representante da direita liberal, um coxinha fascistóide, um nazista... Estamos diante de uma perseguição odiosa, ilegal e anticonstitucional, ao maior presidente da história deste país!... Viva Cuba; Viva a Venezuela...”.
      Já que o Brasil “nunca antes na história desta nação” foi premiado com um NOBEL, com esta jogada de mestre o Juiz Sergio Moro mereceria o troféu de “melhor enxadrista do mundo”. Pois, com uma artimanha vencedora e pacienciosa, derrubou e desconstruiu o HEROI DOS POBRES.
      Aquele que não se cansava de dizer: “Nunca tiramos tantos milhões da pobreza...”.
      E todos imaginavam que ele se referia às PESSOAS...
      Pois é, Lulla da Silva, teu gato subiu no telhado.

      Marcelo Aiquel – advogado (18/05/2016)