Artigo, Gustavo Riffel - AÇÕES PARA CONTRAPOR A TRAGÉDIA de 2024 NO RS

Sabemos que essa tragédia das inundações e 

destruição que aconteceu agora, em várias cidades 

do RS, se repetiu a 83 anos atrás, e poderá acontecer 

de novo, ainda mais se não atacarmos a causa 

principal. 

 Presumimos que o ser humano evolua com o 

passar do tempo, porém nesses últimos 83 anos não 

constatamos ações que corroborassem com essa 

presunção e que pudessem amenizar ou estancar 

essa tragédia ocorrida e recorrente. 

Portanto, temos que trabalhar para que não 

aconteça novamente, não nessa magnitude e nem 

pelos mesmos motivos já conhecidos. Também 

sabemos que a natureza sempre foi instável e cíclica, 

mesmo com a preservação ambiental que tínhamos 

a 83 anos atrás, ela veio, e agora com o panorama 

totalmente diferente da época. 

Ações e comentários que presenciamos nos dias 

de hoje, como bombeamentos, diques etc, são 

importantes, porém paliativos, que ajudam e 

amenizam as causas, não estancá-la. Porém temos 

que atacar a causa principal, que é: Porque a água 

do Guaíba demora a chegar ao seu destino, escoar 

para o mar, pelo menos demora 1 semana para 

sentirmos o seu reflexo (com variação de nível) na 

sua foz, de Porto Alegre a Rio Grande (Fig. 04 abaixo) 

Tivemos ações paliativas, como o muro da Mauá, 

que além do custo do empreendimento, tivemos um 

custo maior ainda, de nos cercear do convívio da 

belíssima orla. Sim, o muro da Mauá, demonstrado 

nas Fig. 1, 2 e 3 abaixo, não adiantou de nada. A 

cheia de agora, que subiu mais 66cm em relação da 

primeira, alagou igualmente os dois lados. 

Mas esse acréscimo de nível que tivemos agora, 

foi principalmente pela negativa dos órgãos em 

mantermos uma dragagem constante nos leitos do 

Guaíba e da Laguna dos Patos. Essa informação, da 

negativa de dragagem, a população tomou 

conhecimento pelo menos a 15 anos, quando houve 

a famosa crise da construção civil, onde faltava areia 

para obras da época, e as dragas já não poderiam 

atuar nessas áreas. 

Temos que aproveitar essa crise, e transformála em oportunidades. Queremos evitar novas cheias, 

e isso demanda ações grandiosas, como abertura de 

um canal e construção de 2 eclusas com comportas 

automatizadas que possam operar em sincronismo 

com as demais, nos afluentes da bacia. 

Ainda, com ações dessa magnitude, poderemos 

ainda, recuperar a economia Gaúcha, com a 

reativação do fluxo naval (Que é um dos transportes 

mais baratos) no abandonado porto de Porto Alegre, 

e os demais como o de Estrela. 

Quando buscamos soluções, temos que focar no 

objetivo principal, buscando agregar melhorias 

possíveis ao projeto, tais como: 

1) Primordialmente, impedir o 

transbordamento do Guaíba, com a 

abertura de um canal na laguna dos 

patos, estreito de São Simão 

(aproximadamente 17km de extensão. 

Fig. 5 e 6 abaixo), o qual atuará como 

extravasor efetuando o equilíbrio de 

nível do Guaíba/Laguna dos Patos. 

Nesse Canal, construir uma eclusa para 

embarcações de grande porte, com 

comportas automatizadas, para então 

efetuar o fluxo naval, encurtando em 

torno de 600km com o resto do País; 

2) Dar ênfase e reativar a atividade 

portuária de Porto Alegre e Estrela, com 

a reativação das dragagens nos canais 

de navegação e leitos dos principais 

afluentes; 

3) Construção de outra eclusa, com 

comportas automatizadas junto ao 

estreito de ITAPUÃ, que fará o controle 

do nível do Guaíba, propiciando a 

manutenção do abastecimento de água 

potável da região metropolitana em 

épocas de estiagem, assim como o 

ecossistema que também depende 

desse nível de água, e também a 

navegação de navios, que não ficarão 

prejudicados em épocas de estiagem; 

4) Criar um sistema coordenado com a 

meteorologia, possibilitando a abertura 

sincronizada das comportas de 

barragens que compõem todos os 

afluentes da bacia, com no mínimo 12 

horas de antecedência das 

precipitações que significam uma 

preocupação ao sistema (Ex. 

precipitações maior que 50mm).

FIERGS diz que situação crítica exige ação imediata para evitar perdas de postos de trabalho no RS

Pesquisa da entidade mostra indústrias em dificuldades para pagamento de salários e presidente Petry vê necessidade de medida emergencial para manutenção de empregos


Porto Alegre, 4 de junho de 2024 - Levantamento preliminar de uma consulta realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERG) revela a gravidade da situação de empresas severamente atingidas pelas enchentes de maio, especialmente por conta da situação crítica com relação ao seu quadro de pessoal. Segundo os resultados da pesquisa, 55% colocam o problema para lidar com seus funcionários, incluindo a quitação dos salários, entre os principais entraves no momento. Fica atrás apenas das dificuldades logísticas, com 63% das respostas. “Com muitas empresas ainda sem produção e faturamento desde o início de maio, a capacidade para cumprir obrigações trabalhistas até o quinto dia útil de junho está severamente comprometida”, alerta o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.



Diante deste difícil cenário, o presidente da FIERGS destaca a importância de serem tomadas medidas urgentes de suporte financeiro que garantam o pagamento de salários e evitem demissões. Dentre os principais pedidos da indústria gaúcha estão a reativação de medidas emergenciais de manutenção do emprego, como o Benefício Emergencial (BEm) e o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese). Para se ter uma compreensão da magnitude desses programas, somente nos 78 municípios considerados em estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul, conforme o Decreto Estadual nº 57.626/2024, há quatro anos, durante o primeiro ano da pandemia, foram celebrados 832 mil acordos no âmbito do Benefício Emergencial. Isso representou uma proteção para cerca de 393 mil trabalhadores nessas localidades na ocasião. “A ação imediata é crucial para evitar o colapso de empresas afetadas direta e indiretamente pelas enchentes e a perda de milhares de empregos no Rio Grande do Sul”, diz Gilberto Petry, pedindo um esforço conjunto aos governos federal, estadual e municipal para garantir o suporte necessário à superação desse momento crítico.


A situação atual do Rio Grande do Sul pode ser traçada em paralelo com o que ocorreu durante a pandemia da Covid-19, em que empresas enfrentaram dificuldades em cumprir suas obrigações trabalhistas. Dados da UEE da FIERGS, na época, coletados em maio de 2020, revelaram que cerca de 30% das indústrias gaúchas buscaram crédito para arcar com a folha de pagamentos naquele momento. Convém destacar, porém, que as causas das dificuldades financeiras das empresas são distintas, de modo que a crise decorrente das enchentes de 2024 pode ter amplificado o impacto sobre a folha de pagamentos. Além da queda na produção e faturamento, as indústrias ainda terão que arcar com custos adicionais de reparo e reconstrução.


A pesquisa sobre os impactos das enchentes na indústria gaúcha vem sendo elaborada pela FIERGS, por meio da Unidade de Estudos Econômicos (UEE) e da Unidade de Desenvolvimento Sindical (Unisind), e seu resultado completo estará disponível na próxima semana.


 

CAPITAL DE GIRO - Além da preocupação com o pagamento dos salários, Gilberto Porcello Petry lembra ainda que as empresas precisam de capital de giro imediatamente para saldar seus compromissos que vencem diariamente. Para ele, o RS está em uma situação de emergência e por isso são necessários recursos que cheguem na ponta, ou a economia será devastada pela inviabilidade de as empresas se reerguerem.

Classe média: cúmplice ou suicida?

Marcus Vinicius Gravina

Cidadão – Tit.Eleitoral 328036104/34

A classe média da sociedade brasileira lembra os gestos dos três 

macacos sábios, mas pelo avesso. Não quer ouvir, enxergar e falar dos 

abusos dos titulares de funções públicas dos Três Poderes. Dos altos 

salários, riquíssimas aposentadorias precoces, quinquênios, férias de 

60 dias, diárias de viagens, passagens aéreas, cartões corporativos, 

planos de saúde descomunais, para si e familiares, assessores de 

todo o tipo em número exagerado, frota de carros com motoristas, 

seguranças e refeições servidas por Chef de cozinha regadas a vinhos

selecionados, E, com todo este aparato, alguns rumorosos processos 

judiciais da Lava Jato acabaram prescritos e outros poderão ter o 

mesmo destino.

Onde pretendo chegar começa por duas declarações, merecedoras da 

máxima atenção. A primeira delas em ”live social” do jurista Ives 

Gandra Martins: “o poder judiciário custou para o Brasil no ano 

passado 132 bilhões de reais. Cada brasileiro teve que suportar este 

custo num valor de 653,70 reais. É o mais alto custo do Poder 

Judiciário do Brasil. Quatro vezes maior do que da média mundial”. 

O outro, o senador Alessandro Vieira arrematou em Comissão 

Especial do Senado: “o teto remuneratório do Brasil é de 41,650,92 

reais por mês. Segundo o levantamento do Conselho Nacional de 

Justiça, 94,8% dos magistrados brasileiros já recebem mais de 

41,650,92 reais”. 

Uma vez confirmadas estas declarações, podemos chegar a duas 

conclusões, sem atentar contra a dissimulada democracia à moda 

brasileira iniciada a partir do Inquérito do Fim do Mundo ou das Fake 

News. A primeira, de que o Poder Judiciário não estaria cumprindo a 

lei. A outra, de que juntamente com os poderes Executivo e 

Legislativo, também deve o judiciário reduzir seus gastos. 

Nestes últimos anos de governo de esquerda foi criado o maior partido 

político do país sem sigla ou registro no STE. O Partido do 

Funcionalismo Público e afins (cartoriais) com privilégios intocáveis. 

Nada abala os integrantes desta elite. Na Covid 19 receberam em dia

seus salários ou vencimentos para ficarem em casa e não foram 

ameaçados de perda de emprego. O mesmo acontecerá agora diante 

da catástrofe que se abateu sobre o nosso Estado e vai nos deixar 

esfarrapados e guiados pela coleira de um interventor condutor ou 

pastor de cordeiros, designado pelo inconfiável governo da União.

Para este novo partido de elite e sem bandeira, aliado por 

conveniência - ao da turma do pão com mortadela - nada será melhor 

do que manter a política do atual governo, gastador e de olho no 

aumento dos impostos. É gigante o cordão de puxa sacos engrossado 

por “empresários prevaricadores”, definição do presidente Javier Milei, 

em recente discurso. Quase impossível, vencer esta onda do mal.

Classe média, acorde! Vamos para rua ou em frente do Congresso 

Nacional exercer as nossas garantias constitucionais - protestar 

contra este estado de coisas - privilégios suportados pelo dinheiro do 

povo, gente desarmada e oprimida. 

A Queda da Bastilha - de 14 de julho de 1789 - na França deve ser 

lembrada por cidadãos que querem se manterem livres e verem os 

seus concidadãos, presos políticos na Papuda, anistiados. Como no 

oriente médio, não haverá paz enquanto não forem entregues os 

nossos irmãos feitos reféns da tirania da casta que se apoderou do 

Brasil.

Senhores Senadores cumpram as suas obrigações fiscalizadoras. Os 

tribunais de contas, criados para assessorarem o Poder Legislativo 

nesta importante missão, foram cooptados e transformados em 

cabides de empregos ou em arquivos mortos através de uma espécie 

de bonificação de fim de carreira a ex-políticos profissionais ou 

cupinchas do sistema dominante. 

Caxias do Sul, 03.06.2024