O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) caiu 2% em maio na comparação com abril, segundo o Banco Central (BC) publicou nesta segunda-feira, 17/07. Essa é a maior queda da prévia do PIB desde março de 2021, quando foi registrada retração de 3,6%.
O resultado de maio veio abaixo da mediana das estimativas dos analistas, de estabilidade. Em abril, o IBC-Br tinha indicado um crescimento de 0,81%.
Na comparação com maio do ano passado, o nível de atividade econômica apresentou uma alta de 2,15%. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o avanço é ainda maior: 3,61%. Em 12 meses, a prévia do PIB subiu 3,43%, índice considerado mais estável que a medição mensal.
O pior desempenho veio do varejo que recuou 1%. Na contramão veio o setor de serviços, que mais emprega no país, que cresceu 0,9%, seguido pela indústria que subiu 0,3%.
Importante lembrar que o setor industrial segue em queda de 0,4% no acumulado dos primeiros cinco meses do ano.
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“Esses setores sofrem com os juros altos. A gente vê uma indústria que vem cambaleando e já não contrata. O governo tenta fazer estímulos, mas os resultados não são instantâneos. É preciso fazer algo nesses próximos três anos, porque o resultado vem no longo prazo”, explica Piter Carvalho.
Para economistas avaliados pelo editor deste blog, muito provavelmente o PIB do segundo trimestre será negativo.