Consulta pública para vacinas grátis contra a pneumonia

A pneumonia é a quarta causa de internação hospitalar e de morte em adultos a partir de 60 anos. E tudo poderia ser evitado se os idosos fossem imunizados com a vacina pneumocócica que não está disponível em postos de saúde.

 Vacina contra doenças pneumocócicas está em avaliação no calendário do SUS para pessoas com mais de 60 anos

 Consulta Pública da Conitec avalia ampliação da vacinação contra doenças pneumocócicas e recebe contribuições até dia 25/04; atualmente, apenas idosos com comorbidades ou que vivem em instituições de longa permanência podem se vacinar gratuitamente 

 As mortes causadas por doenças pneumocócicas contabilizam 1,6 milhão de óbitos anualmente, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS)1. Em função da maior fragilidade natural do sistema imunológico, a partir dos 60 anos os indivíduos têm maior predisposição para contrair doenças infecciosas -- no Brasil, as infecções do trato respiratório, como a pneumonia pneumocócica, são a quarta causa de internação hospitalar e de morte em adultos dessa faixa etária2,3.

 

Parte dessas perdas, no entanto, poderia ser evitada. Ao analisar informações sobre óbitos de pessoas entre 60 e 74 anos residentes no estado de São Paulo, observou-se que 62,5% do total foi relacionado a causas de mortes consideradas evitáveis, dentre o qual destacam-se as doenças do aparelho respiratório, especialmente a pneumonia, com um risco aproximadamente duas vezes maior para os homens4.

 

É considerando esse cenário que a Conitec -- Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias acaba de abrir uma Consulta Pública para ouvir a sociedade sobre a decisão de expansão ou não da gratuidade da vacina pneumocócica 23-valente para todos os indivíduos a partir dos 60 anos de idade. O parecer inicial da Conitec foi desfavorável à expansão. Atualmente, a vacina está disponível pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) apenas nos cerca de 50 Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs) espalhados pelo país. O público atual contempla apenas pessoas com doenças crônicas (como diabetes, problemas cardíacos e distúrbios renais), imunodeprimidos (como pessoas que vivem com HIV, pacientes com câncer e transplantados) e residentes em instituições de longa permanência para idosos.

 

“A imunização é fundamental para a redução de hospitalizações e óbitos em todos os grupos e faixas etárias, mas principalmente entre os idosos, já que o avanço da idade também está associado ao desenvolvimento de outras doenças. A recuperação de uma pneumonia já pode ser difícil; se o indivíduo apresentar doenças crônicas, a situação pode se agravar ainda mais”, comenta o infectologista e pediatra, Dr. Renato Kfouri.

 

Além dos impactos de saúde, as doenças pneumocócicas -- como as infecções pulmonares (pneumonia), sanguíneas (bacteremia), do cérebro e da medula espinhal (meningite) -- têm impacto humano, social e econômico substanciais. Dados de 2015 mostram que, naquele ano, foram mais de 242 mil internações e cerca de 43 mil óbitos de adultos com idade a partir de 60 anos por pneumonia, representando um custo de R$ 267 milhões em internações hospitalares registradas pelo SUS5. Dentre os que se recuperaram, perda de produtividade e custos associados a cuidadores ou tratamento de sequelas tornam a carga da doença ainda mais custosa. 

 

“Com o aumento da expectativa de vida da população, estima-se que, em poucos anos, teremos mais idosos do que crianças no Brasil. Nesse cenário, as políticas de prevenção se tornam ainda mais importantes”, complementa Dr. Kfouri.

 

Segundo a diretora médica regional para América Latina da MSD e autora de estudos sobre o assunto, Dra. Thais Moreira, a falta de conhecimento da população e a pouca cultura médica de indicar vacinas aos adultos são fatores que dificultam a adesão à imunização, tornando o controle das doenças pneumocócicas ainda mais difícil. “Promover o acesso gratuito da população idosa à vacina pneumocócica é crucial para reverter esse cenário”, afirma a médica.

 

A Consulta Pública da Conitec recebe contribuições até dia 25/04. Para participar, é preciso seguir dois passos:

1. Entre no site do Governo Federal e faça o seu cadastro ou login;

2. Depois de fazer o login, acesse aqui para dar a sua opinião. Somente com o login realizado no site do Governo Federal os campos da consulta pública são abertos para edição.

 

Após a análise de todas as contribuições, a Conitec emitirá um parecer final, aprovando ou não a ampliação da vacina pneumocócica 23-valente para pessoas a partir dos 60 anos pelo Programa Nacional de Imunizações.

 

Sobre a MSD

Por 130 anos, a MSD cria invenções para a vida, trazendo ao mercado medicamentos inovadores para combater as doenças mais desafiadoras. MSD é o nome pelo qual é conhecida a Merck & Co. Inc. fora dos Estados Unidos e do Canadá, cuja sede fica em Kenilworth (New Jersey, EUA). Demonstramos nosso compromisso com os pacientes e com a saúde da população, aumentando o acesso aos serviços de saúde por meio de políticas, programas e parcerias de longo alcance. Hoje, a MSD continua na vanguarda da pesquisa para prevenir e tratar doenças que ameaçam pessoas e animais - incluindo câncer, doenças infecciosas como HIV e Ebola e doenças animais emergentes -, pois aspiramos ser a principal empresa biofarmacêutica intensiva em pesquisa no mundo.

 

Sobre a MSD no Brasil

Presente no Brasil desde 1952, a MSD conta com mais de 1,9 mil funcionários no país, nas divisões de Saúde Humana, Saúde Animal e Pesquisa Clínica.

 

Referências:

 

1 World Health Organization (WHO). 23-valent pneumococcal polysaccharide vaccine. WHO position paper. Wkly Epidemiol Rec. 2008;83(42):373--84.

2 Loyola Filho A. et al. Causas de internações hospitalares entre idosos brasileiros no âmbito do Sistema Único de Saúde. Epidemiologia e Serviços de Saúde 2004; 13(4): 229 -- 238. 

3 World Health Organization -- WHO. Mortality and Burden of Disease Estimates for WHO Member States in 2008. Persons, all ages.

4 Kanso Solange, Romero Dalia Elena, Leite Iuri da Costa, Marques Aline. A evitabilidade de óbitos entre idosos em São Paulo, Brasil: análise das principais causas de morte. Cad. Saúde Pública [Internet]. 2013; 29(4): 735-748. 

5 Coutinho MB, Serra FB, Haas LC. The Public Health and Economic Impact of Pneumonia in the Elderly Population in Brazil. In: ISPOR 22nd Annual International Meeting. 2017.


Investidores dinamarqueses querem instalar usinas eólicas na Lagoa dos Patos

 Investidores dinamarqueses querem usar as águas da Lagoa dos Patos para instalação de usinas eólicas e produção de energia elétrica limpa e renovável. O assunto foi tratado, nessa quarta-feira (13), em reunião virtual promovida pela Secretária de Relações Federativas e Internacionais do RS, em Brasília, Patrícia Kotlinski, com o embaixador da Dinamarca, Nicolai Prytz. Na reunião, o presidente e o Diretor de Desenvolvimento Técnico da Copenhagen Infrastructure Partners (CIP) e Copenhagen Offshore Partners (COP) no Brasil, Diogo da Nóbrega e Gabriel Zeitouni, respectivamente, fizeram a apresentação de um projeto ambicioso para a produção de energia limpa na Lagoa dos Patos, que tem 10 mil quilômetros quadrados de extensão, é pouco habitada e navegada, tem proximidade com linhas de transmissão e acesso estratégico ao Porto de Rio Grande.

Essa possibilidade de investimento estrangeiro, que ainda depende de estudos técnicos, de zoneamento e de impacto ambiental, já havia sido tratada, preliminarmente, no último dia oito de fevereiro, pelo então governador Eduardo Leite, com o embaixador da Noruega, Odd Magne Rudd. Naquela reunião, realizada em Brasília, Leite apresentou os projetos do Estado para obtenção de hidrogênio verde em busca da descarbonização do Rio Grande do Sul. Daquele encontro também participaram os embaixadores da Dinamarca, Nicolai Prytz e da Finlândia, Jouko Leinonen, além do encarregado de Negócios da Suécia, ministro conselheiro Sten Engdahl.

Também participaram da reunião virtual, nessa quarta-feira, a Secretária de Meio Ambiente e Infraestrutura do RS, Marjorie Kauffmann, o Subchefe Geral da Casa Civil, Paulo Pereira, o coordenador setorial da Procuradoria Geral do Estado junto à SEMA, Juliano Heinen, o diretor do Setor de Energia e Sustentabilidade do Trade Council no Consulado Geral da Dinamarca, Lucas Paulo Barbosa da Silva, o assessor para Assuntos Internacionais da Serfi, Robson Valdez, além de representantes das Secretarias de Planejamento, Governança e Gestão e de Desenvolvimento Econômico.


Vendas do varejo são bom sinal

 De acordo com os dados divulgados ontem pelo IBGE, as vendas do comércio varejista cresceram 1,1% na passagem de janeiro para fevereiro, surpreendendo positivamente o mercado, que esperava uma alta mais modesta, de 0,4%. 

O texto acima é dos economistas do Bradesco, conforme newsletter enviada hoje aos seus assinantes.

Saiba mais:

Esse resultado é equivalente a uma alta interanual de 1,3% e o setor varejista se encontra em um patamar 1,2% acima do pré-pandemia (fevereiro 2020). Dentre as aberturas, destaque para o crescimento de 5,3% das vendas de combustíveis e lubrificantes. Os setores de hiper e supermercados e de tecidos, vestuário e calçados também apresentaram bom resultado no mês. O varejo ampliado, que inclui matérias de construção e veículos, avançou 2,0% na margem em fevereiro, refletindo a alta de 5,2% das vendas de veículos e motos. Por fim, o bom desempenho do consumo no começo deste ano mantém a expectativa de expansão da atividade econômica ao longo do primeiro trimestre

Mourão e Viagra

 O vice-presidente Hamilton Mourão concedeu entrevista aos jornalistas Fabio Murakawa e Fernando Exman, do Valor Econômico, em que defendeu a compra de comprimidos de Viagra pelo Ministério da Defesa. Na entrevista, ele afirmou que a crítica "é uma coisa de tabloide sensacionalista"

Mourão reclamou da cobertura do caso. "Lógico que está havendo exagero. Mesmo que seja para o cara usar [para disfunção erétil]. Vamos colocar como funciona o sistema de saúde do Exército: um terço é recurso da União, que é o chamado fator de custo, é a contrapartida da União para os militares. E dois terços é o fundo de saúde que é bancado pela gente. Então, eu desconto 3% do meu salário para o fundo de saúde. E todos os procedimentos que eu faço a gente paga 20%, além dos 3% que ele desconta. Nós temos farmácias. A farmácia vende medicamentos. E o medicamento é comprado com recursos do fundo. Então, tem o velhinho aqui [aponta para si próprio]. Eu não posso usar o meu Viagra, pô? O que são 35 mil comprimidos de Viagra para 110 mil velhinhos que tem? Não é nada", afirmou