Foi uma coincidência inesperada a morte do preso político Clériston Pereira da Cunha na segunda-feira, justamente no chamado Dia da Consciência Negra. Clériston tinha sangue negro correndo nas veias. É só verificar as imagens que publico hoje no meu blog polibiobraga.com.br, apanhando flagrantes da cerimônia fúnebre realizada em Brasília. São cenas chocantes: caixão aberto, dezenas e dezenas de familiares, amigos e conhecidos, erguendo levemente as mãos de Clériston para lhe dar o último adeus.
O pastor Silas Malafaia, em video que também publico no meu blog, hoje, compartilha dezenas e dezenas de acusações contra o ministro Alexandre de Moraes. Todos o acusam pela morte. E por "n" razões:
- Um inquérito flagrantemente ilegal.
- Uma prisão flagrantemente ilegal.
- O desprezo pelo pedido da família e da PGR para libertar Clériston do calvário da Papuda, apesar dos laudos médicos dizerem que mantê-lo ali seria o mesmo que decretar-lhe uma pena de morte.
Moraes e o STF calam-se e não se calam de modo obsequioso, mas porque sabem que são culpados. E se calam todos os agentes do Eixo do Mal: a PGR está quieta, a PF está quieta, o Governo Federal está quieto, como está quieta a velha mídia, que mal consegue abrir espaços reduzidos para publicar notinhas extremamente assépticas. E quietos estão a OAB e toda esta infinidade de entidades, ONGs e Partidos que se acumpliciam neste conjunto pérfido que eu costumo chamar de Eixo do Mal.
Caberá ao Estado brasileiro, em algum momento, reparar este crime político. Isto já aconteceu no passado, com ênfase para as reparações dos que confrontaram o regime militar.
Eu preciso deixar claro que este não foi o primeiro herói do povo brasileiro abatido pela sanha persecutória de uma Corte Suprema que se transformou de verdade num Tribunal do Santo Ofício, com todos os seus poderes absolutos de vida e de morte sobre todos os que se opõem ao atual governo lulopetista.
As redes sociais inflam de indignação, protestos e convocatórias para que os patriotas façam alguma coisa para dar um basta a este verdadeiro estado de exceção.
Como fazer isto dentro dos quadros da legalidade permitida ?
Há bastante tempo, desde o desastre político de 8 de janeiro, eu venho insistindo que a boa batalha se dá, e está se dando, em pelo menos 3 campos diferentes, mas um deles é o principal:
1o ) O uso cada vez mais intensivo das redes sociais e da mídia de conteúdo de internet, onde somos franca maioria. Esta é uma arma revolucionária e domina cada vez mais a comunicação entre os brasileiros.
2o) As manifestações de rua, como fazemos desde 2013, porque são elas que tocam bafo na nuca dos nossos deputados e senadores.
E 3o, o Congresso, Câmara e Senado, mas principalmente o Senado, porque é ali que é possível conter a santa inquisição em curso e sob o comando do moderno Santo Ofício, o STF. Nem é preciso uma PEC para mudar ou extinguir o STF, porque basta fazer o que o Senado começou a fazer hoje, ao cortar as asinhas dos ministros da Corte que se acostumaram a promover decisões monocráticas. Esta festa acabou. Mas é preciso ir mais longe.
De longe, o mais urgente é que o senador Rodrigo Pacheco paute para votação pelo menos um dos pedidos de impeachment protocolados no Senado, o do senhor Aledxandre de Moraes.
Este será o exemplo.
Ele bastará para fazer com que o STF, o Poder Judiciário como um todo, volte a respeitar a Constituição, restabelecendo-se a moralidade legal e jurídica da República.
A morte do preso político Clériston Pereira da Cunha não pode ter sido em vão.
Este, e não Zé Dirceu, é o verdadeiro herói do povo brasileiro.