Economista.
Assistimos recentemente a censura por emissoras de televisão norte-americanas às declarações do presidente e candidato à reeleição, Donald Trump sobre, denunciando a existência de fraude na eleição. A CNN preferiu, corretamente, deixar que o Presidente falasse e depois o contestou.
Achamos também que o Presidente não devia ter dito o que disse, até por ser ele o primeiro mandatário do País, mas não lhe cabia censura, por duas razões fundamentais. Primeiro, porque o certo e o errado, em matéria de opinião, não dá para determinar. O que é certo para uns pode não ser para outros e vice-versa. Em segundo lugar, imaginem se fosse o contrário: o Presidente escolhesse as perguntas que os jornalistas podem lhe fazer ou fizesse a tal regulamentação da imprensa, uma coisa tão temida, pelos meios de comunicação.
Quantas afirmações absurdas ouvimos todos os dias dos candidatos a prefeito de Porto Alegre, por exemplo, que vão reduzir impostos e, ao mesmo tempo, aumentar os serviços prestados à população, ignorando a crise econômicapor que passamos e o aumento dos gastos criados na esfera federal para os municípios cumprirem.
No Brasil também questionam a urna eletrônica e têm o direito de questionar, embora pareça que temos um dos melhores sistemas eleitorais do mundo. Então, seria o caso de Tribunal Superior de Justiça proibir esse questionamento por entender que o sistema é seguro e não cabem contestações.
Todos os dias ouvimos questionamentos sobre o julgamento de um ex-presidente, que seria tendencioso e, portanto, injusto, mesmo que ele tenha sido feito por um colegiado de juízes.
Outro exemplo vem do futebol: os perdedores geralmente culpam a arbitragem e, agora, o VAR, pelas derrotas. Então, vamos ter que deixar de entrevistá-los, porque eles não podem se posicionar contra às decisões das autoridades, mesmo tendo razão em alguns casos.
E assim vai. Assim sendo, temos que aceitar o pensamento único, que só poderia advir de um ditador.