Em um ano, o Rio Grande do Sul ganhou 107 mil novos
desempregados, chegando a 502 mil pessoas desocupadas. O aumento, segundo o
detalhamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua
divulgado nesta quinta-feira, é de 27,2% em relação ao mesmo período do ano
anterior.
Entretanto, o 4º trimestre de 2016, em relação ao
trimestre anterior, não apresentou "variação estatisticamente
significativa", segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo estudo.
Estimada em 8,3%, a taxa de desocupação aumentou apenas
0,1 ponto percentual em relação ao 3º trimestre do ano passado (8,2%). No
entanto, o salto foi de 1,7 ponto percentual com relação ao final de 2015
(6,5%).
Para quem está trabalhando, o salário pouco variou.
Estimado em R$ 2.288 no 4º trimestre do ano passado, o rendimento médio mensal
dos trabalhadores no RS era pouco menor no fim de 2015 (R$ 2.254) e, no
trimestre anterior, um pouco maior (R$ 2.296).
Ainda assim, o Estado está com índice de desemprego menor
do que a média nacional, cuja taxa de desocupação foi estimada em 12%. Frente
ao 4º trimestre de 2015 (9,0%), o índice apresentou elevação de 3,1 pontos
percentuais. Também no confronto anual, houve crescimento desse indicador em
todas as grandes regiões: Norte (de 8,6% para 12,7%), Nordeste (de 10,5% para
14,4%), Sudeste (de 9,6% para 12,3%), Sul (de 5,7% para 7,7%) e Centro-Oeste
(de 7,4% para 10,9%). A região Nordeste permanece registrando a maior taxa de
desocupação dentre todas as regiões.
A taxa nacional de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos
de idade (25,9%) continuou a apresentar patamar superior ao estimado para a
taxa média total. Este comportamento foi verificado tanto para o Brasil, quanto
para cada uma das cinco grandes regiões, onde a taxa oscilou entre 16,5% no Sul
e 30,3% no Nordeste. Já nos grupos de pessoas de 25 a 39 e de 40 a 59 anos de
idade, este indicador foi de 11,2% e 6,9%, respectivamente.
As diferenças foram significativas na taxa de desocupação
entre homens (10,7%) e mulheres (13,8%) no 4º trimestre de 2016. Este
comportamento foi verificado nas cinco grandes regiões.
Por nível de instrução, a taxa de desocupação para o
contingente de pessoas com ensino médio incompleto (22,0%) era superior à
verificada para os demais níveis. Para o grupo de pessoas com curso superior
incompleto, a taxa foi estimada em 13,6%, mais que o dobro da verificada para
aqueles com nível superior completo (5,8%).