Associação questiona quem de fato são os representantes da sociedade civil.
Em entrevista ao programa Pingos nos Is, o Presidente da República se manifestou em relação ao sistema de votação vigente em nosso país. Sem entrar no mérito da discussão, não podemos deixar de lançar alguns questionamentos sobre o que é auditável e a quem interessa essas discussões.
Em um primeiro questionamento, devemos perguntar aos signatários do manifesto publicado no jornal O Estado de São Paulo neste dia, se todo o dinheiro que circula pelas contas bancárias das suas empresas são lastreáveis? A resposta é única, são lastreáveis e possíveis de auditoria, no entanto, para que isso seja possível, é necessário ter um documento que deu a origem aos valores. Simples assim!
Outros questionamentos pertinentes: quem são os signatários do manifesto publicado no jornal OESP, que se dizem representantes da sociedade civil? São os mesmos empresários que são contra a tributação de dividendos? São aqueles que estão preocupados com os resultados financeiros de seus investimentos e não querem ser tributados? São grandes empresários que querem fugir das suas obrigações sociais com o país? Simples assim!
Nosso país é muito desigual. Muitas dessas desigualdades são promovidas justamente por esses empresários que cooptam o poder público. São empresários que preferem manter sua influência, concentradores de capital e renda, levando a exemplo Carlos Jereissati, da família que controla a maior engarrafadora do sistema Coca-Cola em nosso país.
Essa indústria de bebidas controlada pela família Jereissati não recolhe nenhum centavo de IPI quando comercializa seus produtos. E ainda chega a fazer pedidos de reembolso/compensação de impostos. Se não recolhemos IPI, não estamos contribuindo com o desenvolvimento social do país.
Os signatários do manifesto não nos representam!
Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras).