Marcus Vinicius Gravina é advogado, RS.
Dois fatos públicos chamaram a minha atenção nestes últimos dias. Pois, desejo compartilhar com os que têm lido meus artigos no Blog do Polibio Braga.
O primeiro, foi a raivosa ameaça de Nicolás Maduro, de que correrá sangue naquele país se ele não for reeleito - e, o outro, a Revolução Constitucionalista de 1932, comemorada com desfile das forças de segurança encabeçadas pela Polícia Militar de São Paulo e grupos de instituições civis e ex-combatentes ou familiares.
De ambos, não houve repercussão daquela conhecida imprensa e logo poderemos tirar alguma conclusão para tal desprezo.
Certamente, pelo seu grau de inconveniências ao governo central e dos frequentadores do prédio vizinho da Praça dos 3 Poderes de Brasília, em razão do tormentoso momento político instável do Brasil.
Sobre a Revolução, no dia 9 de julho, o governador de São Paulo presidiu este mês o maior desfile comemorativo da Revolução Constitucionalista de 1932.
As forças de segurança daquele Estado desfilaram, garbosamente, diante de autoridades e de uma multidão de pessoas presentes ao ato cívico.
Para melhor entendimento deste artigo importa relembrar os esquecidos deste episódio, relevante da nossa história, que " a Revolução Constitucionalista foi um movimento armado iniciado em 9 de julho de 1932, liderado pelo estado de São Paulo, que defendia uma nova Constituição para o Brasil e atacava o autoritarismo do Governo Provisório de Getúlio Vargas".
Segundo o Google , de forma resumida, descreveu; " o objetivo era derrubar o Governo Provisório de Getúlio Vargas e promulgar uma nova Constituição para o Brasil. Quando Vargas assumiu nomeou interventores nos Estados". A Revolução terminou em 2.10.1932 com a deposição do Governo do Estado.
Para este último tópico cabe o adágio popular: "em casa de enforcado não se fala em corda".
A diferença da Revolução de 1932 para a mobilização de ruas e do 8 de janeiro em Brasília é a de que há 92 anos morreu muita gente em busca de uma nova Constituição e, agora a maioria do povo brasileiro quer que seja, apenas, cumprida a que está em vigor e sendo mutilada.
Caxias do sul, 21.07.2024