o O PIB deve ter crescido 1,5% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre do ano passado, segundo o monitor da FGV. O resultado foi puxado pelo setor de serviços que, por sua vez, foi impulsionado pelo relaxamento das medidas de restrição de mobilidade. Do lado da demanda, o consumo das famílias é o destaque positivo. Como indicado pelo resultado das vendas no varejo, o consumo de bens teve um crescimento robusto no período. Além disso, o fim das restrições contribuiu para o avanço dos gastos com serviços de alojamento e alimentação. Esse resultado é compatível com nossa projeção de crescimento de 1,5% da economia no ano.
o Banco Central pode “alongar o ciclo” segundo o diretor Bruno Serra. Em apresentação durante a semana, o diretor do BC indicou que é provável uma nova alta da taxa Selic no próximo Copom. E mostrou-se cauteloso com relação aos próximos passos. Há uma preferência, se as condições permitirem, por manter a taxa de juros elevada por mais tempo ao invés de elevar demais a Selic. Por enquanto, mantemos nossa projeção de Selic subindo mais 0,50 p.p. em junho para 13,25% e seguindo nesse nível até o final do ano.
o Nos mercados globais a volatilidade segue elevada. A ata do Banco Central Europeu indicou que os juros devem começar a subir em breve naquela região. Nossa expectativa é que o BCE deve começar a elevar a taxa de juros em junho ou julho. Assim, o BCE vai se juntar ao FED, caminhando para uma normalização da política monetária. Isso vai impactar a atividade econômica nesses países e reduzir a liquidez mundial, o que pesa negativamente sobre os mercados. Por outro lado, a redução da taxa de juros na China trouxe algum alivio aos mercados acionários no final da semana e sinaliza a disposição de estancar a forte e rápida desaceleração de sua economia, em função dos recentes lockdowns para conter a expansão da pandemia.