Se há exagero nas redes sociais, como os há na vida analógica, existe legislação abundante para impedi-lo. Nada impede que a PF, em vez de ficar caçando ativista que pinta estátua com batom, atue rapidamente quando percebe crime nas redes solciais, agindo de imediato e conforme arsenal legal existente. Não é caso apenas da PF, mas de todo o aparato de segurança estatal, mais MPs e até Defensorias Públicas.
Este diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, inscreved-se naquela categoria conhecida dos mais perfeitos idiotas latinoamericanos, porque ontem voltou a ir muito além das chinelas ao fazer coro com seus chefes do STF, ao defender a necessidade de uma regulamentação das redes sociais no Brasil.
Ou seja, o delegado federal quer impor censura.
Para Rodrigues, incorretamente, episódios como o da noite desta quarta-feira, quando um homem quis explodir o ministro A. de Moraes e seus colegas do STF e acabou morto, como a “radicalização” de grupos extremistas que encontram no ambiente digital um espaço propício para espalhar o ódio.
“Eles vão para as redes sociais que, hoje, são território de ninguém, e publicam as barbaridades que acham que podem publicar impunemente”, disse Rodrigues, referindo-se a algumas das mensagens que o chaveiro Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, postou em seus perfis antes de, segundo as autoridades, se matar acionando os explosivos que carregava junto ao corpo e com os quais planejava ingressar no prédio do STF.