Putin manda avião militar russo a Brasília

Soube-se apenas hoje que o Aeroporto Internacional de Brasília (BSB) recebeu na tarde desta quinta-feira um raro visitante vindo da Rússia. Um quadrimotor Ilyushin Il-62, da era soviética, operado por uma companhia aérea estatal russa, ligada ao Ministério da Defesa daquele país.

Este Il-62M possui a matrícula RA-86495 e segundo os registros do site de rastreamento Flightrradar24, decolou de Moscou no dia 07, tendo a capital iraniana Teerã como destino. Por conta das sanções impostas pela guerra na Ucrânia, o quadrijato não pode sobrevoar o espaço aéreo da Europa.


O avião então “surgiu” no rastreamento novamente, desta vez em espaço aéreo brasileiro com o registro de voo RFF7971. Fontes confirmaram ao AEROFLAP que o jato russo de fato iria pousar em BSB, o que ocorreu às 14h28. No entanto, os motivos da visita ainda são desconhecidos.


O Il-62M é operado pelo 223º Destacamento de Voo da Federação Russa. Apesar do nome mais militar, trata-se de uma empresa aérea estatal independente, mas ligada diretamente às Forças Aeroespaciais Russas (VKS) e ao Ministério da Defesa. 

O 223º Destacamento opera, além dos Il-62, os Tupolev Tu-134 e Tu-154 e o cargueiro Il-76. Segundo o site da “companhia”, o “principal objetivo das atividades da Instituição é a organização, fornecimento e implementação de transporte nas tarefas do Presidente da Federação Russa, do Governo da Federação Russa e do Ministério da Defesa da Federação Russa.”


Ela opera a partir da Base Aérea de Chkalovsky, no oblast de Moscou, sede da 8ª Divisão de Propósitos Especiais de Aviação, à qual responde diretamente. Chkalovsky também recebe uma série de aviões especiais da Força Aérea Russa, como os gigantes An-124 Ruslan e os Il-80 Maxdome, estes últimos mais conhecidos pelo infame apelido de “aviões do fim do mundo.

A volta triunfante de Dom Sebastião

 A volta triunfante de Dom Sebastião

Dom Sebastião voltará e restaurará a grandeza do reino de Portugal.

Tudo me indica que o Brasil está entrando em uma era de sebastianismo, ou seja, de que o messias voltará e recolocará as coisas em seus devidos lugares. Não sei bem que lugares seriam estes.

Bolsonaro reapareceu, após um retiro de quarenta dias de silêncio, e voltou a falar com o povo. Jesus também ficou quarenta dias no deserto sendo tentado por Satanás e voltou vitorioso para acabar seus dias na cruz.

Como pode alguém esperar que, sabendo que as forças armadas são regidas pela hierarquia e que respondem diretamente ao presidente da república, tomarão qualquer atitude contrária ao mandatário de plantão? Será que alguém espera que, se agora que têm um comandante supremo as forças armadas nada fazem no sentido me alterar o novo status quo, o farão sob nova direção?

O país perdeu, e, vergonhosamente, sou obrigado a aceitar o vaticínio do ministro Barroso: “perdeu Mané”.

O povo, ou pelo menos grande parte dele, está há quarenta dias em frente aos quarteis clamando por socorro, nada é feito, pelo menos explicitamente, e o presidente voltando a falar diz que todo o poder emana do povo? Que poder? Que povo?

Vamos esperar mais dois dias para a diplomação de alguém que, pela lei, sem chicana, deveria estar na cadeia, e que já está nomeando seus companheiros de prisão ou de processos por corrupção para seus ministérios, e mais alguns poucos dias para que seja efetivamente empossado no cargo supremo do país, para então tentar alguma resistência?

Lembro-me do debate entre Lula e Alckmin na disputa eleitoral de 2006 no qual Alckmin falou sobre um tal dossiê contra ele e Lula o mandou parar de dizer bobagens. Lula tratorou o então tucano simplesmente ridicularizando a carta que Alckmin achava que tinha na manga sobre o famoso dossiê que não serviu absolutamente para nada em termos eleitorais. Alguém acha que Bolsonaro tem alguma carta na manga e que vai jogá-la quando o novo governo estiver governando com apoio total do congresso, do supremo e das forças armadas? Me parece um raciocínio insano.

Talvez dom Sebastião retorne, assim como Jesus, com certeza, voltará nos últimos dias. E acredito piamente que, junto a estes retornos, retornará também o estado democrático de direito no Brasil.

Gengis Khan, Alexandre Magno, o império romano, Napoleão, as grandes dinastias absolutistas europeias tiveram seus momentos de glória e desapareceram na poeira do tempo. O mesmo acontecerá com a URSAL, ou seja, com o governo socialista comandado pelo Foro de São Paulo. Passará, com certeza e tudo voltará à normalidade, mesmo que eu não saiba exatamente o que isto significa, mas, com igual certeza, nenhum de nós terá chance de chegar com vida para testemunhar a queda do novo muro de Berlin, ou daquele que o senador das ambulâncias disse que fica entre o Brasil e o México.

Eles vieram para ficar e, para não esquecer Bolsonaro nesta conversa, talvez as tataranetas da Laurinha voltem a viver em um país livre, novamente, seja lá o que isto signifique.

Fabio Freitas Jacques. Engenheiro e consultor empresarial, Diretor da FJacques – Gestão através de Ideias Atratoras e autor do livro “Quando a empresa se torna azul – o poder das grandes ideias”.


Saiba como verificar a suspensão do seu carro: o correto uso do morceguinho

 Você já ouviu falar no morceguinho, termo utilizado para referir-se ao suporte da barra tensora, componente localizado na região frontal do veículo? Essa peça é fundamental para promover o balanceamento do peso entre as rodas do carro e fixar a barra tensora ao sistema de suspensão, auxiliando na aderência do veículo ao solo. Isso contribui diretamente para a performance do motorista ao volante. Por este motivo, a Corteco, marca do Grupo Freudenberg e uma das principais fornecedoras de itens automotivos para o mercado de reposição, alerta para alguns sinais que podem indicar problemas no componente, como solavancos no veículo, respostas mais lentas aos rápidos reflexos necessários ao volante, desbalanceamento e sobrecarga da suspensão.

Se o carro apresentar alguns desses problemas, é importante consultar o mecânico de confiança para que o profissional faça uma avaliação e identifique o que está acontecendo. Para os casos em que o problema é no suporte da barra tensora, a Corteco orienta sobre a correta instalação da peça.

Passo a passo da instalação

Cada automóvel, possui dois suportes da barra tensora. A peça fica localizada embaixo do veículo, na região frontal, próximo ao para-choque, sendo uma do lado direito e a outra do lado esquerdo. A instalação é realizada por meio de quatro parafusos, sendo três nas hastes laterais e um central, que vai rosqueado à barra tensora.

A correta instalação do morceguinho, deve seguir o seguinte passo a passo:

 1. O mecânico deve suspender o veículo;

2. Com o veículo suspenso, encaixar a peça e realizar o aperto dos três parafusos das hastes laterais;

3. Descer o veículo, retornando-o a sua posição de trabalho;

4. Com o veículo no solo, apertar o parafuso do eixo da peça, ajustando-o à barra tensora.

“Se o mecânico fizer toda a troca e a instalação da peça com o veículo suspenso, a barra sofre uma torção, que impactará diretamente no desempenho e na dirigibilidade. Este movimento de torção, acaba por extenuar a borracha da peça, responsável por absorver as vibrações e impactos indesejados, e esta acaba estourando. Ao seguir o passo a passo indicado, finalizando a instalação do componente com o veículo no solo, evita-se o tensionamento excessivo da barra, garantindo que a peça vai desempenhar a sua função adequadamente, mantendo o conforto e a segurança do motorista e demais passageiros do automóvel, e, por fim, a vida útil da peça”, explica Eduardo Diniz

Hospital Moinhos de Vento sedia encontro para intercâmbio de experiências na prevenção de doenças cardiovasculares

Evento abordou a experiência da implementação da iniciativa Hearts na rede pública de saúde


Levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que 13,5 milhões de pessoas sofrem um AVC todos os anos no mundo. Para reverter esses números, o Hospital Moinhos de Vento lidera em Porto Alegre a implementação da iniciativa Hearts, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. Trata-se de uma iniciativa global, aprovada no Brasil pelo Ministério da Saúde, que visa a otimização da assistência na atenção primária à saúde (postos de saúde) para diminuir o número de casos de doenças cardiovasculares, como o AVC e o Infarto Agudo do Miocárdio, detectando e tratando adequadamente os seus fatores de risco. 

O programa foi tema de encontro na instituição hospitalar na última sexta-feira (9), reunindo especialistas do Ministério da Saúde, de secretarias estaduais e municipais de Saúde de diversas regiões do Brasil, além da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Os debates abordaram temas como protocolos clínicos e terapêuticos adotados em Porto Alegre para o projeto no tratamento da hipertensão, diabete, colesterol elevado e fibrilação atrial (arritmia cardíaca) nas unidades básicas de saúde, com apresentação de fluxos dentro das unidades, com depoimentos das equipes. Durante a visita, também foi gravado um vídeo com profissionais e gestores da rede de atendimento de Porto Alegre, que servirá de referência para outros países. 

Segundo a chefe do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento e presidente da Organização Mundial de AVC (WSO), Sheila Ouriques Martins, o tratamento da doença no Brasil melhorou muito nas últimas décadas, em especial nos últimos dez anos. “Temos trabalhado junto ao Ministério da Saúde na implantação de centros de AVC no país, a fim de implementar a linha de cuidado dentro dos hospitais na fase aguda do AVC. Hoje, temos 87 hospitais recebendo recursos do governo federal e outros 250 hospitais no país que atendem pacientes com AVC de acordo com os preceitos utilizados no mundo inteiro”, observou.

A especialista, que também é presidente da Rede Brasil AVC, lembrou também que, apesar do número de hospitais preparados para o atendimento, o AVC continua acontecendo e que a diminuição de casos deve passar não apenas pelo cuidado de urgência, mas também por uma estratégia de prevenção da doença. “Estudo de base populacional em quatro cidades brasileiras, em quatro regiões diferentes, avaliou a incidência e o tipo de AVC. Nos locais onde havia uma linha de cuidado completa, como em Joinville, a mortalidade foi de 17%. Em locais sem a linha de cuidado organizada, a mortalidade foi de 49%. O nosso papel é fazer a diferença na diminuição do número de casos, trabalhando na prevenção”, constatou.

Na capital gaúcha, a iniciativa Hearts está sendo implementada em parceria com a Prefeitura de Porto Alegre, que decidiu incluir todas as 133 unidades no programa. É a primeira cidade do Brasil a implantar o projeto e mais de 800 profissionais já foram capacitados pela equipe do Hospital Moinhos de Vento. Ao todo, 16 países e territórios das Américas aderiram ao programa e estão em fase inicial de implementação: Argentina, Barbados, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Ilhas Virgens Britânicas, Equador, Guiana, México, Panamá, Peru, República Dominicana, Santa Lúcia e Trinidad e Tobago. É esperado que, com a implementação efetiva, ocorra uma redução de pelo menos 40-50% dos casos de AVC, infarto e morte por estas doenças.


Réplica do TSE

 Senhor Presidente:

No início da noite do último domingo, 11 de dezembro, o ativista argentino Fernando Cerimedo

divulgou estar disponível aplicação na Internet na qual os eleitores poderiam conferir seu voto nas eleições 

presidenciais de segundo turno do Brasil.

Esse ativista é o mesmo que divulgou relatório sobre discrepâncias entre as urnas 2020 e os demais 

modelos na votação do Nordeste. Essas alegações já foram contraditadas pela Justiça Eleitoral e por 

relatório enviado a V. Exa em 18/11/22.

A divulgação desse site faz parte de uma narrativa sobre o sigilo do voto.

Após sua divulgação, o site ficou no ar por pouco mais de duas horas, até ser, aparentemente, 

derrubado por grupo hacker Anonymous, não tendo mais retornado. 

Figura 1 - Publicação do grupo hacker Anonymous informando que derrubaram a aplicação

Nesse período, foi possível identificar várias inconsistências no seu modelo de funcionamento e nos 

dados apresentados. Tais falhas só permitem uma conclusão, compartilhada entre a JE e várias pessoas na 

Internet, inclusive apoiadores do Presidente Bolsonaro: trata-se de aplicação inidônea, sem qualquer vínculo 

com dados da Justiça Eleitoral e que apresenta dados escolhidos aleatoriamente para tentar tumultuar o 

processo eleitoral.

Passo a descrever a narrativa de fraude ligada ao sigilo e os defeitos do site que embasam a 

conclusão sobre a ausência de idoneidade.

Narrativa sobre sigilo

O sigilo no voto é protegido nas urnas eletrônicas por um mecanismo duplo: a) não há informação

sobre a ordem ou horário de votação dos eleitores; b) o conteúdo dos votos é armazenado em ordem 

lexicográfica (i.e. votos no 13 vêm todos antes dos votos no 22). Assim, não é possível correlacionar um voto 

a seu eleitor.

Há uma situação ligada ao LOG da urna eletrônica que faz com que o nome do eleitor seja nele 

registrado. Isso ocorre quando há um erro de hardware na urna, que interrompe os trabalhos, exatamente 

no momento que se tenta mostrar alguma informação (nome do eleitor) no terminal do mesário. Nessa 

situação, com incidência não maior que 40 (num universo de 120 milhões), o nome do eleitor acaba sendo 

gravado no logo.

Como se percebe, a falha é muito pontual e, mesmo esses eleitores não têm seu voto revelado 

porque não são armazenados no RDV (registro digital do voto) na ordem em que são produzidos, mas 

conforme a ordem lexicográfica).

Tendo identificado alguns nomes de eleitores nos logs, o grupo ligado ao ativista passou a dizer que 

sabia o voto dos eleitores e que faria uma aplicação para provar isso.

Então foi lançada a aplicação no dia 11/12. Seu objetivo claramente é causar tumulto no dia da 

diplomação do novo Presidente da República. A lógica parece ser explorar o viés de confirmação de pessoas 

que apoiam uma ruptura institucional sob pretexto de fraude. Com resultados aleatórios, temos uma boa 

parte dos eleitores tendo a confirmação de seu voto – o que respalda o site perante essas pessoas. Para os 

demais, com indicação de que seu voto foi para o candidato oposto, restaria a revolta por conta de uma 

substituição fraudulenta de seu voto.

Falhas grossesiras

Trata-se de aplicação rudimentar, que unicamente solicita que se informe um CPF, incapaz de 

sobreviver a suas falhas mesmo em grupos mais permeáveis à narrativa conspiratória.

Ao digitar o título, a aplicação traz o 

resultado como na figura, com o nome 

do eleitor, cidade onde vota, pretensa 

votação apurada e uma informação de 

que o resultado vem da base do TSE, 

além de ter zona eleitoral e seção

ocultados por segurança:

 

Já é de se estranhar que a aplicação peça CPF, quando a urna eletrônica não trabalha com tal 

informação, mas sim com o título de eleitor. Depois, é difícil crer que o site não mostra a zona eleitoral e 

seção do eleitor com alguma preocupação de segurança (talvez LGPD?), uma vez que traz seu nome e, mais 

grave, seu voto, constitucionalmente protegido.

Em seguida, bastam algumas consultas com CPFs diferentes para que surjam inconsistências:

a) Vários eleitores não encontrados;

b) Eleitores falecidos com votação registrada;

c) Eleitores com município de votação errada.

Um exemplo interessante para o item (c)

aparece quando se digita o CPF do Presidente 

Bolsonaro.

O município de votação exibido é “Barlavento”.

O mesmo acontece com os dados deste 

Secretario, que tem sua votação registrada no 

site para o município de Canoas, quando voto 

em Porto Alegre.

 

Há informação de eleitor falecido há 19 anos com votação atribuída, corroborando a tese de que 

trata-se de uma aplicação que utiliza alguma base vazada de CPF para entregar uma informação

aleatória de votação com único objetivo de causar tumulto.

Em 12 de dezembro de 2022.

Daniel Wobeto

Secretário de TI

A fala de Bolsonaro na sexta-feira

Pelo segundo dia, o presidente Jair Bolsonaro quebrou um silêncio de 40 dias e falou ontem para manifestantes que foram ao Alvorada. Ele já tinha falado na tarde de sexta-feira com um discurso que atiçou seus apoiadores. Ontem, a fala foi muito mais curta - apenas uma saudação. Diante dos apoiadores, Bolsonaro chegou a chorar no momento em que abraçou uma criança que o abraçou chorando no meio da multidão.

Sezta-feira

Foram cerca de 15 minutos de pronunciamento a simpatizantes, na área externa do Palácio da Alvorada, na sua fala pública mais longa desde o segundo turno das eleições.

A cena foi transmitida em redes sociais do presidente.

Leia a seguir a íntegra do discurso. 


"Eu falei que viria aqui ouvi-los. Se estou aqui, é porque, primeiro, acredito em Deus. Segundo lugar, devo lealdade ao povo brasileiro. Ao longo de quatro anos, que vocês me conheceram, nós despertamos o patriotismo no Brasil. O povo voltou a admirar sua bandeira. O povo voltou a acreditar que o Brasil tem jeito. Não é fácil você enfrentar todo um sistema."


"A missão de cada um de nós aqui não é criticar, é unir. Muitas vezes vocês têm informações que não procedem e, pelo cansaço, pela angústia, pelo momento, passam a criticar."


"Tenho certeza, entre as minhas funções garantidas na Constituição, é ser o chefe supremo das Forças Armadas. As Forças Armadas são essenciais em qualquer país do mundo. Sempre disse, ao longo desses quatro anos, que as Forças Armadas são o último obstáculo para o socialismo. As Forças Armadas, tenham certeza, estão unidas. As Forças Armadas devem, assim como eu, lealdade ao nosso povo, respeito à Constituição, e são um dos grandes responsáveis pela nossa liberdade. Quantas vezes eu disse, ao longo desses quatro anos, que temos algo mais importante que a própria vida, que é a nossa liberdade?"


"As decisões, quando são exclusivamente nossas, são menos difíceis e menos dolorosas, mas, quando elas passam por outros setores da sociedade, elas são mais difíceis e devem ser trabalhadas. Se algo der errado é porque eu perdi a minha liderança. Eu me responsabilizo pelos meus erros, mas peço a vocês: não critiquem sem ter certeza absoluta do que está acontecendo."


"Obviamente, não estou aqui quebrando o silêncio. Estou falando algo que sempre disse a todos vocês. Alguns falam do meu silêncio. Há poucas semanas, se eu saísse aqui e desse bom dia, tudo seria deturpado, tudo seria distorcido. Todos nós sabemos o que aconteceu ao longo desses quatro anos, ao longo do período eleitoral e o que foi anunciado pelo TSE."


"Nós estamos lutando --quando eu falo nós, sou eu e vocês-- pela liberdade até daqueles que nos criticam. O Brasil não precisa de mais leis, o Brasil precisa que suas leis sejam efetivamente cumpridas. Nós temos assistido, dia após dia, absurdos acontecerem aqui em nossa pátria."

"Nada é por acaso. Cada um de nós tem uma missão aqui na Terra dada pelo nosso Deus. Quantas vezes eu, após a minha oração matinal, eu pergunto: "Meu Deus, o que eu fiz para merecer essa cadeira presidencial? Qual foi o meu pecado?".


Porque para mim estar do outro lado é muito fácil, é gratificante até para o meu corpo, mas jamais para a minha alma. Todos nós temos um ponto final aqui nessa Terra. E dá para a gente, cada vez mais, trazer pessoas que fiquem ao nosso lado, até aqueles que pensam completamente diferente de nós. Nós defendemos o direito dessa pessoa falar o que bem entender, mas devemos trazê-las para o nosso lado, o lado da verdade, da honestidade, do respeito, da família, da liberdade de expressão e religiosa. Somente assim nós podemos ter um Brasil realmente grande para todos nós."


"Se vocês derem uma olhada para o lado, ninguém tem o que nós temos. Quantas vezes eu falei o que faltava para nós, para nós sermos uma grande nação, e eu sempre dizia: entender as coisas, procurar estudar, conversar, aprender, porque aqui é um país fantástico.


Vocês lembram daquela sessão secreta que eu tive com ministros, não teve nada de secreta, tinham 30 pessoas, 35 pessoas naquela sessão, e depois eu entreguei o DVD ao Supremo Tribunal Federal, porque ali estaria a prova de uma interferência minha na Polícia Federal. Podia não ter entregue, mas, se eu não tivesse entregue, até hoje estava com o fantasma da interferência na Polícia Federal. Entreguei a fita.


Essa fita, que a imprensa foi colocando aí a conta-gotas, tão logo era liberada pelo Supremo Tribunal Federal, é uma reunião que você vê o homem, o presidente, com o coração defendendo seu povo. Nada ali foi um teatro. E uma das coisas mais importantes que eu disse ali: como é fácil impor uma ditadura no Brasil. Está lá, um vídeo de abril de 21. São verdades. A verdade dói. Quantos amigos nós perdemos por falar a verdade para eles? Quantas vezes nós nos irritamos quando alguém diz a verdade para nós?"


"E hoje estamos vivendo um momento crucial, uma encruzilhada, um destino que o povo tem que tomar. Quem decide o meu futuro e para onde eu vou são vocês. Quem decide para onde vai as Forças Armadas são vocês. Quem decide para onde vai a Câmara, o Senado, são vocês também. Se temos críticas, erramos, não tivemos o devido cuidado para escolher a pessoa certa, mas as coisas vão mudando. Nada como o tempo para fazer cada um de nós melhor."

"Eu só posso ser feliz se vocês também forem felizes, e devemos pensar exatamente dessa maneira: qual o futuro do Brasil? Não vou falar do outro lado político, mas qual o futuro do Brasil? O que aconteceu? Por que chegamos a esse ponto? Demoramos a acordar? Nunca é tarde para acordarmos e sabermos da verdade. Logicamente, quanto mais tarde você acorda, mais difícil é a lição. Não é "eu autorizo", não. É o que eu posso fazer pela minha pátria. Não é jogar a responsabilidade para uma pessoa.


Eu sou exatamente igual a cada um de vocês que está aqui. Temos sangue, carne, osso, sentimentos, não somos um amontoado de moléculas ou átomos, que temos alma, temos sentimento. Estamos aqui por algo divino, não tem outra explicação. Estamos sendo provados aqui na Terra. E esse momento de provação não é fácil."


"Estou há praticamente 40 dias calado. Dói, dói na alma. Sempre fui uma pessoa feliz, no meio de vocês, mesmo arriscando a minha vida no meio do povo, como arrisquei em Juiz de Fora, em setembro de 2018. Quase eu deixei essa Terra.


Se a facada tivesse sido fatal, vocês sabem quem seria o presidente do Brasil. Vocês sabem onde nós estaríamos durante a pandemia. Seguramos muita coisa, nos sacrificamos, raramente é um momento de alegria, de férias. Mas fiz isso, e entendi que tudo o que fiz foi para o meu país, para a minha pátria. Mas também, além de perguntar para Deus que mal eu fiz para merecer isso, muitas vezes "obrigado, meu Deus, por essa oportunidade". A minha vida está em risco o tempo todo, mas quem de nós, mais de 200 milhões de pessoas, pode ter esse momento de ser presidente da República Federativa do Brasil e poder ajudar no direcionamento da sua pátria?".


"O Brasil, mesmo com pandemia, com guerra lá fora, crise hidráulica o ano passado, hidrológica, nós vencemos desafios. A economia está aí, praticamente em pleno emprego, contando com os informais. Pouco mais de 100 milhões de pessoas empregadas. O Brasil está pronto para dar um salto, e o que aconteceu? Aconteceu algo que a gente não esperava numas condições normais. Aconteceu. Nunca vi no mundo o povo ir à rua para um presidente ficar. Eu vi ao longo de 67 anos o povo ir às ruas para tirar presidente, nunca vi para ficar."


"Já disse muitas vezes a vocês. Eu perguntava: o poder emana do povo? Depende de quem o povo escolhe para representar. Se o poder emanasse do povo, somente pelo povo, Cuba não seria uma ditadura, nem a Venezuela. Nós devemos ver o que aconteceu em outros países, para que nós não venhamos a cometer exatamente os mesmos erros.


Nada está perdido. Ponto final, somente com a morte. Nunca saí dentro das quatro linhas da Constituição, e acredito que a vitória será também dessa maneira. Dou a minha vida pela minha pátria; a vida física. Não é se matar pela pátria em trabalhar, o que é natural. A vida física, se preciso for. Nós temos como mudar o futuro da nossa nação.


"Com o mesmo ingrediente, ninguém pode fazer um bolo diferente. Desse ingrediente que temos agora pela frente, nós já sabemos lá atrás o que aconteceu. Vocês também estão aqui não é por mim, é pelo país de vocês, esse país que não existe nada igual no mundo todo.


Então, o que eu digo a vocês: vamos acreditar, vamos nos unir, criticar só quando tiver certeza absoluta, buscar alternativas e cada um ver o que ele pode de fato fazer pela sua pátria. Algumas pessoas aqui na frente eu reconheço que já perderam. O que poderão perder mais ainda? Conheço o temor de muitos de vocês, e não é diferente do meu temor. Quando vejo crianças na minha frente, e eu tenho uma filha de 12 anos, todos nós aqui temos família. Todos nós temos filhos, netos, sobrinhos, e nós não podemos esperar chegar lá na frente e olhar para trás e dizer: o que eu não fiz lá atrás para chegarmos a essa situação de hoje em dia?"


"Sabemos que o tempo voa, cada minuto é um minuto a menos. Vamos fazer a coisa certa, diferentemente de outras pessoas, vamos vencer. Se manifestando de acordo com as nossas leis, vocês são cidadãos de verdade, e está na hora de parar de ser tratado como outra coisa aqui no Brasil. Acredito em vocês, e vamos acreditar no nosso país. Se Deus quiser, tudo dará certo no momento oportuno. Muito obrigado a todos vocês."


Ao concluir, o presidente falou em expectativa de vitória, sem deixar claro se a referência era a alguma expectativa em curto prazo ou a uma eventual nova candidatura, por exemplo. Em meio a elogios a seus apoiadores, descritos como "cidadãos de verdade", ele fez um pedido indireto para que atos de rua ocorram de acordo com a legislação, uma forma de assegurar a manutenção das mobilizações e de se desvincular de eventual responsabilização ou punição judicial.